Previsão do Tempo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A 15 de Abril de 1764, morreu Madame de Pompadour


 Madame de Pompadour

Cerca de 1745, uma certa Madame d’Étoile começava a suscitar interesse na capital de França. Madame d’Etoile não descendia de alta linhagem, era até filha de um casal pouco recomendável. Adquirira, contudo, uma certa posição pelo casamento, relacionando-se bem com diversas celebridades parisienses. Madame d’Etoile possuía uma inegável beleza e encanto. Paris inteira estava a seus pés e tornou-se amante do rei de França Luís XV, que a elevou à categoria de Marqueza de Pompadour.

O rei Luís XV adquiriu uma certa amizade sincera por Madame de Pompadour, que estava ao corrente de todos os seus segredos. Ela acompanhava o rei em viagens e os ministros discutiam com ela todas as questões em suspenso. “Ela era a pessoa de quem tudo e todos dependiam”, no dizer do embaixador da Suécia. Na corte compreendia-se que Madame de Pompadour não era um capricho do rei, mas que ela se iria manter como amante titular e permanente.

A princípio, os descontentes quiseram desviá-la das graças do rei, mas a marqueza fez-lhes frente. Luís XV considerava-a a mais encantadora mulher do país. Ninguém sabia pô-lo tão à vontade, torná-lo tão feliz, o que fazia com que Madame de Pompadour exercesse uma influência considerável sobre o rei.

Madame de Pompadour tornou-se a protectora das artes em França. Os artistas e os arquitectos de França dela receberam condições propícias para as suas artes. Madame de Pompadour tornou-se mecenas porque era, à sua maneira, muito culta, assegurando o primeiro lugar na vida cultural da sua época. Amava e compreendia as artes, estava sempre pronta a apoiar os seus amigos artistas com as suas ideias, os seus louvores e as suas críticas. Os artistas não eram os únicos protegidos seus. Sabe-se que a marqueza alargava a sua benevolência aos grandes escritores do século das luzes.

O seu mais belo florão foi a sua inquebrantável lealdade para com o rei, fosse em que circunstâncias fossem. Madame de Pompadour era vaidosa, cheia de ambição e amava, acima de tudo, a lisonja. Mas é certo que o bem do rei era para ela sagrado.

Com o passar dos anos, com a doença, a sua beleza extinguia-se e as suas forças esgotavam-se, e teve de renunciar ao seu ‘posto’. Em vez de continuar a ser amante do rei, tornou-se sua amiga, a sua protectora. A amizade substituíra a galanteria.

Madame de Pompadour compreendeu, então, que devia informar-se ainda mais dos problemas políticos para estar em condições de aconselhar o rei. Daria coragem ao rei, e era esse o maior serviço que podia prestar-lhe no seu novo papel de amiga.

Cerca de 1750, sabia-se em Versalhes que o rei consultava cada vez mais Madame de Pompadour a propósito de todos os problemas de política externa. Nesta área Madame de Pompadour desempenhou um papel importante de ajuda ao rei de França, nomeadamente no Tratado de Versalhes.

Quando em 1978, o duque de Choiseul tomou a direcção dos negócios, a Marqueza teve de se apagar cada vez mais. A partir daí não passou da protectora das letras e das artes. Mas, até a sua morte, Madame de Pompadour teve o prazer de ver o seu salão cheio de pessoas que iam solicitar a sua intervenção junto do rei. Morreu em 1764.

Sem comentários:

Enviar um comentário