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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Giácomo Casanova, morreu a 4 de Junho de 1798

Ao contrário de outros grandes sedutores, Giácomo Casanova não é personagem de ficção. Nasceu em Veneza, a 2 de Abril de 1725, filho de actores pertencentes à pequena burguesia. Morreu a 4 de Junho de 1798. Tornou-se um personagem famoso graças à sua própria vida, que ele conta nos 16 volumes das Memórias.

Dizem que tinha um físico bastante agradável e uma viva inteligência. Recebeu uma excelente educação: doutor em direito, conhecia o grego, o latim, o francês e o hebreu, além do espanhol e do inglês. Possuía profundos conhecimentos de teologia, filosofia e matemática. Exerceu diversas profissões, que abandonou quase sempre logo em seguida: padre, militar, músico e agente secreto...
Dançava muitissimo bem e era excelente na esgrima e na equitação. Viajante incansável, era um homem fora do comum: bonito, inteligente, culto. Tinha tudo para agradar e, ainda por cima, uma paixão incontrolável: as mulheres.

Casanova queria seduzir todas as mulheres, ama-as a todas e não escolhe: "amontoado insensato de beleza e de lixo, de inteligência e de vulgaridade, verdadeira feira do acaso sem freio e sem escolha!" (afirma Zweig).

É essencialmente um ser do prazer. "gosta do prazer que proporciona às mulheres" (diz Marceau).
Não é um sedutor estratégico como Valmont (lembram-se de «Ligações Perigosas?»)

"Ele nunca prepara, com planos ou cálculos (não tem muita paciência), nem a menor das ações" (diz, dele, Zweig). Casanova é um ser de superfície, cujo exterior se confunde com o interior e cujo objectivo se esgota no instante presente.

Como é que Casanova seduz?
De uma maneira muito simples: dá-se sem reservas, abandona-se completamente.
As mulheres deixam-se possuir por ele porque sentem que ele é possuído por elas.
"Nada se pode ir buscar nesse mestre, nada se pode aprender com ele, pois não existem truques próprios de Casanova, não há uma técnica casanovense da conquista e da sedução. Seu segredo está na sinceridade do desejo, na expressão elementar de uma natureza apaixonada".

Casanova quer o corpo das mulheres, e não a alma. Cumpre as suas promessas; "graças a seu magnífico depósito de sensualidade, ele dá prazer por prazer, corpo por corpo e nunca contrai dívidas da alma". Não provoca nenhuma catástrofe. Fez muitas mulheres felizes e todas saem intactas de uma aventura sensual para voltar à vida quotidiana, ou seja, aos maridos ou a outros amantes. Nenhuma se suicida nem se abandona ao desespero; o seu equilíbrio interior não é abalado.
Não é difícil compreendê-las: Casanova deve ter sido um sedutor generoso que "só precisa ser o que é, ou seja, sincero na infidelidade de sua paixão".

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