Previsão do Tempo

sábado, 21 de agosto de 2010

A 22 de Agosto de 906 foi vendida nos EUA a 1ª vitrola




A descoberta de Edison
Em 1877, Thomas Edison e seus assistentes encaixaram uma agulha no diafragma de um receptor de telefone, com a ideia de que a agulha poderia ser usada para gravar a impressão de um som sobre um papel em movimento rápido, criando assim uma gravação ou um texto sonoro.
Edison compreendia que o som é a vibração de partículas através de um determinado meio, como o ar, em ondas. Desenvolveu uma maneira de imprimir ou gravar as ondas de maneira que pudessem ser reproduzidas ou reconvertidas em som por meio de uma segunda agulha.
Ele por fim projetou um aparelho ao qual designou “fonógrafo”, dotado de um cilindro metálico envolto em uma folha de estanho, que girava no sentido longitudinal quando acionada por uma alavanca manual. De um lado havia um diafragma, ou membrana muito fina, conectado a uma agulha. Quando as ondas sonoras eram forçadas para a ponta recebedora, faziam com que a membrana vibrasse e a agulha formasse um sulco na folha metálica, enquanto o cilindro era girado pela alavanca, e isso gravava o som. Uma segunda agulha e um amplificador estavam instalados do outro lado. Quando o cilindro era recuado ao começo e uma agulha era inserida nos sulcos, o som original era reproduzido, com a amplificação das vibrações.
Edison criou sua primeira gravação de voz ao gritar as palavras “Mary tinha um carneirinho” em uma corneta acústica, fazendo com que as ondas sonoras causassem vibração em uma agulha e registrando o verso infantil em uma folha metálica para reprodução.
O fonógrafo foi um grande avanço, porque tinha não só a capacidade de gravar sons como a de reproduzi-los. Edison originalmente acreditava que o fonógrafo seria útil em escritórios, para ditados, ou para que famílias gravassem suas histórias, ou professores ditassem suas aulas. Ele pensou em aplicar a tecnologia a brinquedos, como bonecas falantes e caixinhas de música.
Mas o fonógrafo provou ser de uso difícil para a maioria das pessoas, e a folha metálica na qual as gravações eram realizadas não durava muito. O interesse na máquina esmaeceu porque suas aplicações se provaram pouco práticas, naquele estágio da tecnologia. Edison deixou o fonógrafo de lado e passou a se dedicar a outras invenções. Quando ele retomou o trabalho nesse aparelho, quase 10 anos mais tarde, um outro inventor já o havia conduzido a um estágio mais próximo do toca-discos.

Evolução do toca-discos
Ainda que Edison tenha suspenso temporariamente o trabalho em seu fonógrafo, o interesse em gravação e reprodução de sons não desapareceu. Dez anos depois de sua invenção, em 1887, um inventor alemão radicado nos Estados Unidos, Emile Berliner, decidiu explorar mais as ideias contidas no projeto de Edison. Em lugar de um cilindro no qual sons eram gravados em uma folha metálica ou camada de cera, ele desenvolveu um mecanismo que fazia girar um disco de borracha dura (mais tarde vinil rígido) sobre um disco plano acionado por uma manivela.
Mas ao contrário de seu predecessor, o fonógrafo, a máquina de Berliner, conhecida como gramofone, só era capaz de reproduzir gravações. Por isso, Berliner criou a Gramophone Company, que fabricava não apenas as máquinas mas os discos nelas executados. Apesar da perda da capacidade de gravar e reproduzir sons em uma mesma máquina, o novo sistema permitia a produção em massa de discos que podiam ser ouvidos repetidamente.
A companhia de Berliner se fundiu com a do inventor Eldridge Johnson e se tornou a Victor Talking Machine Company em 1901. A empresa fabricava e anunciava tanto discos quanto gramofones. Johnson refinou o projeto do gramofone, que até aquele período era dominado por uma imensa corneta para amplificar o som. A fim de permitir que o aparelho se encaixasse com mais conforto no espaço de uma casa, ele inclinou a corneta para baixo de modo a permitir que o aparelho todo ficasse instalado dentro de um armário. O novo design, introduzido em 1906, ganhou o nome de Victrola. Enquanto isso, a empresa fabricava também discos de famosos cantores de ópera e músicos, oferecendo ao público acesso sem precedentes à música [fonte: Shoenherr, Morton: Phonograph - em inglês].
Ao longo do tempo, o projeto do gramofone e seu processo de gravação sofreram constantes alterações, mas o elemento central – uma agulha lendo informações em um sulco - continuou o mesmo. Pela metade do século 20, a maioria dos domicílios dispunha de pelo menos um toca-discos, como o aparelho veio a ser comumente conhecido. A popularidade do aparelho como produto de massa durou até a metade dos anos 80, quando as fitas cassete superaram os discos em termos de vendas.



Sem comentários:

Enviar um comentário