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terça-feira, 8 de junho de 2010

A 9 de Junho de 1672, nasce Pedro o Grande

Ao retornar a Moscou em 1698, vinha com um propósito fixo: a Rússia teria que se ocidentalizar. Tornou-se insuportável para ele deparar-se diariamente com o que identificava como os sinais mais evidentes do atraso e rudeza do seu povo, aquela gente com pouca higiene, embotada, enfiada em camisolões e com aquelas barbas bíblicas que lhes chegavam à cintura. Criou até um imposto para estimular o seu corte, pelo menos entre os que não fossem camponeses ou padres. Mais ainda enfurecia-o a dvoryantsvo, a nobreza, aquela casta vadia, arruaceira e beberrona que ele tratou de disciplinar e pôr ao serviço do Estado. A Rússia, rompendo com seu passado de imobilismo asiático, devia tornar-se um país europeu mesmo que fosse a esporaços e a golpes de knute(o relho do cossaco). Recorreu Pedro a métodos bárbaros para retirá-la da barbárie, parecendo a encarnação mais perfeita do que Arnold Toynbee chamou de homo mechanicus neobarbarus.


reprodução
Pedro, o jovem príncipe da Rússia
A nobreza, por ele domada, foi colocada atrás dos escritórios ou ao serviço nos quartéis, os sacerdotes no púlpito, o comerciante atrás do balcão, e o camponês, reduzido a servo, atrás do arado. Dos suecos, importou regras administrativas, dos ingleses as manufacturas, dos holandeses os estaleiros, e dos alemães a ciência, que, por sugestão do filósofo Leibniz, levaram-no a fundar a Academia Científica Russa. Para garantir a segurança daquele território colossal que herdara, transformado por ele em império em 1721, institucionalizou um exército regular e uma marinha de guerra, além de estabelecer uma moderna divisão administrativa para o país inteiro, depois de ter subjugado a Igreja Russo-Ortodoxa à sua vontade.

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