Previsão do Tempo

sexta-feira, 19 de março de 2010

Faz no dia 20 de Março 195 anos que Napoleão regressa para o "Governo de 100 dias"

NAPOLEÃO BONAPARTE 
1769 – 1821 

Napoleão Bonaparte, imperador de França (1804-14, 1815), foi um dos generais mais importantes do mundo. As suas vitórias incluíram Toulon (1793), Pirâmides (1798), Marengo (1800), Hohenlinden (1800), Austerlitz (1805), Jena (1806), Wagran (1809) e Ligny (1815). Napoleão conquistou o controlo de quase toda a Europa. 

Napoleão Bonaparte nasceu na Córsega. Frequentou a escola militar de França, onde foi perseguido pelos outros rapazes por ser baixo e estrangeiro. Licenciou-se em quadragésimo segundo lugar numa turma de cinquenta e um alunos. Napoleão alistou-se no Exercito com o posto de tenente de artilharia e distinguiu-se no cerco de Toulon, em 1793. Foi promovido a general de brigada aos vinte e quatro anos de idade. 
Napoleão era a favor da Revolução Francesa e era amigo de Robespierre e dos Jacobinos radicais e, quando estes foram afastados do poder, ficou sem amigos e sob suspeita. No entanto, em Outubro de 1795, comandou as tropas que defenderam com êxito a Convenção Nacional e a República contra a revolta dos monárquicos. Como gratidão, o novo Governo francês, conhecido por Directório, deu-lhe o comando do exército francês em Itália. Em 1796, casou com Josefina de Beauharnais, uma ligação que veio fortalecer a sua posição politica. 
Napoleão mostrou o seu génio na campanha da Itália. Usou movimentos rápidos para dividir ao meio os exércitos austríacos inimigos, de modo a que pudesse então destrui-los a pouco e pouco. Estava a sessenta milhas de Viena quando os austríacos se renderam. Venceu pelo menos catorze batalhas durante a campanha. 
Napoleão, homem ambicioso, planeou a seguir bloquear o caminho dos ingleses para a Índia, a sua maior colónia, e desembarcou no Egipto, em 1798. A vitória na batalha das Pirâmides colocou o Egipto à sua mercê, mas a sua armada foi destruída no Delta do Nilo por Nelson. Bonaparte regressou a França, secretamente, encontrando o Directório em confusão depois de perder o que ele ganhara em Itália. Viu uma oportunidade a favor da sua ambição pessoal. Bonaparte tomou parte num golpe, em Novembro de 1799, que substituiu o Directório por um Governo formado por três homens, o Consulado, sendo ele o primeiro-cônsul. 
Napoleão introduziu uma racionalização e modernização indiscriminadas no Governo e na legislação francesa, vitais após o caos da Revolução. Criou também o Banco de França, e construiu muitas estradas e pontes, principalmente por razões de ordem militar. Em 1802, Napoleão nomeou-se cônsul vitalício, e ditador virtual. Em 1804, o papa veio à Catedral de Notre-Dame, em Paris, e celebrou o acto em que Napoleão recebeu o título de Imperador; Napoleão tirou a coroa das mãos do papa coroando-se a si próprio, para mostrar que não estava subordinado a ninguém. 
Napoleão alargou o seu Império através de conquistas e alianças impostas às nações amedrontadas pelo seu génio militar. Contudo, foi incapaz de derrotar a Inglaterra no mar. Na Europa impôs o Bloqueio Continental para excluir o comércio inglês, mas este facto fê-lo perder alguns dos seus aliados, entre eles a Rússia. Colocou os seus conhecidos ou os seus marechais no poder nalguns dos países satélites, e este facto também provocou descontentamentos, principalmente em Espanha, onde se iniciou uma revolta, 1808. Também sacrificou a mulher à sua ambição; divorciou-se, em 1809, para casar com Maria Luísa, a fim de formar uma ligação com a casa real Austríaca. 
Napoleão invadiu a Rússia, em 1812. O seu exército conquistou Moscovo, em Setembro de 1812, após uma batalha sangrenta, em Borodino, mas os russos incendiaram Moscovo para o privar de mantimentos e abrigo para o Inverno. Caiu numa armadilha. Forçado a retirar-se, o seu exército foi destruído pelo frio e pela fome. Napoleão apressou-se a regressar à Europa e reuniu um novo exército, mas a qualidade das suas tropas nunca mais voltou a ser a mesma. Sofreu uma derrota catastrófica na Batalha das Nações em Leipzig no ano de 1813. Os exércitos da Rússia, Prússia e Grã-Bretanha, comandados pelo Duque de Wellington e pelo General prussiano Gebhard Blucher, eram demasiado fortes para as tropas de Napoleão e, em Abril de 1814, este rendeu-se. 
Napoleão foi exilado para a Ilha de Elba, ao largo da costa de Itália. Manteve, no entanto, o título de imperador. Fugiu, em Fevereiro de 1815, e, ao desembarcar em França, o exército reuniu-se ao seu velho senhor. O seu triunfo durou apenas 100 dias. Bateu os prussianos, em Ligny, e, dois dias depois, lutou contra os Ingleses, em Waterloo, a 18 de Junho de 1815. A derrota nesta batalha só começou a pender para o lado de Napoleão quando surgiram os Prussianos. 
Napoleão tentou fugir para os Estados Unidos, mas não conseguiu arranjar um navio que rompesse o bloqueio dos Ingleses. Pediu protecção aos Ingleses contra Blucher que ameaçara enforca-lo. Os Ingleses exilaram-no para Santa Helena, uma ilha do Atlântico, onde morreu seis anos depois. A lenda napoleónica continuou viva e, em 1840, foi sepultado com grande pompa, a pedido do rei Luís Filipe. 

Sem comentários:

Enviar um comentário