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quinta-feira, 22 de julho de 2010

A 23 de Julho 1993, deu-se a Chacina da Candelária


A Chacina da Candelária

Por volta da meia-noite, cerca de 50 crianças de rua dormiam enroladas em cobertores próximo às dependências da Igreja da Candelária, no Centro do Rio. Nenhuma percebeu a chegada de dois Chevettes com as placas cobertas por plástico: um táxi e outro comum, amarelo. Ao perceber que os meninos dormiam, fez sinal para que os comparsas se aproximassem.
Depois foi o horror. Os homens começaram a atirar indiscriminadamente na direção dos menores. Alguns conseguiram fugir e outros sete, que dormiam sobre uma banca de jornais, ficaram imóveis e foram executados com tiros na cabeça.
O local escolhido para a chacina foi a Praça Pio 10, centro financeiro e sede de um símbolo sagrado no Rio: a igreja de Nossa Senhora da Candelária.
Na verdade, a operação começara antes, na Rua do Acre, quando o lavador de carros Wagner dos Santos, de 22 anos e mais dois menores foram apanhados por dois homens e jogados no banco de trás do Chevette amarelo. Wagner recebeu logo um tiro e desmaiou. Quando acordou estava estirado no chão perto do Museu de Arte Moderna, ao lado dos menores mortos. As crianças e jovens que viviam nas ruas nas imediações da Igreja da Candelária eram atendidos de maneira voluntária pela senhora Yvonne Bezerra de Mello, hoje presidente do projeto UERÊ. Neste dia, com o pedido de socorro, ela conduziu mortos e feridos em seu carro, depois de uma longa espera pela chegada da polícia.
Muitos dos sobreviventes foram morar debaixo de um viaduto em São Cristóvão e continuaram a serem atendidos pela senhora Yvonne Bezerra de Mello. Em 1992 o Rio de Janeiro terminou o ano com 424 crimes contra crianças de rua.

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