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domingo, 7 de março de 2010

Napoleão Bonaparte casa com Josefina Beauhamais no dia 8 de3 Março de 1796. Napoleão e a sua vida amorosa.


Napoleão Bonaparte
(15 de Agosto de 1769 – 5 de Maio de 1821)

Resenha histórica e feitos famosos – Coroando os seus triunfos militares, Napoleão, nascido na ilha de Córsega, em 1769, tornou-se Imperador de França em 1804, demonstrando com este acto a cotação reconhecida por todos do seu génio político-militar A subida ao poder foi realmente facilitada pelos líderes da Revolução Francesa e durante a sua governação imperial deu nascimento à França moderna, realizando grandes reformas nas instituições judiciais, financeiras e administrativas. Oficial um tanto obscuro no início da sua carreira militar, conseguiu o posto de general quando derrotou as forças inglesas (1793), que mantinham a cidade de Toulon subjugada em parceria com os monarquistas franceses. Em 1795, foi chamado a Paris para reprimir um grupo de rebeldes, tendo sido bem sucedido e logo lhe foi concedido o comando do Exército gaulês em Itália. Aqui teve notáveis vitórias sobre as forças armadas austríacas, que o alcandoraram a herói nacional. Depois de ter ido invadir o Egipto (1799), sem grande resistência local às suas tropas bem disciplinadas, Bonaparte retornou à capital francesa onde aproveitou desentendimentos no Directório para dar um golpe de Estado. Deu início ao seu Consulado, com 30 anos de idade, fazendo aprovar uma constituição que dava poderes ilimitados à sua ditadura militar. Resumindo toda a sua acção posterior, pode dizer-se que quase toda a Europa Continental caiu sob o seu domínio, e foi espoliada pelos seus exércitos (Guerras Napoleónicas), mas não conseguiu sitiar economicamente nem vencer a Inglaterra, como bem tentou. A campanha desastrosa na Rússia (1812) e a derrota contundente das forças militares que lhe restavam em Leipzig (1813) fizeram com que abdicasse e fosse deportado para Elba. A tentativa de recuperar o trono francês terminou com a sua derrota em Waterloo, para o duque de Wellington. Daí em diante viveu exilado na ilha de Santa Helena.
Vida amorosa – Em 1795, ansioso por se casar, Napoleão fez a corte ao seu primeiro amor real, sua cunhada Eugenie Désirée Clary, esperando que o seu irmão Joseph facilitasse as coisas para ele. O esforço do mano não resultou e teve que retirar a sua proposta de casamento abruptamente. Bonaparte contava que tinha perdido a sua virgindade com uma prostituta que pegara numa avenida de Paris. Mas essa experiência não serviu de muito para superar a timidez do futuro Imperador em relação às mulheres. Depois daquilo que se passou com Eugenie, o general nascido em Ajácio, andou a arrastar a sua asa amorosa por madames já entradotas (pelo menos duas, Mademoiselle de Montaisier e de Permon tinham 60 e 40 anos, respectivamente).
Mas a sua busca frenética terminou quando Paul Barras, procurando livrar-se da sua amante, Josefina de Beauharnais, natural de Martinica, deu um jeito para os dois se encontrarem, sabendo ela que a união lhe traria boas benesses financeiras… Josefina tinha 28 anos, mas não teve pejo em tirar quatro primaveras na certidão de casamento, como os historiadores vieram a verificar. Mas o mais caricato e eventualmente chocante foi a noite nupcial: durante o vigoroso coito, o noivo deu um grito súbito quando o cãozinho de estimação de Josefina, "Fortuné", foi juntar-se ao acto. Acreditando que a sua dona estava a ser atacada, o cão pulou na cama e mordeu o sôfrego general na sua perna esquerda nua. Dois dias depois o guerreiro ferido encerrou a lua-de-mel e partiu para Itália.
Cansado das constantes infidelidades de Josefina, Napoleão tornou-se amante de Pauline Fourès durante a sua campanha no Egipto, loura de 20 anos e que vestia roupa masculina para estar junto do seu "amante-soldado". Ficou a viver junto do quartel-general no Cairo, e foi baptizada por "Nossa Senhora do Oriente" ou "Madame General"… Nos casos eventuais de aventuras íntimas, há um amanuense que a sociedade parisiense bem conhecia, o seu principal ajudante-de-campo Gérard Duroc, que levava mulheres-de-uma-noite a um quarto ao lado do escritório que Napoleão tinha nas Tulherias. Dizia às moças para se despirem e se enfiarem por baixo dos lençóis e que esperassem pelo Imperador, algumas delas eram encaminhadas pela família de Napoleão, como Eléonora Denuelle e Antonieta Duchâtel.
Mas a parceira favorita de Bonaparte era Marie Walewska, surgida na sua vida, como se sabe, como "presente" dos polacos, conterrâneos dela, que precisavam do poder francês para se tornarem independentes. O início da ligação foi acidentado. Levada aos aposentos privados de Napoleão, a jovem condessa de tão nervosa desmaiou a arfar tremendamente, tendo na mesma o corso consumado o acto e quando despertou Marie perdoou-lhe. O enlace floresceu por mais três anos e o charme e dedicação serena cativantes fizeram com que o Imperador viesse a escrever mais tarde, que "tinha sido a única mulher que realmente amara". Deu-lhe um filho, Alexandre, coisa que Josefina não tinha conseguido, provando que não era ele o estéril, nem impotente. Napoleão teve que vir a anular o seu casamento tempestuoso com a "sua crioula" pois precisava de um herdeiro. O comité político do Estado gaulês escolheu para sua segunda mulher, a arquiduquesa Maria Luísa de Áustria, uma virgem de 18 anos, mas Napoleão quis saber se era mulher para boa procriação. Depois de pesquisar o comportamento reprodutor da sua família, aceitou os esponsais e não se veio a arrepender: Maria Luísa veio a dar-lhe um filho um ano após o casamento. Os biógrafos de Bonaparte reiteram que muitas cartas ele escrevia às amadas, quando estava ausente em campanhas, e não se coibia de terminar as suas epístolas com provocações sensuais: "Beijo seus seios, e mais embaixo, muito mais embaixo!"
Napoleão foi sempre avesso a legislar sobre homossexualidade, não se importando que a houvesse entre os seus soldados, e conhece-se o seu gosto em ter ordenanças de cariz afemininados. Tinha o hábito de acariciar os seus militares jovens, puxando-lhes uma orelha ou o queixo, e gostava de ser adulado por eles, deixando dúvidas se teria alguma inclinação gay. Depois dos 42 anos, foi questão que deixou de ser pertinente: ficou impotente. O relatório médico e posteriormente a autópsia (dr. Antommarchi) vieram a confirmar das razões de tal disfunção: além de ter uma úlcera gástrica cancerosa, provou-se que os rins, pituitária e tiróide estavam irremediavelmente inflamados. Em Santa Helena, os médicos ingleses viram a doença endócrina mortificar o corpo meão do autoproclamado Imperador, estratego de muitas vitórias por essa Europa posta a seus pés.

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