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domingo, 11 de julho de 2010

A 12 de Julho de 1935, morreu Alfredo Dreyfus




É criado em França um bloco republicano em torno da defesa de Dreyfus. Em 1894, Alfredo Dreyfus (9 de Outubro de 1859 - 12 de Julho de 1935), oficial do exército francês a exercer funções no Estado-Maior, é preso sob a acusação de ter vendido segredos militares à Alemanha, que constariam de um memorando apreendido pela contra-espionagem militar francesa. Dreyfus, de origem judaica, é condenado, desautorado em público e deportado para a Guiana, continuando sempre a afirmar a sua inocência. A acusação, infundadada, assentara na suposição de que a letra constante no documento era precisamente a de Dreyfus. Dois anos volvidos sobre a acusação, começam a desenhar-se provas irrefutáveis da inocência de Dreyfus, em especial através da existência de um documento entrado no Ministério da Guerra e que este persiste em esconder. Tal documento tinha aposta a assinatura do major Esterházi, igual à que tinha sido atribuída a Dreyfus. Em 1898, o coronel Henry, que exercera actividades de espionagem para o Ministério da Guerra, confessa ter sido o autor da falsificação da letra de Dreyfus e suicida-se. Ainda assim, o governo e as forças armadas insistem em não ilibar Dreyfus, cujo caso é uma bandeira do anti-semitismo e dos movimentos márquicos e clericais. Pelo contrário, em sua defesa movem-se as correntes progressistas, sendo célebre a tomada de posição pública de Émile Zola (designadamente, com o seu libelo "J’Accuse...!", carta aberta ao Presidente da República Francesa, publicada no jornal "L’Aurore" de 13 de Janeiro de 1898). O debate ganha toda a sociedade francesa, dividindo-a profundamente. O Conselho de Guerra volta a condenar Dreyfus, embora de seguida o Presidente da República o amnistie. Regressado do degredo, Dreyfus e Zola continuam a lutar pela sua inteira reabilitação, que só ocorrerá em 1906.

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