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terça-feira, 2 de março de 2010

Foi há 207 anos que foi fundado o Colégio Militar em Lisboa

Criado há quase dois séculos, numa conturbada época da vida nacional, o Colégio Militar surgiu não por força de qualquer decreto friamente concebido numa secretaria, mas por iniciativa de um homem cuja vida constitui aliciante exemplo de dádiva total ao serviço da Pátria, desde o dia em que, com 14 anos incompletos, sai da sua aldeia transmontana para se alistar voluntariamente nas fileiras do Exército: o Marechal António Teixeira Rebelo ( 1750 - 1825 ). Evocá -lo é trazer à lembrança o perfil moral de uma grande figura de soldad o e educador. Filho de modestos lavradores, nasceu em 17 de Dezembro de 1750, em Cumieira, humilde aldeia transmontana.
Foi sua coroa de glória incontestável a fundação do Colégio Militar. Deu-lhe ensejo para isso o ser nomeado em 1802, comandante do Regimento de Artilharia da Corte, unidade militar aquartelada no Forte da Feitoria, a par de S. Julião da Barra.
Era  então coronel. Preocupado com a ocupação e educação das crianças e jovens familiares da sua guarnição e de civis da região, cria, na Feitoria anexa, uma escola cujos agentes de ensino seriam os próprios militares do seu Regimento.
Nasce assim, o Colégio da Feitoria em data que se consagrou ser o dia 3 de Março de 1803. Os primeiros alunos ali educados distinguem-se pelos seus conhecimentos militares, pelo seu comportamento e bravura nas campanhas contra as tropas invasoras de Napoleão.
Desde o seu nascimento o Colégio esteve instalado em diversos locais ao longo de toda a sua vida. Inicialmente, foi seu berço a Feitoria, de 1803 a 1813. Por portaria de 1814 o Colégio é transferido para o edifício do Hospital de Nossa Senhora dos Prazeres, na Luz, com a designação de Real Colégio Militar, onde permanece até 1835.
Depois passa para a extinta Congregação dos Missionários, denominada de Rilhafóles ( o efectivo havia sofrido um aumento substancial, nesta altura ), onde esteve de 1835 a 1848. Em 1848 é transferido para Mafra onde fica até 1859. Novamente na Luz até 1870, volta a Mafra até 1873, ano em que regressa para a Luz, onde se tem mantido até aos nossos dias.

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