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sábado, 10 de julho de 2010

Henrique VIII a 11 de Julho de 1533, é excomungado pelo Papa


Henrique VIII Tudor (28 de Junho de 1491 — 28 de Janeiro de 1547) foi rei de Inglaterra a partir de 21 de Abril (coroado a 24 de Junho) de 1509) até à sua morte. Foi-lhe concedido o título de rei da Irlanda pelo Parlamento Irlandês em 1541, tendo obtido anteriormente o título de Lord da Irlanda.
Foi o segundo monarca da dinastia Tudor, sucedendo a seu pai, Henrique VII. Famoso por ter se casado seis vezes e por exercer o poder mais absoluto entre todos os monarcas ingleses. Entre os feitos mais notáveis de seu reinado se inclui sua ruptura com aIgreja Católica Romana, e seu estabelecimento como líder da Igreja da Inglaterra (ou Igreja Anglicana), a dissolução dos monastérios, e a união da Inglaterra com Gales.
Também promulgou legislações importantes, como as várias a(c)tas de separação com a Igreja de Roma, de sua designação como cabeça suprema da Igreja da Inglaterra, as Union Acts de 1535 e 1542, que unificaram a Inglaterra e Gales como uma só nação, a Buggery Act de 1533, primeira legislação contra a sodomia na Inglaterra, a Witchcraft Act de 1542, que castigava com a morte a bruxaria, "por invocar ou conjurar a um espírito demoníaco".
Nascido em Greenwich, no palácio de Placentia, Henrique VIII foi o terceiro filho de Henrique VII e Isabel de York. Somente três de seus seis irmãos sobreviveram à infância: Artur, príncipe de Gales, Margarida Tudor e Maria Tudor, rainha consorte da França.
Seu pai, membro da Casa de Lancaster, adquiriu o trono por direito de conquista, já que seu exército derrotou ao últimoPlantageneta, o Rei Ricardo III, e posteriormente completou seus direitos desposando a Isabel, filha do Rei Eduardo IV. Em1493, o jovem Henrique foi designado uma espécie de "guardião" do Castelo de Dover e Lord Warden da confederação chamada de "cinco portas". Em 1494 foi nomeado Duque de York, e posteriormente comissário principal da Inglaterra e Lord tenente daIrlanda, enquanto ainda era um menino.
Em 1501 assistiu ao casamento de seu irmão mais velho, Artur, com Catarina de Aragão. O casal tinha quinze e dezasseis anos respectivamente na época. Os dois foram enviados por um tempo a Gales, como costumavam fazer com o herdeiro do trono e sua esposa, mas Artur contraiu maleita e morreu em 2 de abril de 1502. Em consequência disto, aos onze anos de idade, Henrique, Duque de York herdou o direito ao trono inglês, e como tal, pouco depois foi nomeado príncipe de Gales.

