Nasceu a 5 de Março de 1922 em Bolonha. Filho de um militar, seguiu o pai nas mudanças dele, mas frequentou o liceu e a faculdade em Bolonha, onde teve como mestres Contini e Longhi e com amigos Leonetti e Roversi, até à licenciatura, em 1945, sobre a linguagem de Pascoli. Passava os verões em Casarsa, na região do Friuli, cidade de origem da mãe. Aí se refugiou depois do 8 de Setembro de 1943, para fugir à chamada no exército. Compôs os primeiros poemas em dialecto friulano, Poesie a Casarsa (1942), publicados mais tarde junto de outros textos friulanos em La Meglio Gioventù (1958). Em 1945 soube que o irmão mais novo Guido tinha sido morto num conflito entre dois grupos de partigiani com ideias políticas diferentes. Em 1947 inscreveu-se no Partido Comunista. Depois de ter encontrado trabalho como professor, numa aldeia perto de Casarsa, foi despedido e a seguir expulso do PCI por um obscuro episódio de homossexualidade que causou um processo por corrupção de menores. Esse foi o primeiro de uma lista muito comprida de processos (mais de 30) que deram a Pasolini a consciência da sua diversidade e marcaram o seu destino (e até o seu papel público, que ele próprio criou) de marginalizado e rebelde. Devido ao escândalo, em 1949 teve de deixar Casarsa, com a mãe (a relação com o pai já estava estragada), e mudou-se para Roma, vivendo primeiro num bairro de periferia e ganhando a vida com explicações e ensino em escolas particulares. A descoberta do mundo do sub-proletariado romano inspirou-lhe – para além de poemas contidos em As Cinzas de Gramsci (1957) e A Religião do Meu Tempo (1961), escritos depois de O Rouxinol da Igreja Católica (1943 – 1949,) – sobretudo os romances Vadios (1955) e Uma Vida Violenta (1959), que provocaram grande escândalo, mas asseguraram-lhe o primeiro êxito literário. Com os antigos colegas da faculdade Leonetti e Roversi fundou e dirigiu entre 1955 e 1959 a revista Officina, que contou com Frotini, Volponi e outros importantes estudiosos e críticos militantes como colaboradores. Começou entretanto a sua actividade no mundo cinematográfico: colaborou em alguns guiões (entre os quais As Noites de Cabiria de Federico Fellini), e a partir de 1961 realizou filmes como Accattone, Uccellacci e Uccellini, Édipo Rei, Medea, Decameron, Salò ou os 120 Dias de Sodoma. Muitos desses filmes provocaram escândalo e custaram ao seu realizador outros processos.
Nos anos 60 publicou Il Sogno di Una Cosa (escrito em 1949), mais poemas (Poesia em Forma de Rosa, 1964,Transumar e Organizar, 1971), e foi muito activo como crítico militante em vários diários e revistas (entre outras, dirigiu com Moravia e Carocci a 'Nuovi Argomenti'), actividade que, depois da colecção 'Passione e Ideologia', deu vida a muitas publicações, parcialmente póstumas: Empirismo Herético (1972), Escritos Corsários (1975), Descrizioni di Descrizioni(1979). Uma antologia da sua poesia foi editada em 2005 na Assírio e Alvim.
A sua produção teatral conta seis tragédias, todas escritas entre 1966 e 1974: Calderón, Afabulação, Pilades, Pocilga, Orgia e Besta de Estilo.
Pier Paolo Pasolini morreu assassinado num campo em Óstia em circunstâncias misteriosas em 1975.
Nos anos 60 publicou Il Sogno di Una Cosa (escrito em 1949), mais poemas (Poesia em Forma de Rosa, 1964,Transumar e Organizar, 1971), e foi muito activo como crítico militante em vários diários e revistas (entre outras, dirigiu com Moravia e Carocci a 'Nuovi Argomenti'), actividade que, depois da colecção 'Passione e Ideologia', deu vida a muitas publicações, parcialmente póstumas: Empirismo Herético (1972), Escritos Corsários (1975), Descrizioni di Descrizioni(1979). Uma antologia da sua poesia foi editada em 2005 na Assírio e Alvim.
A sua produção teatral conta seis tragédias, todas escritas entre 1966 e 1974: Calderón, Afabulação, Pilades, Pocilga, Orgia e Besta de Estilo.
Pier Paolo Pasolini morreu assassinado num campo em Óstia em circunstâncias misteriosas em 1975.
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