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terça-feira, 17 de agosto de 2010

a 18 de Agosto de1572, deu-se o casamento entre Marguerite Valois e Henrique de Navarra








Margarida nasceu em 14 de maio de 1553, no Château de Saint-Germain-en-Laye; foi a sexta criança e a terceira filha de Henrique II eCatarina de Médici. Seus irmãos a apelidaram de Margot. Três de seus irmãos se tornariam reis da França: Francisco II, Carlos IX eHenrique III. Sua irmã, Isabel de Valois, viria a ser a terceira esposa do rei Felipe II de Espanha.



No final de 1560Catarina de Médicis, tentou casa-la com o filho de Felipe II de Espanha, o Infante Carlos, mas não conseguiu. Foram então iniciadas negociações, conduzidas pelo diplomata Jean Nicot para casa-la com o rei português D. Sebastião, mas também não se obteve resultado.
Em 1572, seu pai Henrique II cogita a união de sua filha com o jovem lider do partido Protestante, Henrique de Navarra; esta união poderia, supostamente, determinar a reconciliação entre católicos e protestantes que se estavam enfrentando na Terceira Guerra de Religião.
As negociações são iniciadas entre Catarina de Médicis e Joana D'Albret, mãe de Henrique, rainha de Navarra e defensora ferrenha dos huguenotes. As negociações foram longas e dificeis. Joana D'Albret exige a conversão de Margarida ao protestantismo, mas esta não cede a sua exigencia. No fim Joana acaba dando consentimento para o casamento em troca de um consideravel dote pago por sua nora. A rainha Joana faleceu pouco tempo depois, e Henrique tornou-se o novo rei de Navarra. Margarida, obrigada por seu irmão, Carlos IX de França, e por sua mãe, casa-se a contragosto com o soberano que considerava um herege de um reino residual.
Sem esperar a dispensa pontifical requerida, dada a diferença de religião, a união tem lugar em 24 de agosto de 1572. Entretanto, a pretendida reconciliação entre católicos e protestantes revelou-se uma farsa quando, coordenada pela Rainha Mãe, Catarina de Médicis (quem realmente detinha o poder), desencadeou-se uma ação que resultou no assassinato de líderes protestantes e um verdadeiro massacre dos huguenotes que se haviam reunido em Paris para a festa. Esse episódio ficou conhecido como "A Noite de São Bartolomeu", por haver ocorrido no dia dedicado ao santo católico.
A tranquilidade entre católicos e protestantes dura pouco. Em 24 de agosto , ocorre a Noite de São Bartolomeu, na qual os protestantes foram massacrados, inclusive no interior doPalácio do Louvre (Um homem gravemente ferido se refulgia no quarto de Margarida). Henrique então decide converter-se ao catolicismo para salvar sua vida. Por ter sido proximo da Noite de são Bartolomeu, o casamento, de Margarida e Henrique, ficou conhecido como Casamento Vermelho.
Em 1574, quando Carlos IX morreu, protestantes e católicos moderados (chamados de "descontentes") exigem a contenção do Estado nos assuntos religiosos. Francico de Alençon eHenrique de Navarra, preparam um plano para tomar o poder, mas falham e seus dois cúmplices foram presos e decapitados. Um deles era José de La Molle, suposto amante de Margarida.
Libertados, mas sob a vigilancia da corte, Alençon em 1575 e Henrique, em 1576, finalmente conseguen fugir da corte.
Henrique não avisa a esposa de sua fuga e as relações entre ambos os cônjuges ficam seriamente danificadas, especialmente por causa das intrigas da amante de Henrique, Charlotte de Sauvé, dama de honra de Catarina de Médici. Charlotte também causou discordia entre Francico de Alençon e Henrique de Navarra, ambos amantes de Charlotte. Margarida teve muito trabalho para reconciliá-los. Este episódio deixou claro que o casamento de Henrique de Navarra e Margarida de Valois era cheio de infidelidades, mas solidamente unido em assuntos políticos. Na verdade, Henrique apenas se relaciona com sua esposa quando ela é util aos seus interesses, outro tipo de relacionamento é inexistente.
Após a fuga de seu irmão e de seu marido, Margarida fica retida no Palácio do Louvre e vigiada por dois guardas, porque o novo rei, seu irmão Henrique III de França, acredita que ela é cumplice dos dois. Alençon - que se juntou aos huguenotes - faz frente ao rei e rejeita qualquer negociação enquanto sua irmã não for libertada. Margarida é liberada, e media, junto com sua mãe, as reuniões tentando acordar a reconciliação. As reuniões terminam com a elaboração de um texto extremamente vantajoso para os protestantes e para Alençon: o Édito de Beaulieu.
Durante os conflitos, Margarida se reconcilia com seu marido, e Henrique exige que sua esposa seja enviada para a Navarra, mas Catarina de Médici e Henrique III se opõem a ele. Eles temiam que Margarida virasse refém dos huguenotes, ou servisse como um reforço para a aliança de Francico de Alençon e Henrique de Navarra.
Em 1577, quando a guerra civil começa a esfriar, Margarida - dividida entre a lealdade devida ao marido e ao irmão - solicita a autorização para viajar, em nome do seu irmão mais novo,Francico de Alençon, ao sul da Holanda. Os flamengos, que se revoltaram em 1576 contra o domínio espanhol, pareciam dispostos a oferecer um trono a um príncipe tolerante e disposto a contribuir com o apoio diplomático e militar necessário para alcançar a independência. Henrique III finalmente aprovou a viagem que, por sua vez, deu-lhe a oportunidade de se livrar do irmão.
No verão, tendo como pretexto curar-se em um Spa, Margarida começa sua viagem. Durante dois meses cumpre sua missão. Em cada uma de suas paradas aproveita a oportunidade para interagir com os nobres hostis à Espanha e para destacar os méritos de seu irmão, tentando convencê-los das vantagens de torna-lo Príncipe. Margarida fez amizade com o governador da Holanda, D. Juan de Áustria, vencedor da histórica Batalha de Lepanto, com quem manteve uma relação cordial. Mas Margarida se interessava mais pelas festas que pelas realidades politicas locais. Seu retorno para a França apresentou algumas dificuldades, pois o país estava em plena insurreição, e Margarida temia ser feita refén pelas tropas espanholas. Embora ela tenha feito alguns contatos úteis, Alençon não soube fazer uso deles.

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