Hormisdas fora diácono do Papa Símaco, sucedendo-o no pontificado. Era casado (ou viúvo), quando de sua eleição, sendo o pai do futuro Papa Silvério (536-537).
Logo teve de enfrentar a grave situação em que estava envolvida a Igreja de sua época, eliminando primeiramente o cisma laurenciano, provocado pelo Antipapa Lourenço (498-515), eleito contra Símaco. Após a retratação dos seguidores de Lourenço, reintegrou-os em sua função e cuidou, em seguida, da conciliação do cisma mais grave, o acaciano, que desde 484 separava a Igreja do Oriente de Roma. Acácio, patriarca de Constantinopla, que tinha o apoio de vários bispos, havia sido excomungado pelo Papa Félix III por ter subscrito o Henetikon de Zenão, uma fórmula de fé unitária para todos os súditos do Império, em que se aceitavam os concílios de Niceia e de Constantinopla, mas se negava o de Calcedônia.
As negociações entre Hormisdas e o imperador do Oriente, Anastácio, para pôr fim ao cisma fracassaram; só foi possível chegar a um acordo com o sucessor de Anastácio, Justino, que, com o patriarca João, aceitou e subscreveu a fórmula de fé de Hormisdas (Formula Hormisdae) em 519. Por outro lado, foi intensa a atividade de Hormisdas no Ocidente, onde reorganizou a Igreja da Espanha após a invasão dos visigodos.
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