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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Elba Maria Nunes Ramalho, nasceu a 17 de Agosto de 1951






Elba Maria Nunes Ramalho (Conceição da Paraíba17 de agosto de 1951) é uma cantoracompositoraprodutora e actriz brasileira.

Em 1996, recebeu o prêmio de Melhor show do Ano, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo.
Herdou a musicalidade do pai. Os ritmos regionais: baiãomaracatuxotefrevocaboclinhos e forrós, veio pelo solo seco e doclima e vegetação árida do Nordeste. Elba é conhecida pela performance eletrizante no palco.
Elba nasceu na Paraíba, na zona rural da localidade de Conceição, mais conhecido como Conceição do Vale do Piancó. Em 1962, a família se mudou para a cidade deCampina Grande, também na Paraíba. O pai se tornou proprietário do cinema local. Filha de músico, despertou o interesse pela mesma ainda na adolescência.
Em 2009, Elba comemorou trinta anos de carreira, contabilizando mais de seis milhões de cópias vendidas dos trabalhos.
É bicampeã do prêmio Grammy Latino, pelos dois discos mais recentes: Qual o Assunto Que mais Lhe Interessa?, lançado em2007 e Balaio de Amor, lançado em maio de 2009, na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras - Regional e Tropical.
Quatro anos depois, Elba fez a primeira apresentação nos palcos, juntamente com o coral da Fundação Artística e Cultural Manuel Bandeira. Em 1968, enquanto cursava a faculdade de Economia e Sociologia na Universidade Federal da Paraíba, formou o conjunto As Brasas, no qual atuou como baterista, que posteriormente se transformou em grupo teatral. Contudo, Elba não deixou de cantar, e se apresentou em diversos festivais pelo Nordeste.
Em 1974, Elba mudou-se para o sudeste do país, a pedido de Roberto Santana, produtor de Chico Buarque e Caetano Veloso, chegando ao Rio de Janeiro com o grupo Quinteto Violado, para apresentar como crooner durante uma temporada na cidade. No mesmo ano, participou da peça Viva o Cordão Encarnado, em parceria com o grupo teatral Chegança, de Luís Mendonça, sendo aclamada pela crítica por conta da hiperatividade no palco, o que se tornaria a principal característica.
Negou-se a voltar para o Nordeste, onde abandonou o curso universitário e, na capital fluminense, se estabeleceu como atriz teatral, sempre interpretando papéis ligados à música. Sem qualquer apoio ou recurso financeiro, passou a frequentar o Baixo Leblon, onde conheceu artistas como Alceu Valença e Carlos Vereza. Em 1977, atuou no filme Morte e Vida Severina, inspirado na obra homônima do autor pernambucano João Cabral de Melo Neto. No ano seguinte pertenceu ao elenco da peça de Chico BuarqueÓpera do Malandro, dirigida por Luís Antônio Martinês Correia, na qual interpretou a prostituta Lúcia. Ainda enquanto atriz, foi vencedora de um prêmio pela interpretação da canção O meu amor, com a atrizMarieta Severo.
A peça Ópera do Malandro foi lançada numa época em que a poética de Chico Buarque estava "afiadíssima". Elba Ramalho foi presença de grande destaque, o que impulsionou a carreira de atriz e cantora. Diante disso, Chico Buarque inseriu uma gravação O Meu Amor, interpretada por Elba e pela então esposa Marieta Severo, para o disco auto-intitulado, lançado em 1978, e também no álbum duplo da peça, lançado no ano seguinte. A canção foi um grande sucesso, e por isso mesmo, mereceu também um dueto das cantoras Alcione eMaria Bethânia no antológico álbum Álibi, da última, lançado naquele mesmo ano de 1978.
Elba investiu na carreira de cantora e gravou o primeiro álbum, lançado pela extinta gravadora CBS (atualmente Sony Music) - numa época em que a gravadora investiu muito em artistas nordestinos -, em 1979, intitulado Ave de Prata, com destaque para a faixa-título e as canções Canta coração e Não sonho mais, esta última composta por Chico Buarque para a trilha sonora do filme A República dos Assassinos. O trabalho contou com diversas participações especiais, de músicos e compositores consagrados, casos de DominguinhosZé Ramalho,Geraldo AzevedoNovelliVinícius CantuáriaSivucaRobertinho de RecifeNivaldo Ornelas e Jackson do Pandeiro - parcerias que perduram até os dias actuais.