Catarina de Aragão, Princesa de Espanha (16 de Dezembro1485 - 7 de Janeiro1536) foi a primeira rainha consorte deHenrique VIII de Inglaterra. Foi ainda a mãe da rainha Maria I. Catarina, durante a juventude, foi efusivamente aclamada pela beleza e inteligência. Conversava tanto em seu espanhol nativo, quando em latim, francês e, mais tarde, inglês. Quando rainha, seu tempo foi majoritariamente empenhado em obras de caridade, o que lhe conferiu o amor do povo inglês, sendo, até hoje, a rainha consorte mais amada por eles. Seu túmulo em Peterborought nunca está sem flores, apesar de passados quase cinco séculos desde sua morte.
Catarina nasceu em Alcalá de Henares e foi a filha mais nova dos Reis Católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Em1501, Catarina casou com Artur TudorPríncipe de Gales, como contratado desde a infância dos dois. O rei Henrique VII , pai de Artur , ofereceu uma grande cerimônia d casamento. O casal foi viver no País de Gales mas pouco tempo depois Artur morreu repentinamente de malária. Catarina tornou-se viúva aos 16 anos. A sua determinação em ser rainha da Inglaterra a levou a afirmar que o casamento não fora consumado devido a pouca idade de ambos, o que foi a base da dispensa concedida pelo Papa Júlio II para uma nova união. Catarina estava determinada a ficar noiva de Henrique, seu cunhado de apenas 11 anos , e que com a morte do irmão mais velho, seria agora Príncipe de Gales e herdeiro do trono. O rei Henrique VII, porém o achava muito jovem para comprometê-lo, e o noivado teria que lhe render muitos benefícios, o que Catarina não poderia oferecer no momento. A situação de Catarina na inglaterra ficou complicada, pois seus pais não queriam que ela voltasse para a Espanha sem os direitos de viuvez, o que o rei não concedia por não ter recebido a segunda parte do dote. Após 1 ano da morte de Artur, a rainha morreu no parto de um bebê natimorto. O rei então propôs casamento a Catarina, que primeiramente aceitou, vendo dessa maneira a forma de realizar o seu sonho de ser rainha. Porém, quando soube que seus herdeiros não teriam preferência na coroa sobre Henrique, ela recusou a proposta, o que deixou o rei enfurecido. Então ele promoveu o noivado de Catarina e Henrique VIII, sem nenhuma intenção de honrar o compromisso. Apenas manteria Catarina sem nenhum pretendente. Catarina então passou a viver afastada da corte, empenhando suas jóias pra se manter e contando com seu séquito de leais serviçais espanhóis. Após seis anos, o Rei morreu, e surpreendentemente Henrique quis imediatamente se casar com Catarina.
O casamento ocorreu apenas a 11 de Junho de 1509 depois da ascensão ao trono de Henrique VIII. Catarina era extremamente popular junto da população, quer como Rainha, quer como Princesa de Gales. Em 1513 chegou mesmo a servir como regente da coroa durante uma ausência de Henrique VIII que comandava a guerra com a França, sendo vitoriosa na Batalha de Flodden, quando defendeu a Inglaterra da invasão escocesa. Após algumas gravidezes falhadas, Catarina deu à luz um rapaz, Henrique, que morreu pouco tempo depois. A sua última gravidez em 1516 resultou numa filha, a futura Maria I de Inglaterra.
Depois de Maria, Catarina não voltou a conceber, o que deixou Henrique preocupado com a sucessão. A guerra das rosas como consequência de instabilidade dinástica estava ainda bem presente na memória colectiva. Particularmente preocupante para Henrique, um estudioso de questões teológicas, era a afirmação contida no Levítico de que se um homem casar com a mulher do irmão, o casamento será estéril. Convencido de que Catarina teria mentido quanto à consumação do casamento com Artur, Henrique VIII começou a procurar a anulação do casamento em 1527. Ao mesmo tempo, arrancara de Ana Bolena a promessa de que ela seria sua amante e futura mulher.
No Vaticano a tomada de decisão arrastou-se por sete anos. As gestões de Thomas Wolsey não foram bem sucedidas. O Papa Clemente VII não parecia disposto a conceder a anulação por duas razões: primeiro esta sempre foi a doutrina da Igreja e o comportamento do Papado e depois poderia também ser visto como uma admissão de equívoco da Igreja que concedera validamente, segundo as regras canonicas, a dispensa, segundo porque Clemente era uma marioneta política nas mãos do Imperador Carlos V, sobrinho de Catarina, a quem não convinha o fim da união. Cansado de esperar, Henrique separou-se de Catarina em 1531 e em 23 de Maio de 1533, o Arcebispo da Cantuária Thomas Cranmer anulou a união sem aprovação do Vaticano. A implementação do Acto de Supremacia e a separação da Igreja Anglicana da Igreja de Roma, consumou a anulação.
Catarina foi separada da filha, a princesa Maria, e exilada da corte para viver na província, embora com todos os privilégios de uma Princesa de Gales. Mas jamais aceitou o divórcio e a despromoção e continuou a assinar a correspondência como Catherine the Queen. Catarina morreu em 7 de Janeiro de 1536, vítima de uma doença prolongada, possivelmente cancro, e foi sepultada na Catedral de Peterborough com as honras de uma Princesa de Gales.
Ana Bolena ou Anne Boleyn, Marquesa de Pembroke (c. 1500 - 19 de Maio1536) foi a segunda mulher de Henrique VIII de Inglaterra e mãe da rainha Elizabeth I de Inglaterra. O seu casamento com Henrique VIII foi polémico do ponto de vista político e religioso e resultou na criação da Igreja Anglicana. A ascensão e queda de Ana Bolena, considerada a mais controversa rainha consorte de Inglaterra, inspiraram inúmeras biografias e obras ficcionais.
Primeiros anosAna era filha de Thomas Boleyn, Conde de Wiltshire e de Isabel Howard, filha do Duque de Norfolk. A data e local do seu nascimento permanecem incertos no intervalo 1495-1509, sendo 1500 o mais provável. Ana foi educada nos Países Baixos, na corte de Margarida, Arquiduquesa da Áustria. Por volta de 1514, viajou para a corte francesa onde se tornou numa das aias da rainha Cláudia de Valois (mulher de Francisco I), onde aprendeu a falar francês e se familiarizou com a cultura e etiqueta deste país. Esta experiência haveria de se mostrar decisiva na formação da sua personalidade.
Em Janeiro de 1522, Ana Bolena regressou a Inglaterra por ordens do pai e entrou ao serviço de Catarina de Aragão, a consorte do rei Henrique VIII de quem a sua irmã Maria Bolena era então a amante oficial. Neste período, Ana desenvolveu uma relação com Henry Percy, o filho do Conde de Northumberland, e os dois chegaram a estar secretamente noivos. O casamento foi impedido por Thomas Boleyn por razões incertas e Ana foi afastada da corte. Em meados de 1525, estava de regresso e no ano seguinte, substituiu a sua irmã mais nova nas atenções do rei. A princípio Ana rejeitou todos os avanços de Henrique VIII, mas em 1527 o rei pediu-a em casamento e ela aceitou, sem ceder em tornar-se sua amante. O início desta relação ao que tudo indica platónica, parece ter despontado o desejo do rei em procurar o fim do casamento com Catarina de Aragão, que se aproximava da meia idade e já não parecia capaz de produzir um herdeiro varão para a casa de Tudor.
O poder de Ana aumentou de forma exponencial. Tornou-se influente na diplomacia inglesa ao estabelecer uma relação de amizade com Monsieur de la Pommeraye, o embaixador francês que estava apaixonado por ela. O diplomata John Barlow era também um admirador e espiava no Vaticano às suas ordens. Em 1532, Henrique VIII tornou-a Marquesa de Pembroke, fazendo-a a primeira mulher a receber um título nobiliárquico de seu pleno direito. A sua família foi também beneficiada: o pai recebeu o Condado de Ormonde e o irmão George Boleyn tornou-se Visconde Rochford. Ana não era no entanto uma personagem popular. Em 1531 os apoiantes da rainha Catarina organizaram uma manifestação contra Ana Bolena que reuniu 8,000 mulheres nas ruas de Londres.

