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domingo, 22 de agosto de 2010

Abu Bakr ou Abu Becre, morreu a 23 de Agosto de 634


Abu Bakr ou Abu Becre (árabe:ابو بكر الصديق; Meca, c. 570 - Medina23 de Agosto de 634) foi um dos companheiros de Muhammad (Sahaba). Foi o primeiro califa (632-634) do Islão. O seu cognome é Al-Siddiq, "o Verídico". Rico e honrado comerciante da Meca, foi um dos primeiros a acreditar em Muhammad (Maomé) comoprofeta e o único que o acompanhou na Hégira.
Abu pertencia a um clã menor da poderosa tribo dos Curaixitas (Quraysh) de Meca, na qual também se incluía Muhammad, seu amigo desde a infância. A sua família dedicava-se ao comércio.
O seu nome verdadeiro era Abdul Ka'aba, "escravo da Kaaba", mas o profeta Muhammad mudou-o para Abdullah, "escravo de Allah", quando este se converteu ao Islão. Ficou contudo conhecido como Abu Bakr devido ao seu gosto por criar camelos (abu, "pai", bakr, "camelo", abu bakr, "pai de camelos").
De acordo com alguns pontos de vista Abu Bakr foi o primeiro homem convertido ao Islão, alegação que é contestada por historiadores muçulmanos que atribuem a primeira conversão masculina ao filho adoptivo do profeta, Zayd ibn Harithah.
Quando Muhammad emigrou de Meca para Medina em 622 (a Hégira), como forma de fugir à perseguição movida a si e aos seus discípulos, Abu acompanhou-o, tendo colocado a sua fortuna pessoal ao serviço do Islão. Umas das suas filhas, Aisha, tornou-se noiva de Muhammad ainda em Meca, mas o casamento só se consumou depois da chegada a Medina.
Após a morte de Muhammad, que não nomeou um sucessor, a comunidade dos crentes convocou a Nidwa (Assembleia), onde se encontravam representados todos os clãs e tribos. Os medinenses propunham que fosse nomeado um membro da sua cidade e outro da cidade de Meca, mas a proposta foi rejeitada por se temer que colocasse em causa a coesão da comunidade.
Abu Bakr foi eleito chefe dos crentes com o titulo de «califa» (sucessor) em larga medida graças ao apoio de Omar, que viria a designar como seu sucessor no seu leito de morte. Para os muçulmanos xiitas, esta honra deveria ter recaído no primo e genro de Muhammad, Ali.
Apesar de só ter exercido o califado durante dois anos, a sua actuação foi determinante uma vez que consolidou, na Arábia, a nova religião, que após a morte de Muhammad tinha entrado numa fase de instabilidade. Algumas tribos que se tinham ligado ao Islão recusavam-se agora a reconhecer a soberania de Abu Bakr, alegando que, com a morte do profeta Muhammad, a aliança política e religiosa havia terminado. Esses beduínos recusavam-se a pagar a contribuição de purificação estabelecida pela religião (zakat), atacaram Medina, e alguns tinham regressado ao politeísmo. Para além disso, vários homens apresentavam-se como profetas sucessores de Muhammad.
Abu Bakr submeteu as tribos beduínas rebeldes através da diplomacia e do recurso à força militar, ajudado pelo seu general Khalid ibn al-Walid, naquilo que ficou conhecido como guerras da apostasia (Ridda). Ele considerava igualmente perigosa para a comunidade islâmica a presença dos dois impérios que na época cercavam a Arábia, o Império Bizantino e o Império Persa Sassânida, tendo ordenado a expansão no sentido desses territórios, facto que contudo só viria a ser concretizado no califado do seu sucessor Omar.
Abu Bakr encontra-se sepultado no recinto da Mesquita do Profeta, em Medina (Masjid al-Nabawi), juntamente com Muhammad e Omar.

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