A partir de então, o sucesso apareceu de forma gradual, embora ela própria considere que o teatro esteja presente em todos os espetáculos, sendo o grande responsável pela força cênica peculiar. As apresentações também obtiveram relevante sucesso em teatros internacionais, como o Olympia de Paris, o Blue Note de Nova Iorque, o Brixton Academy, deLondres e o Festival de Montreaux, na Suíça. O repertório se manteve eclético durante todo esse tempo, trazendo canções típicas do nordeste brasileiro, baladas românticas, rocks, sambas e até o blues norte-americano.
Em 1980 gravou o segundo LPCapim do vale, que trouxe canções de compositores nordestinos antigos e contemporâneos, apresentando um repertório regional, com destaque para a faixa-título e as canções Banquete dos signosPorto da saudadeCaldeirão dos mitos e Veja (Margarida), e fez a primeira turnê internacional, na África. No ano seguinte, participou doFestival de Jazz de Montreux, na Suíça, e lançou o disco Elba, o último para a gravadora CBS, com arranjos de Miguel Cidras e José Américo Bastos, que não obteve maior repercussão; destaque somente para as canções Temporal e Cajuína, e duas faixas somente de voz e violão - O pedido e Eu queria. No mesmo ano, em 4 de julho, gravou no Festival de Montreux o álbum ao vivo Brazil Night Montreux 81, juntamente com os cantores Toquinho e Moraes Moreira, lançado pela gravadora Ariola, contendo as músicas BaiãoTudo azul e a primeira gravação - ao vivo - de Bate coraçãoxote que impulsionaria a carreira e seria regravada em estúdio no ano seguinte.
Em 1982 transferiu-se para a extinta gravadora Ariola/Barclay (atualmente Universal Music), marcando o início da fase de maior popularidade na carreira, disputando a parada de sucessos daquele ano com outras cantoras do quilate de Gal CostaSimoneRita LeeBeth CarvalhoBaby ConsueloAmelinha e Clara Nunes. O trabalho que marca a estréia nessa gravadora - Alegria, produzido por Aramis Barros com direção artística de Mazzola -, vendeu mais de 300 mil cópias, lhe rendendo o primeiro disco de ouro, emplacando nas paradas de sucesso os forrós Bate coração, Amor com café (ambos de Cecéu) e No som da sanfona, de autoria de Jackson do Pandeiro, que também tocou pandeiro na faixa e viria a falecer em10 de julho daquele ano, em que apresentou-se na Europa e em Israel. O álbum também trouxe arranjos do maestro José Américo Bastos e canções de Lula Queiroga (Essa alegria - Caboclinhos), Alceu Valença (Chego já), Vital Farias (Sete cantigas para voar, com arranjo e violão do próprio) e Geraldo Azevedo (Menina do lido, gravada em dueto com o autor). A partir deste álbum, o sotaque estava menos carregado, ao contrário dos três primeiros discos.
Em 1983 lança o elogiadíssimo álbum Coração Brasileiro, com produção de Mazzola, e arranjos de Lincoln Olivetti (Banho de cheiro e Vida e carnaval), Luiz Avellar (Toque de fole eBatida de trem), César Camargo Mariano (Ave ciganaCanção da despedida e A volta dos trovões), Francis Hime (Se eu fosse o teu patrão), o grupo A Cor do Som (Chororô), Severo (Roendo unha) e Zé Américo (Ai que saudade d'ocê).