Os 1000 diasFinalmente, em 1532, em Calais, Henrique VIII e Ana Bolena tornaram-se amantes. Tem-se especulado bastante em torno das razões que levaram a esta cedência após tantos anos de resistência por parte de Ana. A 25 de Janeiro de 1533, antes do anúncio oficial da dissolução unilateral do casamento com Catarina de Aragão, Henrique casou-se secretamente com Ana no Palácio de Whitehall. Esta pressa pode ter estado relacionada com uma gravidez de Ana e a necessidade de Henrique VIII em não deixar sombra de dúvidas quanto à legitimidade de um herdeiro. A 1 de Junho, Ana foi coroada Rainha de Inglaterra sob o desagrado da população londrina que boicotou as celebrações. Henrique VIII foi excomungado pelo Papa Clemente VII por esta afronta ao direito canónico a 11 de Julho e em Setembro Ana deu à luz uma menina, a futura Elizabeth I de Inglaterra.

Enquanto rainha, Ana Bolena procurou introduzir muitos aspectos da cultura francesa na corte de Inglaterra. Continuou influente junto do rei e diz-se que foi por sua indicação que a maioria dos bispos da nova Igreja de Anglicana conseguiu o seu posto. Henrique VIII parecia satisfeito com ela em tudo, menos na falta de um herdeiro. As gestações subsequentes acabaram em abortos espontâneos e no nascimento de nati-mortos, o que resultou no desapontamento do rei. Em Janeiro de 1536, Catarina de Aragão morreu de doença prolongada, provavelmente cancro, e Ana teve o mau gosto de celebrar o evento vestida de amarelo quando o resto da corte, incluindo Henrique VIII, se encontrava de luto pela Princesa de Gales. A partir de então Henrique VIII começou a afastar-se da mulher, que consequentemente se tornou vulnerável a intrigas. A gota de água terá sido a subida de Jane Seymour, aia de Ana Bolena, ao estatuto de amante.
Em Maio de 1536, após cerca de 1000 dias como rainha consorte da Inglaterra, Ana foi presa na Torre de Londres acusada de adultério, incesto e do uso de feitiçaria para atrair amantes e o próprio Henrique VIII. Além de, no desespero para gerar um herdeiro ao trono, ser acusada de ter tido relações com seu irmão George Bolena, dando a luz à um 'monstro'. Cinco homens, incluindo o seu irmão, George Bolena ou também nomeado Lord Rochfort, foram também presos e interrogados sob tortura. Baseado nas confissões resultantes, o Parlamento condenou Ana Bolena por traição a 15 de Maio. O casamento com Henrique VIII foi anulado dois dias depois, por razões desconhecidas, uma vez que os registos foram destruídos. A 19 de Maio de 1536, Ana foi decapitada na Torre de Londres e onze dias depois, Henrique VIII casou-se com Jane Seymour.
A história trágica de Ana Bolena tem inspirado muitas obras de ficção e biográficas. Há também inúmeras lendas e teorias em torno da sua vida, nomeadamente a sugestão de que Ana teria seis dedos numa das mãos. Além disso, muitos dizem já ter visto o seu espírito rondando pela Torre de Londres.

