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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A 21 de Agosto de 1808, travou-se a Batalha do Vimeiro


Batalha de Vimeiro

Após a batalha de Roliça, em Agosto de 1808, o general inglês Wellesley, comandante das forças anglo-lusas que combatiam a primeira invasão napoleónica, com o conhecimento de todos os movimentos do exército francês, queria obrigar o inimigo a abandonar a sua posição em Torres Vedras, para o que marchou directamente sobre Mafra. Bernardim Freire, então comandante das tropas portuguesas, opôs-se ao acompanhamento da marcha que o comandante inglês tinha em mente. Mas Wellesley, mesmo sem a colaboração do exército português, prosseguiu com a sua marcha, embora com algumas alterações em relação ao que havia sido previamente planeado. Essas alterações foram motivadas não só pela falta de acompanhamento do exército português, como também pela notícia da chegada à costa portuguesa de um reforço constituído pelas brigadas de Auckland e Anstruther (dizia-se que com mais de 40 mil homens de armas). Após ter dado a indicação que o desembarque deveria ser feito em Porto Novo (Vimeiro), partiu para o local para receber o desembarque.
Uma outra brigada, a brigada de Moore, desembarcou na foz do Mondego, com o fim de marchar sobre Santarém. A presença das inúmeras brigadas inglesas em Portugal veio confirmar a falta de confiança que existia em relação ao exército português. A divisão de Moore acabou por não realizar a marcha para Santarém, devido a ordens dos seus superiores no sentido de seguir a expedição de Wellesley.
Entretanto o general francês Junot saiu de Lisboa, com o objectivo de se juntar às forças que haviam sido vencidas na batalha da Roliça e à divisão de Loison, que marchava lentamente sobre Abrantes. O ponto de união das tropas francesas era Torres Vedras. A marcha não seguiu pela estrada directa mas sim pela de Vila Franca.
As forças que acompanhavam Loison, desde Lisboa, encontravam-se bastante atrasadas em relação ao seu comandante. No primeiro dia de marcha o comandante sentiu-se obrigado a recuar, pois foi avisado que estava previsto um desembarque inglês em Cascais. Deixou em Lisboa, porém, cerca de 6 mil homens para impedir o desembarque.
Na noite do dia 20 para 21 do mês de Agosto, a artilharia francesa atravessou a ponte de madeira de Vila Facaia. O planalto da Portela, no lado sul da povoação, encontrava-se já ocupado por uma grande parte das forças inglesas. Junot, adiantando-se, fez então um reconhecimento da posição das forças inglesas, para proceder em seguida ao ataque pelo flanco esquerdo. O comandante inglês, que rapidamente se apercebeu da situação do inimigo, ordenou às suas tropas do flanco direito que se deslocassem para norte. A divisão francesa estava disposta em linha. As brigadas da primeira divisão separaram-se, entretanto, e começaram o ataque pelo centro. Os ingleses - e também os portugueses - receberam o inimigo de forma violenta, obrigando-o a retroceder imediatamente e a perder grande parte da artilharia. Para exterminar de uma só vez a coluna que havia atacado pelo centro, Wellesley aproveitou o caos e fez avançar a cavalaria, mas os portugueses fugiram e a cavalaria inglesa, para além de ter sofrido grandes perdas, acabou por ser atacada.
Após o ataque que lançou sobre a cavalaria inglesa, o comandante Brenier, com a sua brigada, tentou atravessar a ribeira de Toledo, mas para contornar a frente inglesa que se encontrava no vale, fez uma manobra de "rodeio" pela Carrasqueira. A brigada francesa de Solignac por sua vez logo que atravessou o ribeiro foi atacada por três brigadas inglesas. Os franceses foram assim facilmente derrotados.
As tropas francesas ficaram fragilizadas. Junot, desesperado com a situação, mandou Kellermass propor a sua capitulação ao general Dalrymple, que entretanto se tornara comandante do exército inglês.

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