Previsão do Tempo

sábado, 19 de junho de 2010

A 20 de Junho de 1723, nasceu Adam Ferguson


Adam Ferguson at Blog Filosofix
Adam Ferguson (1723 - 1816) foi filósofo e historiador do Iluminismo Escocês. Além de ter sido considerado o pai da Sociologia moderna, sucedeu a David Hume como “Librarian” na Faculty of Advocates; tornou-se professor de filosofia na University of Edinburgh e, em 1765, lá assumiu as cadeiras de Filosofia da Mente e de Filosofia Moral.
Ferguson publicou o seu mais famoso ensaio (Essay on the History of Civil Society), que influenciou boa parte da sociedade europeia, sendo mesmo traduzido para vários idiomas. No entanto, noutra das suas obras mais influentes, há algo que merece destaque, dentre tantas reflexões ímpares; em Institutes of Moral Philosophy,  Bill Ferguson prepara sua revisão moral com vistas a pensar e – eventualmente – instituir uma Filosofia do Direito da Sociedade Civil-burguesa. Ele diz ali, claramente, quais são os principais valores, para além das Quatro Virtudes Cardeais (de Aristóteles), a saber: a inocência, a candura, a piedade, a amizade, a gratidão, a liberalidade, a caridade, a civilidade e a “politeness”, que não é muito bem esclarecida.
Talvez, a melhor tradução para “politeness” seja polidez ou cortesia, mas poderia muito bem ser traduzida, francamente, como dissimulação honesta, para relembrar Torquato Accetto  e Guillaume de la Perrière  que afirmou: “Governo é a correcta disposição das coisas, organizadas com o propósito de alcançar um fim conveniente.”
Além desta inocência, muito conveniente para o Estado e as Corporações, diz-se, na voz corrente, que Hegel teria trabalhado com afinco sobre os textos de Ferguson, momentos antes de publicar seu texto sobre a Sociedade Civil-burguesa, que se situa entre a Família e o Estado, incluída na Ética Social, da tripartição da Filosofia do Espírito Objectivo, pela Lei Abstrata, a Moralidade da Consciência e a Ética Social propriamente.
Nesta obra, após verificar sobre o conhecimento geral, a ciência, as leis da natureza, a teoria e a filosofia moral, Ferguson parte para uma investigação sobre a história das espécies, as variedades da raça humana e a disposição da sociedade e da população (capítulo I); em seguida, trata da percepção animal, da imaginação, da memória, da abstração e dos sentimentos (capítulo II); adiante, investiga algo sobre as leis do desentendimento (exactamente, desentendimento) e do desejo e, no Capítulo III, investiga a aprovação moral em geral e seus princípios; daí, passa, no Capítulo IV, a falar da imaterialidade da Alma e de sua imortalidade. Como não poderia deixar de ser, Deus é invocado, necessariamente, na Terceira Parte, com Seus atributos, Sua unidade e Seu poder. Por fim, Ferguson trata da jurisprudência e das leis na Terra, em conformidade com a escala evolutiva, que ascende do animalesco para Deus e retorna, glorificada, como Inocência, Caridade, Candura e “politeness”.


Sem comentários:

Enviar um comentário