Pompéia era uma cidade pertencente ao domínio romano, composta por habitantes ambiciosos, religiosos e com grande prosperidade. Porém, foi em 79 d.c. que a história da humanidade vivenciou uma catástrofe jamais vista antes, com poder de destruição inédito para os habitantes romanos. Ao lado da cidade de Pompéia havia um “grande monte” que abrigava o vulcão Vesúvio. Naquela época havia cerca de cinco mil moradores em Pompéia. Os romanos desconheciam a existência de vulcões, quanto mais de erupções vulcânicas. Pequenos e constantes tremores de terra pela região foram ignorados pelos moradores. Quando percebidos, possivelmente atribuíam-lhes a fúrias divinas. Na tarde de 28 de Agosto de 79 d.c., ou segundo Plínio, o moço – sobrinho de Plínio o velho, na manhã do vigésimo quarto dia de Agosto deste mesmo ano, teve início as primeiras explosões do Vesúvio. A primeira e fortíssima explosão liberou na atmosfera toneladas de gases, fumaça e pedra-pomes. Os moradores custaram a acreditar no que estava ocorrendo, uma imensa nuvem negra passou a “engolir” toda claridade do céu da região. Muitos creditaram as explosões a trovões vindos do céu. Com o passar do tempo e a permanência da escuridão, o comportamento dos moradores começou-se a modificar. O pânico já percorria os habitantes de Pompéia. Muitos começaram a correr para beira do mar, outros para fora da cidade. O poder de destruição do Vesúvio foi tão forte que em apenas 2 horas depois do início das erupções, duas mil pessoas já haviam sido mortas em Pompéia. Herculano , cidade vizinha, também não foi poupada do desastre, entretanto, Pompéia foi plenamente atingida pela chuva de pedra-pomes e larvas de fogo. Plínio, o moço, sobreviveu à catástrofe do Vesúvio e pode relatar tudo que presenciou, desde a primeira explosão vulcânica. Os telhados das casas de Pompéia foram projectados para suportarem chuvas e ventos, mas jamais para suportar o peso proporcionado pelo acumulo das pedras-pomes. Muitos morreram soterrados pela queda de telhados. Os gases liberados pelo vulcão provocavam sintomas desconfortáveis às pessoas da cidade como garganta seca e irritação nos olhos. O reabastecimento de alimentos e de água estava comprometido, pois ninguém poderia sair sem ser atingido pela chuva de pedra-pomes. Muitos ficaram presos em suas casas na esperança de sobreviverem. Outros ainda, preferiram não se afastar de suas riquezas pessoais temendo a ação de saqueadores.
Com o passar do tempo, aqueles que estavam por horas dentro de suas casas não se aperceberam da grande quantidade de pedras acumuladas que acabavam impedindo a abertura das portas das casas. Foram mais de 18 horas de actividade vulcânica causando destruição e pânico por toda parte. Os corpos foram queimados rapidamente e, as cinzas posteriormente expelidas pelo Vesúvio, preservaram e criaram um molde em muitos moradores que morreram à espera de um milagre divino que não veio. Cidades e ruas também foram preservadas pela actividade vulcânica. Mulheres, crianças, idosos, gladiadores, todos morreram de maneira impiedosa. Alguns preferiram suicidar-se antes de serem atingidos pela força do vulcão.
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