Os maiores sucessos do álbum foram Banho de cheiro (frevo de Carlos Fernando e faixa de abertura do álbum), Toque de foleCanção da despedida (parceria bissexta de Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré, censurada durante a ditadura militar) e Ai que saudade d'ocê. O disco contou com as participações especiais de Chico Buarque, os grupos Céu da Boca eRoupa Nova, e o guitarrista Robertinho de Recife nas faixas Se eu fosse o teu patrão - composta por Chico para a peça A Ópera do Malandro -, A volta dos trovões e Vida e carnaval, respectivamente. Na faixa Toque de fole inclusive, contou com a participação especial dos sanfoneiros Sivuca, Severo e Zé Américo. Este trabalho, assim como o anterior, trouxe canções de compositores nordestinos entre outros da MPB mais tradicional, com espaço também para canções românticas. A faixa-título, de autoria do mineiro Celso Adolfo, aparecia apenas como uma vinheta de 15 segundos; apesar de constar no encarte com a letra completa, somente os primeiros versos eram cantados, à capela: No meu coração brasileiro / Plantei um terreiro / Colhi um caminho / Armei arapuca / Fui pra tocaia / Fui guerrear.
O trabalho consagrou definitivamente a cantora e conquistou discos de ouro e platina, e o espetáculo homônimo aclamado pela crítica especializada, realizado na casa carioca de espetáculos Canecão, bateu pela primeira vez os recordes de público ali registrados nos shows de Roberto Carlos. Elba foi capa da Veja, sendo considerada pela revista a maior estrela da música brasileira em 1983. A cantora foi também tema do especial de fim de ano da Rede Globo. Este também foi o álbum mais vendido da carreira - cerca de 800 mil cópias, marca não superada até os dias actuais.
Prosseguiu com o álbum Do jeito que a gente gosta (1984), produzido por Mazzola, composto basicamente por músicas de autores nordestinos, com destaque para dois forrós, a faixa-título e Forró do poeirão (Cecéu), os frevos Moreno de ouro (Carlos Fernando e Geraldo Amaral) e Energia (Lula Queiroga) - ambos com arranjo de Lincoln Olivetti -, mas também trouxe outros ritmos, como maracatu (Toque de amor de João Lira e José Rocha), uma canção inspirada em soneto de Shakespeare (Amor eterno, de Tadeu Mathias e Ana Amélia) - que integrou a trilha sonora da novela global Livre para Voar, de Walther Negrão -, a faixa de abertura Azedo e mascavo (Celso Adolfo) e a faixa de encerramento, Nordeste Independente (Imagine o Brasil), gravada ao vivo no espetáculo inspirado no trabalho anterior, teve a execução pública proibida à época de lançamento do disco.
O trabalho seguinte, Fogo na mistura (1985), foi produzido por Mazzola, o último da fase de maior popularidade da carreira, simulou andanças por Cuba - por conta da abertura política no Brasil -, com a faixa-título, de Tunai e Sérgio Natureza - que aparece na abertura do LP -, as canções Como se fosse a primavera (Canción) (versão de Chico Buarque para tema dePablo Milanés com Batista Nicolas Guillen) e No caminho de Cuba (Jaime Alem) - todas com arranjos e execução de músicos daquele país. Mas também trouxe vários xotesfrevos,sambas de pegada pop, bem como forró (Mexe mexe funga funga, de Severo e Jaguar, que também escreveu a faixa-título do disco anterior), e fusões explicitadas já no título (Sambaiãozar, de Pinto do Acordeon, misto de samba e baião) ou no ritmo (Pátria amada, misto de samba e frevo de Carlos Fernando, cuja letra evoca a era cibernética que se instalava no mundo), e o maior sucesso até hoje, a toada romântica De volta pro aconchego, de Dominguinhos e Nando Cordel. A música, que integrou a trilha sonora da novela Roque Santeiro de Dias Gomes, chegou às mãos da cantora no ritmo do baião; foi dela a idéia de romantizar o tema. Curiosidade: o cantor e compositor Caetano Veloso homenageou essa interpretação da cantora na música Pra ninguém, gravada por ele em 1997 no álbum Livro, em que homenageia e cita suas interpretações preferidas; quando chega na vez de Elba, é dito: Elba cantando De volta pro aconchego.