Jane Seymour por Hans Holbien, o Jovem
Joana ou Jane Seymour (c. 1509 — 24 de Outubro1537) foi a terceira mulher de Henrique VIII de Inglaterra e a única a dar-lhe um herdeiro que sobreviveu aos primeiros meses.
Jane era filha de Sir John Seymour e Margarida Wentworth. Trazida para a corte cedo, foi aia das rainhas Catarina de Aragão eAna Bolena até atrair as atenções do rei. A sua ascensão coincidiu com a queda de favor de Ana Bolena e foi a vontade de Henrique VIII em casar com Joana que percipitou a execução da sua segunda mulher. O casamento realizou-se a 30 de Maio de1536, menos de duas semanas depois da morte de Ana Bolena.
Como rainha, Jane era a antítese da espalhafatosa Ana Bolena. A vida social da Rainha de Inglaterra reduziu-se e foram proibidas todas as manifestações de exagero nas roupas e nos modos de conduta. Era formal e séria e não tinha amizades masculinas, o que depois do escândalo ocorrido era sobretudo um ato de bom senso. Graças a sua interferência junto ao rei, foi possível a integração ao cenário familiar e da corte de Maria Tudor, filha do primeiro casamento de Henrique VIII, relegada ao esquecimento paterno desde os acontecimentos de 1533. Jane não interferiu diretamente na vida política, mas a sua ascensão a rainha consorte trouxe para a ribalta os seus dois irmãos Eduardo e Tomás Seymour (este último haveria de casar com Catarina Parr, a última mulher de Henrique VIII). O rei era absolutamente fascinado por ela e concedia-lhe todos os desejos, inclusivé a satisfação dos apetites exóticos resultantes da gravidez. Quando Jane morreu na sequência do parto do futuro Eduardo VI, Henrique VIII organizou-lhe um funeral monumental e declarou o luto na corte por muito tempo. De fato haveria de esperar 3 anos até ao seu próximo casamento. Jane está sepultada no Castelo de Windsor.
Ana de Cleves por Hans Holbein, o Jovem
Ana de Cleves (22 de Setembro1515 - 16 de Julho1557) foi a quarta rainha consorte de Henrique VIII de Inglaterra por seis meses em 1540.
Ana nasceu em Düsseldorf, filha de João III, Duque de Cleves, líder de um dos estados germânicos pioneiros na implementação do Movimento Protestante. A posição de Cleves face à Igreja Católica tornava-o num potencial aliado para Henrique VIII, chefe da recentemente (1533) criada Igreja Anglicana. A união era diplomáticamente valiosa e foi defendida entre outros por Thomas Cromwell, chanceler do reino. O pintor Hans Holbein, o Jovem foi então contratado para efectuar um retrato de Ana (imagem ao lado), cujo resultado em muito agradou a Henrique VIII. Quando Ana chegou a Inglaterra, ficou evidente o talento de Holbein, pois a pintura superava o modelo em atributos físicos. Ana não era uma mulher bonita e tinha a cara coberta de cicatrizes devaríola, prontamente disfarçadas no retrato. Henrique VIII ficou desconsolado com a escolha de noiva desde o primeiro momento, mas apesar disso casou com Ana a 6 de Janeiro de 1540, em Greenwhich. Uma das aias designadas para Ana foiCatarina Howard, uma jovem de quinze anos com quem o rei iniciou uma relação amorosa quase de imediato. O casamento com Ana foi anulado a 9 de Julho do mesmo ano, com base na não consumação, e pouco depois Henrique VIII casou com Howard. Ana decidiu ficar em Inglaterra e foi generosamente recompensada pelo incómodo do divórcio. Henrique VIII conferiu-lhe uma pensão, o usufruto do Castelo de Hever e os títulos de Princesa de Inglaterra e Irmã do Rei. No fim da vida, Ana converteu-se ao Catolicismo e tornou-se confidente das enteadas Maria e Isabel.


