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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Frida Kahlo morreu em 1954, a 13 de Julho

Frida Kahlo, filha de uma mexicana e de um alemão, nasceu no México, em 1907 e toda a sua obra está marcada pelos acontecimentos dramáticos da sua vida. Vítima de poliomielite infantil, aos 6 anos, ficou com a perna direita defeituosa, mais delgada e curta que a perna esquerda; aliás, o membro inferior direito acabaria por ser amputado. Aos 18 anos, foi vítima de um acidente brutal: o autocarro onde viajava foi abalroado por um eléctrico; Frida foi trespassada por um varão metálico, sofrendo danos irreversíveis na coluna vertebral. Tudo isto fez com que passasse longos períodos na cama, quer em casa, quer no hospital, sendo submetida a diversas cirurgias e tendo usado, por várias vezes, coletes de gesso, para estabilizar a coluna. A sua vida sentimental também parece ter sido muito conturbada, tendo sido casada, por duas vezes, com Rivera, o famoso muralista mexicano, cerca de 20 anos mais velho do que ela.
As obras de Frida reflectem estas e outras vicissitudes da sua vida de um modo muito particular, incluindo o facto de ter abortado por três vezes.
As suas pinturas são perturbadas e perturbadoras e, não sendo surrealistas, como ela própria disse várias vezes, um observador isento não pode deixar de pensar que a artista sofria de graves perturbações psiquiátricas (se calhar, digo isto porque sou médico…)
Claro que, agora, a Frida Kahlo está na moda, sobretudo depois do filme de Julie Taymor (2002), com Selma Hayek, que nos mostrou uma Frida heróica no seu sofrimento, uma mulher emancipada, dominadora, remetendo a figura de Diego de Rivera para um segundo plano. E, quando um artista está na moda, de repente, tudo o que produziu passa a ser obra determinante na História de Arte.
De qualquer modo, algumas das pinturas de Frida Kahlo não me deixaram indiferente, nomeadamente, “A Coluna Partida”, aqui reproduzida e, por exemplo, “Hospital Henry Ford”, que ela pintou em Detroit, após mais um dos seus abortos. Mas tocaram-me mais por representarem algo de penoso na vida da pintora, do que propriamente pela obra em si mesma.
Frida morreu em 1954, aos 47 anos.

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