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segunda-feira, 28 de junho de 2010

No dia 28 de Junho, militares tomaram o poder em Honduras, destituindo o presidente eleito Manuel Zelaya

Honduras: Golpe de Estado de 2009




Imagem capturada na Internet


No dia 28 de Junho do ano 2009, em pleno domingo, o mundo se viu perplexo com a notícia de que os militares tomaram o poder em Honduras, destituindo o presidente eleito Manuel Zelaya, cujo mandato termina em 27 de Janeiro de 2010.

Apesar do processo histórico de consolidação da democracia na América Latina tenha sido precedido por períodos de forte instabilidade política e económica, com a imposição de ditaturas militares em diversos países, desde o fim da chamada Guerra Fria, no final dos anos 80 e início dos 90, este foi o primeiro golpe de estado da América Central.

Para a maioria, a preocupação reside no facto deste ter tido o apoio da Suprema Corte que, inclusive, ordenou ao Exército hondurenho à deposição do presidente.

A estabilidade política que o país vivia desde o início da década de 80 (Século XX), após o fim da didatura militar no país, voltou à”estaca zero” e a prática democrática foi quebrada  mostrando-se ineficiente e incapaz de assegurar a exposição da vontade do seu povo.

A origem da crise política por qual o país vem passando  encontra-se na relação conflituosa estabelecida entre a posição do referido presidente com os Poderes Executivo, Legislativo e o Exército de Honduras.

O presidente Manuel Zelaya pretendia realizar, no dia do Golpe (28 de Junho), um referendo (consulta popular) sobre a possibilidade de haver no período das eleições legais (novembro de 2009) a votação para a criação de uma Assembleia Constituinte, visando modificar a actual Constituição do país, com vista – inclusive - a permitir a sua reeleição.

A Justiça hondurenha declarou a ilegalidade da proposta e, com isso, o Exército negou ajuda na organização do referendo de domingo. Em razão disso, o presidente Zelaya, na semana anterior à consulta popular, destituiu o chefe do Estado-Maior, general Romeu Vázquez.

Por sua vez, a Suprema Corte ordenou que o presidente restituísse - a seu cargo – o referido general.

Manuel Zelaya considerou a postura tomada pela Suprema Corte como uma tentativa de golpe contra ele e, assim acabou  sucedendo, com a permanência da consulta popular para o último dia 28 de Junho, quando as Forças Armadas acabaram derrubando o presidente.

A detenção de Manuel Zelaya ocorreu cerca de 2 horas antes do início do referendo. O palácio presidencial foi cercado e tomado pelas Forças Armadas, pela manhã, por cerca de 300 soldados.


Manuel Zelaya

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