Catarina Howard (1525 - 13 de Fevereiro1542) foi a quinta rainha consorte de Inglaterra, através do seu casamento comHenrique VIII.
Catarina era filha de Edmundo Howard, sobrinha do terceiro Duque de Norfolk e prima de Ana Bolena. Durante a sua infância o pai foi o governador de Calais e Catarina cresceu na casa de sua avó, a Duquesa de Norfolk, que não lhe deu a atenção necessária, permitindo que ela desenvolvesse algumas relações amorosas. Em 1539, Catarina tornou-se aia de Ana de Cleves, futura rainha consorte de Henrique VIII. O rei no entanto, encantou-se dela e não da mulher o que precipitou o divórcio. A 28 de Julho de 1540 celebrou-se o casamento e Catarina tornou-se rainha de Inglaterra.
Apesar da paixão que o rei lhe tinha e dos presentes luxuosos com que a cobria, Catarina não encontrou felicidade no casamento e tomou um favorito Tomás Culpeper, um cortesão. A verdadeira natureza desta relação continua por ser esclarecida, mas o certo é que ambos trocaram correspondência considerada incriminatória. Enquanto rainha, Catarina chamou à corte alguns dos seus antigos amigos, nomeadamente Francis Dereham, que tinha alegadamente sido seu amante em Norfolk e que se tornou no seu secretário particular. As companhias da rainha e o seu passado começaram a levantar suspeitas em 1541. De início Henrique VIII recusou-se a acreditar nas evidências, mas quando as cartas de Culpeper e Catarina apareceram mandou colocá-la sob prisão na Abadia de Middlesex. Catarina perdeu o título de rainha e foi repudiada. Em Dezembro, Culpeper e Dereham foram executados. Em Janeiro de 1542, Catarina começou a ser julgada por adultério, o que numa rainha era equivalente a traição. Considerada culpada, Catarina foi executada na Torre de Londres a 13 de Fevereiro de 1542. Diz-se que passou os últimos dias a ensaiar a sua execução.
Os historiadores da dinastia Tudor continuam a debater se Catarina foi ou não culpada de adultério, ou se foi incriminada pelos inimigos da sua família. Todos concordam que de qualquer forma, Catarina foi uma mulher fútil.

Catarina Parr ou Catherine Parr (1512 - 5 de Setembro1548) foi a sexta e última rainha consorte do rei Henrique VIII de Inglaterra.
Catarina era filha de Sir Thomas Parr e da sua mulher Maud Green. Com apenas 15 anos casou com Edward, Lord Borough, que morreu poucos anos depois. No princípio da década de 1530, Catarina casou de novo com John Neville, Lord Latimer. Após a morte de Latimer, Catarina tornou-se numa viúva de enorme fortuna e atraíu as atenções de Tomás Seymour, irmão de Jane Seymour, que retribuíu. Catarina e Seymour fizeram planos de matrimónio, mas o rei Henrique VIII apaixonou-se por ela e propôs-lhe casamento. Sem força política para recusar os avanços do rei, Catarina cedeu e tornou-se na sua sexta mulher a 12 de Julho de 1543.
Enquanto rainha, Catarina procurou reconciliar o rei com as suas duas filhas, as princesas Maria e Isabel, então despromovidas à condição de bastardas. A sua relação com Henrique VIII não foi propriamente tranquila, sendo frequentes as discussões entre os dois. No entanto, dado que o foco da discórdia era teologia, Catarina nunca perdeu o favor político e Henrique apreciava a sua cultura e tenacidade intelectual. As suas convicções religiosas, que lhe valeram a censura de Henrique por ser demasiado Protestante, eram uma das características e influenciaram a sua enteada Isabel, de quem era especialmente amiga.
Após a morte de Henrique VIII, Catarina conseguiu casar com o seu antigo apaixonado, Tomás Seymour. O casamento não foi provavelmente o que ela esperava, uma vez que Seymour se mostrava mais interessado no dinheiro dela e na Princesa Isabel, então a viver com o casal. Apesar disso, Catarina ficou grávida pela primeira vez, após quatro casamentos, e morreu de complicações relacionadas com o parto da sua filha Maria, que não sobreviveu por muito tempo.
Como todas as mulheres de Henrique VIII, Catarina Parr apareceu representada em filmes e séries sobre a vida do monarca, normalmente retratada como uma mulher culta e intelectual.

Os filhos de Henry VIII
Imagem:Mary I of England.jpg
Mary I



Elizabeth I


Edward VI

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