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quarta-feira, 14 de julho de 2010

O cerco de Jerusalém ocorreu durante a Primeira Cruzada, de 7 de Junho a 15 de Julho de 1099

O cerco de Jerusalém ocorreu durante a Primeira Cruzada, de 7 de Junho a 15 de Julho de 1099, opondo os cruzados à cidade de Jerusalém, sob o domínio dos fatímidas. Com a conquista da Cidade Santa, a cruzada cumpriu os seus objectivos e foi estabelecido o Reino Latino de Jerusalém, que permaneceria uma entidade geopolítica na Terra Santa durante quase dois séculos.

7 de Junho de 1099 os cruzados chegaram finalmente a Jerusalém, acampando no exterior da cidade. O exército cristão ficara reduzido a cerca de 1.200/1.500 cavaleiros e 12.000/20.000 soldados de infantaria, carentes de armas e provisões. Tal como em Antioquia, a Cidade Santa foi sujeita a um cerco no qual os sitiadores terão sofrido tanto ou mais que os sitiados, devido à falta de alimentos e água.
Jerusalém estava bem preparada para o cerco, e o governador Iftikhar ad-Daula tinha expulso a maioria dos cristãos da cidade. Godofredo de BulhãoRoberto II da Flandres e Roberto II da Normandia (que entretanto também abandonara Raimundo de Saint-Gilles para se juntar a Godofredo) cercaram as muralhas a norte e até à Torre de David. Raimundo montou o seu campo a oeste, da Torre de David até ao monte Sião.
O primeiro assalto directo às muralhas, a 13 de Junho, foi um fracasso, e à medida que homens e animais morriam de fome e de sede, os cruzados sabiam que o tempo estava contra o seu exército. Pouco depois deste ataque, uma frota da República de Génova, liderada por Guilherme Embriaco, chegou ao porto de Jaffa. Os cristãos puderam então abastecer-se parcialmente e desmantelar os navios, usando a madeira destes e a apanhada em Samaria para construir torres de assalto.
No fim do mês de Junho, depois de mais ataques fracassados, surgiu a notícia do avanço de um exército fatímida do Egipto. Face a uma tarefa aparentemente impossível, um padre chamado Pedro Desiderius ofereceu uma solução de : afirmou que uma visão divina lhe tinha dado instruções para que os cristãos jejuassem durante três dias e depois marchassem descalços em procissão ao redor das muralhas da cidade; estas cairiam em nove dias, da mesma forma que a Bíblia relata ter acontecido com Josué no cerco de Jericó.
Apesar de já há muito haver fome no campo cruzado, estes jejuaram e a 8 de Julho realizaram a procissão, com o clero tocando trombetas e cantando salmos, sob o escárnio dos defensores de Jerusalém. A procissão parou no Monte das Oliveiras, onde Pedro o EremitaArnulfo de Chocques eRaimundo de Aguilers pregaram os seus sermões.
Na noite de 14 de Julho os cruzados começaram a usar as torres de assalto para se aproximarem das muralhas. Na manhã do dia 15 (uma sexta-feira santa, sete dias depois da procissão), a torre de Godofredo de Bulhão alcançou a sua secção na porta do canto nordeste.

Em cimaJesus em Jerusalém, destruição do TemploA meioDecapitação dos judeusEm baixo: O massacre cruzado dos muçulmanos faz um rio de sangue (iluminura de c.1200).
Vários nobres reclamariam a honra de terem sido os primeiros a penetrar em Jerusalém. Segundo uma das crónicas da época, a exacta sequência terá sido Letoldo e Gilberto de Tournai, depois Godofredo de Bulhão e o seu irmão Eustácio III de BolonhaTancredo de Hauteville e os seus homens. Outros cruzados entraram pela antiga entrada dos peregrinos. O avanço da torre de Raimundo de Saint-Gilles foi travado por uma vala, mas assim que outros cruzados foram invadindo a cidade, o guarda da porta assediada rendeu-se ao conde de Toulouse.
Durante a tarde e noite do dia 15 e manhã do dia seguinte, os cruzados massacraram a população de Jerusalém - muçulmanosjudeus e cristãos do oriente. Muitos muçulmanos tentaram refugiar-se na mesquita de Al-Aqsa, onde "…a matança foi tão grande que os nossos homens patinhavam em sangue até aos tornozelos…" e, segundo Raimundo de Aguilers: "os homens andavam a cavalo com sangue até aos joelhos e aos freios". O cronista Ibn al-Qalanisi escreveu que os defensores judeus procuraram refúgio na sua sinagoga, mas os "francos incendiaram-na sobre as suas cabeças", matando todos os que estavam lá dentro. Os cruzados circundaram o edifício em chamas enquanto cantavam "Cristo, Adoramos-vos!".
Cerco de Jerusalém [Os nossos líderes] ordenaram que todos os sarracenos mortos fossem lançados para fora das muralhas por causa do enorme fedor, uma vez que toda a cidade estava cheia dos ses corpos; e assim os sarracenos sobreviventes arrastaram os mortos para as saídas dos portões [da cidade] e empilharam-nos em montes [...] Nunca ninguém tinha visto ou ouvido falar de tal mortandade de gentes pagãs [...] Cerco de Jerusalém

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