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segunda-feira, 22 de março de 2010

Faz no dia 22 de Março 178 anos que morreu Johann Goethe, grande poeta alemão


Johann Wolfgang Goethe

Francoforte-sobre-o-Meno, 1749 - Weimar, 1832

Escritor alemão, é a maior figura da literatura alemã e uma das principais da literatura universal. Além disso é, de todos os poetas alemães, o que resume a sua época com mais exactidão e clareza.    
Nasce no ambiente culto da burguesia protestante de Francoforte. Estuda Direito e cultiva o seu gosto pelas ciências e as artes. Herder inculca-lhe a ideia de que a poesia é um dom universal e popular e não só património de alguns homens cultos. Dá-lhe também a conhecer as obras de Homero, Shakespeare e Ossian. A influência de Shakespeare inspira-lhe o drama Götz von Berlichingen, em que se manifesta o espírito de liberdade que naquele tempo reina na Alemanha. A partir desta obra, Goethe retira os argumentos do fundo do seu espírito. A Paixão do Jovem Werther, romance epistolar, conta um amor sem saída que acaba em suicídio. A sua influência na Alemanha, e em toda a Europa, é enorme. Outro drama seu, Egmont, é um canto à liberdade.    
Aos vinte e seis anos inicia a sua carreira política. Em Weimar, modesta capital do ducado, Goethe dedica-se a uma vasta actividade de organizador e reformador. Converte a cidade num centro cultural de primeira ordem; nela estabelecem-se Herder, Wieland e Schiller. Neste decénio (1775-86), Goethe interessa-se também pelas ciências, particularmente pela mineralogia, a botânica e a óptica.    
Em 1786 inicia uma viagem a Itália, a partir da qual é atraído pelo classicismo tomado das suas fontes originais e não da tradição francesa. A expressão mais pura do seu entusiasmo pela Antiguidade é o drama Ifigénia em Táurida. Desta época são a sua Viagem a Itália e as Elegias Romanas. No seu regresso de Itália torna-se íntimo do poeta Schiller, que goza de grande fama. Colabora com ele no Almanaque das Musas   
Goethe passa a maior parte da sua vida na corte de Weimar como conselheiro do duque Carlos da Saxónia. As obras dos seus últimos anos, em que se fundem a serenidade clássica e a paixão romântica, são Os Anos de Aprendizagem de Wilhelm Meister (uma espécie de confissões romanceadas, em que se inclui o relato autónomo de As Afinidades Electivas), Hermann und Dorothea (poema de ambientação contemporânea) e, sobretudo, o Fausto. Nesta obra, que ocupa toda a sua vida, Goethe recolhe a lenda medieval do doutor Fausto, que faz um pacto com o diabo para ultrapassar os limites do saber, recuperar a juventude e conseguir o amor de Margarida. Com este argumento, que não parece grande coisa, Goethe escreve um poema de densidade e transcendência filosófica extraordinárias.    
O estilo literário de Goethe não pode definir-se em poucas linhas. Passa, sucessivamente, pelo Sturm und Drang, pelo classicismo helénico e pela procura do supra-sensível. Pode dizer-se que é, alternadamente, um clássico e um romântico.

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