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terça-feira, 2 de março de 2010

Faz dia 3 de Março 14 que morreu Marguerite Duras, escritora de origem Francesa

Marguerite Duras nasceu em Gia Dinh, na  Indochina  (agora  Vietnam),  em  1914,  onde  passou  a  infância  e  a adolescência.  A autora irá ficar profundamente marcada pela paisagem e pela vida da antiga colónia francesa, frequentemente referidas na sua obra literária.
O seu pai morreu quando tinha quatro anos de idade, e a sua mãe, uma professora, lutou arduamente para criar três  filhos  sozinha.   Durante   a  adolescência,  Marguerite  Duras  teve  um  caso  com  um  homem  chinês  rico  e  retorna mais tarde a este período nos seus livros  (nomeadamente O Amante  O Amante da China do Norte). Aos 17 anos viajou para França, onde estudou Direito e Ciência Política no Sorbonne, formando-se em 1935.
Durante a II Guerra Mundial, marguerite Duras tomou parte da da Resistência Francesa, filiando-se também no partido comunista.

Duras publica os seu primeiros livros em 1943 e 1944, Os Imprudentes e A Vida Tranquila, respectivamente. A partir de 1959 começa também a escrever argumentos para o cinema, dos quais Hiroshima meu amor é sem dúvida o mais conhecido e marcante.  Em 1950, com Uma barrangem conhtra o Pacífico, Duras esteve muito próxima de ganhar o Prémio Goncourt. É no entanto apenas 30 anos depois que a injustiça lhe é reparada, ganhando o prémio por unanimidade com o romance O Amante. É uma autora muito fértil, com uma obra literária vastíssima, desde os romances aos argumentos cinematográficos. Afirma-se sempre com um estilo de beleza inconfundível, num tom duro e denso, por vezes até um pouco inacessível, mas sempre numa expressão profundamente genuína e humana das paixões, grandezas e misérias da vida. Marguerite Duras é por excelência uma escritora da condição humana, mas contudo não procura utilizar a escrita como forma de redenção e/ou salvação; antes, a escrita é uma exigência urgente, um valor supremo em que reside, uma vontade bruta de falar de si. As suas obras estão repletas de descrições belíssimas e soberbamente envolvidas na ambiência exótica da paisagem oriental, não sem deixarem reconhecer uma intensidade angustiada e desesperada, oriunda de uma constante luta da autora com as questões do amor e da morte.

Durante a década de 1980, Marguerite Duras apaixona-se por Yann Andréa Steinner, um homem 38 anos mais novo. Duras viverá com Yann até à sua morte em 1996, mas não sem antes atravessar um duro período em que permaneceu junto do seu marida Robert Antelme, depois de este ter sobrevivido milagrosamente a uma captura pela Gestapo. Este período serviu de base para uma colecção de histórias curtas, intitulada A Dor (de 1985), um grito literário sobre a pressão sob que viveu.

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