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domingo, 29 de agosto de 2010

A 30 de Agosto de 1999, a ONU supervisiona o referendo em Timor Leste sobre a Independência

Referendo de 1999
Depois da ocupação indonésia de 1975, uma política de genocídio resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas pelos bombardeamentos do exército da Indonésia, sendo que foram utilizadas toneladas de napalm contra a resistência timorense. No dia 12 de Novembro de 1991, o exército indonésio disparou sobre manifestantes que homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Cerca de 200 pessoas foram mortas no local. Outros manifestantes foram mortos nos dias seguintes, "caçados" pelo exército da Indonésia.
A atribuição do Prémio Nobel da Paz ao bispo Ximenes Belo e a José Ramos Horta em Outubro de 1996, e a visita em Julho de 1997, do presidente sul-africano Nelson Mandela ao líder da FRETILIN, Xanana Gusmão, que estava na prisão, fizeram com que a causa de Timor-Leste pela independência ganhasse maior repercussão e reconhecimento mundial. Em 1999, os governos de Portugal e da Indonésia começaram, então, a negociar a realização de um referendo sobre a independência do território, sob a supervisão de uma missão da Organização das Nações Unidas. Apesar das ameaças levadas a cabo pelas milícias integracionistas, mais de 98% da população timorense foi às urnas no dia 30 de Agosto de 1999 para votar na consulta popular, e o resultado apontou que 78,5% dos timorenses queriam a independência. Seguiram-se tempos de violência, de destruição, de mobilização da opinião pública, de intervenção militar da comunidade internacional e, finalmente, a declaração da independência em 20 de Maio de 2002.
Desde então, as dificuldades do jovem país membro do grupo dos países de língua oficial portuguesa têm sido grandes, mas igualmente grande tem sido a determinação dos timorenses na construção do seu futuro, em democracia e em liberdade.

1 comentário:

  1. O artigo da Wikipédia onde se baseia a informação aqui disponibilizada contém uma série de erros, meias verdades e completas incorrecções.

    Um dos exemplos que dão indicação imediata da "manipulação" da História é: "a visita em Julho de 1997, do presidente sul-africano Nelson Mandela ao líder da FRETILIN, Xanana Gusmão"

    É absolutamente mentira que Xanana Gusmão fosse líder da Fretilin em 1997.

    Há um grau elevado de desonestidade no artigo da Wikipédia, precisamente nos sectores da Fretilin que tenta por todos os cantos "reescrever" a História usando a mentira. Fica mal a um partido que se auto-denomina de "histórico".

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