No ano segunte, veio o álbum Remexer, o último a ser produzido por Mazzola, simulando uma incursão por novos ritmos e tendências. O arranjo da faixa-título de abertura, de Luiz Caldas e Carlinhos Brown, evoca a lambada que dois anos depois, estouraria no Brasil; o repertório explorou uma variedade de ritmos, sons e os tons agudos, passando por João Bosco (Odilê odilá, com participação especial do próprio, que escreveu a música em parceria com Martinho da Vila), baladas românticas (Sonho de uma noite de verão e Chorando e cantando- esta última, bastante executada no Nordeste, também lhe rendeu um clipe para o programa global Fantástico, juntamente com o ator e cantor Maurício Mattar), o compositor Cazuza (Só se for a dois), forró (Forró temperado e Neném mulher - cujo trecho da gravação foi mostrado no programa Globo Repórter da Rede Globo, onde Elba era tida naquele ano como a cantora mais popular do país), a faixa Boca do balão e dois frevos de encerramento - Caia na real de Carlos Fernando (as duas últimas, com arranjo e teclados de Lincoln Olivetti), e o engajado Sai da frente, de Gonzaguinha, que marca o fim da ditadura militar no Brasil, marcando conquistas políticas e culturais do povo brasileiro. Detalhe curioso: pouco antes do lançamento, a gravadora lançou um single contendo a faixa Boca do balão, com duas versões, uma das quais era remixada - no lado B
Já o disco Elba (1987) trouxe, dentre outras, as músicas Folia brasileira - forró que rendeu um clipe para o programa global Fantástico -, baladas românticas (Vem ficar comigo,Lembrando você e Corcel na tempestade) e Da mesa para a cama.
O trabalho Fruto de 1988 trouxe a canção dedicada ao filho Luã, nascido no ano anterior (25 de junho), a faixa de encerramento do álbum, de autoria de Maurício Mattar e Geraldo Azevedo, e também Palavra de mulher - composta por Chico Buarque em 1985 para a peça A Ópera do Malandro, gravada por Elba no disco da peça, sendo a mesma versão -, Estrela grande e a faixa de abertura Doida, de Nando Cordel, gravada no estilo da lambada. No álbum Popular brasileira (1989), lançado no primeiro semestre daquele ano, gravou duas canções de Nando Cordel - no caso, o forró Jogo de cintura, a faixa de abertura e a lambada Vê estrelas -, além da faixa-título e a música A roda do tempo e as fotos são de Lívio Campos, feitas na mesma praia onde Elba fez o ensaio para a revista masculina Playboy em fevereiro de 1989. O espetáculo calcado na divulgação deste disco acabou por originar o primeiro álbum ao vivo, Elba ao vivo (gravado no Palace), trazendo os melhores momentos do espetáculo, em meio a turnês pela Europa e EUA, com repertório e arranjos um pouco menos regionais, cujo maior hit pega carona na moda das lambadasOuro puro, que foi inserida na trilha sonora da novela Rainha da Sucata de Sílvio de Abreu. A música, que foi bem executada, originou um clipe para o programa Fantástico, juntamente com o dançarino Carlinhos de Jesus na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.
Em 1991 lançou o álbum Felicidade urgente, que contou com a produção de Nelson Mottaarranjos do maestro e pianista Eduardo Souto Neto e as participações especiais de Lulu Santos na faixa VidaCláudio Zoli na faixa-título, Djavan em Ventos do norteSandra de Sá na música Maré dendê e Oswaldinho do Acordeon na faixa de encerramento - a célebre La vie en rose, gravada originalmente pela cantora francesa Edith Piaf; o trabalho misturou canções inéditas e regravações (VidaMorena de AngolaPisa na fulôÉ d'Oxum e La vie en rose); no ano seguinte foi a vez de Encanto, produzido pela própria cantora, cujo repertório mostrou um bom equilíbrio entre forrós e canções românticas e contou com a participação especial de Margareth Menezes na faixa Cidadão.
