Imagem mostra ferimento em UdayFoto: Terra
Os corpos dos filhos de Saddam Hussein, Uday e Qusay, estão reconhecíveis em fotos divulgadas pelo Pentágono no início da tarde (hora local). Mesmo com os ferimentos no rosto de Uday, as fotos comprovarim a morte dos dois. Os Estados Unidos garantem também que exames das arcadas dentárias dos dois confirmam que são os herdeiros de Saddam.
Uma fonte militar dos Estados Unidos mostrou duas fotos de Uday e duas de Qusay para um repórter iraquiano. Pode-se reconhecer Uday claramente, apesar de um ferimento que destruiu parte de seu nariz e do lábio superior. Os EUA dizem que ele cometeu suicídio com um tiro na boca. O rosto de Qusay não mostra nenhum sinal de ferimento. As fotos mostram os rostos e os torsos dos dois irmãos.
Os filhos de Saddam morreram na terça-feira, quando 200 soldados dos EUA atacaram seu esconderijo em Mosul, no norte do Iraque, com helicópteros, granadas, metralhadoras e mísseis antitanque. Os militares norte-americanos afirmaram que vão divulgar as fotos em breve.
Os Estados Unidos informaram que a decisão de divulgar as fotos foi tomada pela administração civil no Iraque, sob o comando de Paul Bremer, e não do Comando Militar. A divulgação de imagens de prisioneiros e vítimas de guerra é proibida pela Convenção de Genebra.
O secretário de defesa americano, Donald Rumsfeld, defendeu a decisão. "Foi uma decisão justa, estou feliz por tê-la tomado", disse à imprensa, precisando que foi adotada após uma longa reflexão. "É importante que os iraquianos saibam que (Uday e Qusay, filhos de Saddam Hussein) estão mortos e não regressarão", afirmou Rumsfeld.
"Creio que isso salvará vidas americanas e vidas da coalizão e que será de grande proveito para a liberdade dos iraquianos", acrescentou ao considerar que enfraquecerá a resistência iraquiana e fará com que as pessoas temam menos os membros do partido Baath na clandestinidade.
Pela publicação de fotos de cadáveres, feita apesar de o Pentágono não querer que seus inimigos publiquem fotos de seus militares mortos, o ministro disse: "na vida as coisas não são em preto e branco, há cinza (...) Não é a primeira vez que mostramos mortos, e não é uma prática habitual nos Estados Unidos".
Redação Terra
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