Previsão do Tempo

sábado, 5 de junho de 2010

A 6 de Junho de 1861, morreu o Conde de Cavour

Conde de Cavour (Turim, 1810 - idem, 1861)
Político piamontês, iniciador da unidade italiana. Camillo Benso, conde de Cavour, ingressa aos 10 anos na Real Academia Militar de Turim, de onde sai aos 18 anos como subtenente do corpo de Engenheiros. Considerado suspeito de liberalismo, é enviado para o Forte de Bard. Em 1831 retira-se do exército para se dedicar à agricultura nas suas quintas de Léri e para viajar. Completa a sua formação política em Paris e Londres.  
No dia 1 de Maio de 1846 publica na Revue Nouvelle um notável artigo sobre «Os comboios em Itália». No ano seguinte funda, juntamente com o conde Balbo,Il Risorgimento, jornal diário que exerce uma considerável influência sobre a marcha dos acontecimentos políticos. Em 1848, ano revolucionário na Europa, Cavour troca a pluma pela espada. Mas, após o desastre de Novaro, volta a ocupar-se da direcção de Il Risorgimento, onde combate valorosamente para salvar do naufrágio a independência da sua pátria. Deputado no Parlamento em 1849, em 1850 é nomeado ministro do Comércio e da Agricultura, ao que acrescenta, ao fim de um ano, a pasta da Fazenda. As primeiras medidas adoptadas pelo novo ministro tendem a estabelecer, por meio de sábias e vigorosas medidas, um equilíbrio entre receitas e despesas. Mas o estabelecimento do livre câmbio tropeça com uma viva oposição, e Cavour sai do governo após uma ruidosa ruptura com Massimo d’Azeglio (1852). Pouco depois recupera o poder, desta vez como presidente do Conselho, cargo que conserva até à sua morte. Em política interna preocupa-se em afirmar a liberdade individual, a liberdade de imprensa e a dos cultos, combate o clero, cuja influência se encarrega de limitar, faz vender os bens eclesiásticos improdutivos e arrebata às ordens religiosas o monopólio do ensino. Mas vê-se obrigado a retardar um projecto de lei para a organização do casamento civil.  
O envio à Crimeia de um corpo auxiliar para combater junto das forças francesas e inglesas contra os Russos faz o Piemonte ser admitido no Congresso de Paris, onde Cavour coloca a questão italiana. A entrevista de Plombières fá-lo presumir a aliança da França. O exército francês franqueia os Alpes e, após uma série de gloriosos combates, a Lombardia é arrebatada à Áustria. Mas Napoleão III abandona a luta e assina a Paz de Villafranca (1859). Cavour retira-se e cede o seu posto a Rattazzi. Depois de alguns meses de retiro aparente, situa-se à cabeça de um conselho de ministros completamente renovado (1860), leva a cabo a anexação da Itália Central e põe fim, discretamente, à conquista das Duas Sicílias por Garibaldi. Em 1861 falece vítima de umas febres fulminantes. Ao conhecer-se a notícia da sua morte, toda a Itália se compadece.  
O conde de Cavour, de altura mediana mas de robusta constituição, tem um carácter ligeiramente irritável, um génio incisivo e engenhoso e uma vontade enérgica. Está capacitado para manter uma actividade verdadeiramente extraordinária. Durante a Campanha de Itália dirige sem divergência os departamentos do Interior, dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. A obra principal de Cavour é a unidade italiana. Consegue a anexação da Toscana, Modena, Parma, Nápoles, Sicília e parte dos Estados Pontifícios. Morre poucos meses depois da proclamação de Vítor Manuel II como rei de Itália.

Sem comentários:

Enviar um comentário