Em 1993 o disco Devora-me simulou uma incursão pela sonoridade latina, tendo sido gravado em Porto Rico e produzido por Glenn Monroig; em entrevistas da época, Elba declarou que apesar de ter nascido em solo brasileiro, Elba tinha a intenção de ampliar sua música para outros públicos na América do Sul. O maior sucesso do álbum foi a faixa de encerramentoCoração da gente, tema de abertura da novela global Tropicaliente de Walther Negrão. A versão internacional deste trabalho trouxe uma faixa-bônus - no caso, a referida faixa Coração da gente vertida para o espanhol, mas trouxe também versões de canções caribenhas (Cora coraçãoDevora-me outra vezForça interior e Desesperada). Anteriormente a esse trabalho, no mesmo ano foi lançada a coletânea O Grande Forró de Elba Ramalho, uma seleção de canções pertencentes a discos anteriores da cantora, com duas faixas inéditas:Chegadinho e Eu quero meu amor - esta última também fez parte do repertório de Devora-me e da trilha sonora da novela global Renascer, de Benedito Ruy Barbosa.
O trabalho que marca a saída da gravadora Polygram é Paisagem (1995), cujo maior destaque foi a regravação de Paisagem na janela, que integrou a trilha sonora do remake da novelaIrmãos Coragem. Desde então é tida como uma das principais intérpretes da música brasileira, com expressivas vendagens, graças à presença de palco e voz inconfundível. Na festa de São João, realizada anualmente em Campina Grande, a presença de Elba já é tradicional, como o show mais esperado. Em fevereiro de 1989, aos 37 anos, fez um ensaio comedido para a revista Playboy.
Em 1996, lança o elogiado e bem-sucedido CD Leão do Norte, que marcou a estréia na gravadora BMG e vendeu mais de 300 mil cópias, exaltando a cultura nordestina e pernambucana (com a faixa-título de Lenine e Paulo César Pinheiro). O espetáculo homônimo foi dirigido por Jorge Fernando e obteve relevante sucesso no Brasil inteiro, arrematando o prêmio de Melhor show do ano, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo e também originou um VHS contendo os melhores momentos do espetáculo. Naquele mesmo ano, excursiona com o espetáculo O grande encontro, juntamente com Alceu ValençaZé Ramalho e Geraldo Azevedo. O primeiro disco da trilogia vende mais de um milhão de cópias, trazendo clássicos da MPB e da música nordestina.
Em 1997 chegou às lojas o disco Baioque, composto basicamente de regravações de músicas urbanas de autores nordestinos, como Raul Seixas (S. O. S.), Belchior (Paralelas),Ednardo (Pavão misterioso), Zé Ramalho (Vila do sossego), Caetano Veloso (Os argonautas), Gilberto Gil (Vamos fugir), Lenine (Relampiano), Alceu Valença (Ciranda da rosa vermelha), dentre outros; assim como o trabalho anterior, este também foi produzido pelo músicos Robertinho do Recife que também foi responsável por alguns arranjos e regência. O espetáculo bisou a parceria com Jorge Fernando e o sucesso do espetáculo baseado no disco anterior e a reedição deste CD trouxe a faixa-bônus Paris, que não constava da versão original. Graças ao sucesso do projeto O grande encontro, foi lançado um segundo volume do álbum, mas desta vez só não contou com a participação de Alceu Valença, além de excursionar pelo Brasil inteiro; o repertório deste trouxe sucessos dos três artistas.
Em 1998 lança o CD Flor da Paraíba, o último da trilogia produzida por Robertinho de Recife, trazendo algumas regravações e canções inéditas de compositores nordestinos, priorizando canções no estilo do forró. O título do álbum é inspirado em uma dedicatória feita, há muitos anos, pelo cantor e compositor Caetano Veloso, quando a cantora acabara de chegar ao Rio de Janeiro para despontar no meio musical.
Em 1999, Elba Ramalho comemorou vinte anos de carreira com o álbum duplo Solar, com uma parte gravada em estúdio, durante os festejos juninos na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, e outra ao vivo, que é o segundo CD, com arranjos do pianista Wagner Tiso (Canção da despedida e Imaculada) e do violoncelista Jaques Morelenbaum(Palavra de mulher). O repertório trouxe regravações dos antigos sucessos entre outros clássicos e canções inéditas.
