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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Edward Palmer Thompson, morreu a 28 de Agosto de 1993



Edward Palmer Thompson (Oxford3 de Fevereiro de 1924 — Worcester28 de Agosto de 1993) foi um historiador britânico da concepção teórica marxista e é considerado por muitos como o melhor historiador inglês do século XX.
Durante a Segunda Guerra Mundial luta na Itália contra o governo fascista liderado por Benito Mussolini. Estuda no colégio Corpus Christi (Cambridge), onde adere ao Partido Comunista Britânico. Em 1946 formou um grupo de estudos históricos marxistas junto comChristopher HillEric HobsbawmRodney HiltonDona Torr, dentre outros.
Lecionou na Universidade de Leeds em cursos não acadêmicos dirigidos aos trabalhadores. Foi professor da Universidade de Warwichde 1965 a 1971. Nos anos 1970 lecionou esporadicamente em universidades estadunidenses como a de Pittsburg, Rutgers, Brown, Dartmoth College.
Após as denúncias de Nikita Khrushchev, rompe em 1956 com o Partido Comunista e torna-se contrário às práticas de Stalin. Atuou como pacifista antinuclear nos anos 1980, voltando a lecionar em 1988 no Queen's University de Kingston (OntárioCanadá), entre 1988 e 1989 na Universidade de Manchester (Inglaterra) e de 1989 a 1990 na Universidade de Rutgers.
Boa parte de sua obra foi vinculada a questões e discursos dos próprios trabalhadores. Thompson mostrou que essa classe não é construída somente em termos econômicos, pois se baseia na construção histórica de experiência. Quando se faz uma releitura do passado busca-se a multiplicidade de experiência, tenta-se revalorizar as perdas e os ganhos desses subalternos, que tiveram uma grande importância histórica, pois só assim compreendem-se os conflitos e os processos de transformação.
Thompson descreve a consciência de classe e as experiências manipuladas dentro dos termos culturais, vendo que grande parte dessa experiência da classe determinou as relações produtivas dentro das quais os homens nascem e são inseridos a ela de modo involuntário.
Seus estudos atenderam às diversas partes da história, principalmente da história social. Da história do trabalho à história da cultura inspirou pesquisas originais sobre sindicalismo,partidosmovimentos sociaisescravidãocampesinatocrimesmotins, entre outros.
Thompson interroga o neoliberalismo, os estudos feministas e o marxismo ortodoxo. Esteve empenhado em recuperar a experiência empírica, fazendo uma experimentação ligada à análise do contexto. Procurou substituir a base superestrutura pela análise da consciência da classe operária. Acaba usando do culturalismo relacionado com as estruturas, no qual discordou dos estruturalistas, como Lévi-StraussLouis Althusser e com os funcionalistas, fincando suas raízes no que podemos chamar de marxismo culturalista.

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