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domingo, 4 de abril de 2010

A 4 de Abril de 1949 foi assinado o Tratado do Atlântico Norte (NATO) ou (OTAN).

A NATO (Organização do Tratado Atlântico-Norte) foi fundada a 4 de Abril de 1949, através da assinatura do respectivo tratado. A 3 e 4 de Abril de 2009, os chefes de estado e de governo dos 26 países membros desta organização encontram-se em Baden-Baden (Alemanha) e Estrasburgo (França) para a cimeira comemorativa dos 60 anos da NATO.

Desde a sua fundação que a NATO se apresentou como a defensora do chamado "Ocidente livre" contra o alegado comunismo agressivo. Se esta foi a verdadeira razão para a existência da NATO, ela devia ter sido dissolvida em 1991, aquando do fim do Pacto de Varsóvia. Mas isso não aconteceu.


Durante a Guerra Fria, a NATO alimentou a corrida ao armamento durante mais de 40 anos, e note-se que isto não serve obviamente de desculpa para as insensatas políticas de armamanento que a Rússia também levou a cabo. Mas alguns documentos recentes mostram que o objectivo estratégico da NATO - pelo menos durante muitos anos - era obrigar ao recuo militar da União Soviética e à revisão dos resultados da Segunda Guerra Mundial. Durante a Guerra Fria, a NATO - através da operação secreta Gladio - participou na repressão contra movimentos de esquerda nos seus países membros, e também esteve ligada aos golpes de estado militares na Grécia (1967) 
e na Turquia (1980) .

Com o fim da Guerra Fria e a dissolução do Pacto de Varsóvia, a NATO rapidamente se virou para novas missões.


Da aliança defensiva à aliança para intervenções militares
Já com a Declaração de Roma, de 1991, a NATO posicionou-se com uma nova estratégia. Um ataque a partir do Leste deixou de ser provável e como tal a NATO passou a encarar como "novas ameaças" as consequências das dificuldades económicas , políticas e sociais na Europa Central e de Leste, para as quais a NATO tinha que estar preparada .
Baseada nesta nova definição, a "aliança defensiva" tornou-se muito activa com uma série de intervenções militares fora das suas habituais áreas de operação. A partir de 1992, os barcos de guerra da NATO começaram a vigiar o embargo de armas das Nações Unidas à Sérvia e ao Montenegro - no Mar Adriático - e mais tarde impuseram-no . Isto foi o princípio de uma estratégia que desembocou nas intervenções militares da NATO primeiro na Bósnia, mais tarde no bombardeamento ilegal da Jugoslávia e finalmente na intervenção militar no Kosovo.

Hoje a NATO está activa militarmente em vários países: no Afeganistão desde 2003 com cerca de 60 mil soldados, no Kosovo desde 1999 com cerca de 16 mil soldados, no mar mediterrâneo desde Outubro de 2001 com mais de 2 mil soldados integrados na "Operação Empenho Activo" (
Operation Active Endeavour), e no Iraque desde Agosto de 2004 com uma missão de treino de 140 soldados. Com esta operação a NATO apoia e legitima a ocupação do Iraque pelos EUA e pelo Reino Unido, bem como o governo iraquiano criado pelos ocupantes. A "operação anti-pirataria" na costa da Somália  foi entregue à União Europeia a 12 de Dzembro de 2008, e chama-se agora "Atalanta" .

De todas estas operações, a desencadeada no Afeganistão é central para a NATO . As suas acções no Afeganistão são cada vez mais agressivas e imprudentes. Os resultados desta ocupação são cada vez mais óbvios: a brutalização da sociedade, mais miséria e mais mortes provocadas pelas bombas. De Janeiro de 2006 a Julho de 2008 mais de 1000 civis afegãos foram vítimas directas das operações militares dos EUA e da NATO .


Através da cooperação civil e militar como a que é praticada no Afeganistão, até mesmo a ajuda ao desenvolvimento está a ser integrada nos esforços de guerra da NATO. A Caritas Internacional criticou a NATO em junho de 2008, afirmando que "a distribuição do dinheiro para ajuda ao desenvolvimento não está ligada às reais necessidades de desenvolvimento, mas sim orientada para a necessidade de combater os "insurgentes"". Na última cimeira da NATO, em Bucareste, decidiu-se fazer desta acção civil e militar contra os "insurgentes" o foco do presente e do futuro das missões da NATO .

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