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sábado, 17 de abril de 2010

A aranha, o gafanhoto e o camaleão


A aranha, o gafanhoto e o camaleão


A aranha, o gafanhoto e o camaleão habitavam o aprazível bosque da cidade. Conviviam a uma distância razoável, pois, reciprocamente, temiam as artimanhas que sempre eram recorrentes. A aranha foi a primeira a urdir:
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― Meu caro gafanhoto, sejamos previdentes e cuidadosos! O camaleão é o rei dos disfarces, muda de cor e a gente nem percebe.
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― É mesmo! - completa o gafanhoto. ― Ele fica nos troncos das árvores com cara de “boi-sonso” e é só passar por perto que ele estica aquela língua imensa e... “crau!”.
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― Sim, companheiro, sempre alerta! - continua a aranha. ― Eu passo o dia fiando, mas é um olho na teia, o outro no camaleão. Você sabe, o seguro morreu de velho. Precaução e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, dizia a minha avó.
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― Belos conselhos, Dona Aranha. Esse camaleão é o mestre da desfaçatez, é o rei da dissimulação.
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― Vá por mim! Dificilmente eu me engano! E tem mais - disse a aranha sussurrando. ― O camaleão tem uma armadilha mortal! Chegue mais perto, meu caro amigo gafanhoto, que eu lhe contarei.
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Ingenuamente, o gafanhoto se aproxima e se enrosca todo na teia. Diante da morte certa, fica a pensar o quanto foi bobo em confiar na ardilosa aranha.
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.A fábula acima demonstra que, para sobreviver, é preciso estar alerta às armadilhas da dissimulação e às artimanhas da astúcia. Um oponente conhecido é menos danoso que um amigo hipócrita. As pessoas falsas são piores que os inimigos ferozes.
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