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terça-feira, 8 de junho de 2010

A 9 de Junho de 1597, morreu o Padre José de Anchieta

Padre José de Anchieta
S. Cristóbal de la Laguna, Canárias 1534 - Espírito Santo, actual Anchieta, 1597)
Apóstolo no Brasil, também conhecido como Beato Anchieta. Estuda em Coimbra a partir de 1548 e ali se torna jesuíta em 1551. Em Maio de 1553 é enviado para o Brasil, onde começa por ensinar Latim no Colégio de Piratininga. Este Colégio é mudado em Janeiro de 1554 para um novo local, com o nome de Colégio de S. Paulo, o qual vem a ser considerado o núcleo da actual cidade de S. Paulo. Neste local, hoje designado como Pátio do Colégio, encontra-se também a Capela de Anchieta, igreja erguida não só pelo Pe. Anchieta mas também pelo Pe. Manuel da Nóbrega, igreja esta que vem a desabar em 1896. Entretanto, uma réplica desta igreja é construída. Ali, pode hoje admirar-se esta nova igreja, assim como a Casa de Anchieta com objectos e imagens que, supõe-se, são pertença do beato. Os alunos do Colégio são os filhos dos portugueses e os jovens religiosos da sua ordem, mas também os índios. O Pe. Anchieta começa a estudar a língua indígena, compõe uma gramática e um vocabulário tupi, escreve também em tupi um opúsculo para os confessores e outro para assistir aos moribundos. Para além destas obras, dedica-se também a escrever cantos piedosos, diálogos e autos segundo o estilo de Gil Vicente, e, por isso, é considerado o iniciador do teatro (Mysterios da Fe, dispostos a modo de diálogo em benefício dos índios é um exemplo das 12 peças de que há testemunho) e da poesia (De Beata Virgine Dei Matre Maria) no Brasil. De destacar também as suas cartas para Portugal e Roma, importantes pelas informações que contêm sobre a fauna, a flora e a ictiologia brasileira. Com Manuel da Nóbrega, contribui para a paz entre os portugueses e várias tribos índias, nomeadamente a mais feroz: a dos Tamoios. Em Março de 1565 entra na Baía de Guanabara com o capitão-mor Estácio de Sá, onde estabelecem os fundamentos do que viria a ser a cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro. Recebe as ordens sacras no final desse mês de Março na Baía, hoje cidade de Salvador. De novo no Rio, em 1567 vai para S. Vicente como superior das casas da capitania, a de S. Vicente e a de S. Paulo, onde permanece até 1577, data em que é nomeado provincial do Brasil. Em 1589 é já superior de Espírito Santo, onde fica até morrer. O Pe. Anchieta acaba beatificado em Junho de 1980 pelo papa João Paulo II, beatificação esta, ao que parece, que a perseguição do marquês de Pombal aos jesuítas impede até então.

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