O disco contou com as participações especiais de Chico Buarque (Não sonho mais, o sucesso inicial), o primo Zé Ramalho (Ave de prata), Lenine (Nó Cego), Nana Caymmi(Imaculada), Geraldo Azevedo (Kukukaya), Margareth Menezes (Quem é muito querido a mim), Dominguinhos (Retrato da vida), Renata Arruda (Sete cantigas para voar) e Alceu Valença (na inédita Trem das ilusões) - todas do primeiro CD, gravado em estúdio; já o segundo CD contou com a participação especial de Jerônimo na faixa É D'Oxum. Em seguida ao lançamento do CD, Elba segue em turnê para a Europa, passando por festivais de diversos países, entre eles em PortugalItáliaAlemanhaSuíça e França.
Em 2000 a cantora se reencontrou com os parceiros Geraldo Azevedo e Zé Ramalho para gravar o CD e DVD O grande encontro III – Ao vivo, no Rio de Janeiro, e contou com as participações especiais de Lenine, Belchior e Moraes Moreira. Em seguida, seguiu com Geraldo Azevedo para Los Angeles - EUA, onde gravaram um disco ao vivo, destinado ao mercado norte-americano. No repertório estão músicas que fizeram sucesso na voz dos dois artistas. Retornando ao Brasil, Elba recebeu o convite para participar do evento Rock In Rio III, juntamente com Zé Ramalho. Elba também é a única artista brasileira a participar de todas as edições do Rock In Rio no Brasil.
No ano seguinte, lançou o álbum Cirandeira, contendo forrósxotes e baiões; o trabalho contou com as participações especiais de Lenine (na faixa-título de abertura), Geraldo Azevedo (nas canções Se eu tivesse asa e Estrela soberana, esta última, além de ser a faixa de encerramento, é também uma homenagem a Nossa Senhora) e Zeca Baleiro (nas músicasAlma nua e Sem ganzá não é coco), e trouxe duas regravações: a clássica Patativa (Vicente Celestino) e a pouco conhecida Forró de Surubim, de Antônio Barros, mas a primeira música de trabalho foi a romântica Entre o céu e o mar, que integrou a trilha sonora da novela Porto dos Milagres, de Aguinaldo Silva.
No álbum Elba canta Luís (2002) homenageou Luís GonzagaO Rei do Baião, compositor do qual recebeu grande influência e que já havia gravado canções no trabalhos anteriores. Luís foi o principal nome responsável pela popularização dos gêneros nordestinos no eixo Rio-São Paulo. O álbum, que trouxe canções consagradas e pouco conhecidas do Mestre Lua, contou com as participações especiais de Dominguinhos (Canta Luís), Fubá de Taperoá e Dió Araújo (Calango da Lacraia) e Zeca Pagodinho (O Xamego da Guiomar), e também originou um espetáculo calcado na divulgação deste, do qual saiu um CD ao vivo e um DVD, ambos gravados no Rio de Janeiro - Elba ao vivo (2003) que também trouxe o clássico Luar do Sertão, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense. O trabalho que marca a saída da gravadora BMG é Baião de dois (2005), gravado com Dominguinhos e priorizando canções deste, além de músicas do grupo Falamansa (Chama) e Zezum (Onde está você).
De maneira independente, lançou em 2007 o elogiado CD Qual o assunto que mais lhe interessa? que contou com a produção de Lula, Yuri e Tostão Queiroga. O CD coloca em discussão temas que ocupam os noticiários e questionam a contemporaneidade; dos nordestinos habituais - frevo, boi maranhense, ciranda, xote - ao samba. O álbum lhe valeu o prêmio Grammy Latino em 2008 na categoria regional contemporâneo e inspirou o DVD Raízes e antenas, lançado no mesmo ano, um misto de documentário e registro ao vivo.
O ano de 2009 marca as três décadas de carreira, com o mais recente álbum Balaio de amor, lançado pela gravadora independente Biscoito Fino, cujo repertório é composto por baladas românticas com canções da nova safra de compositores nordestinos. No mesmo ano, os CDs antigos - LPs originais que haviam sido relançados anteriormente em CD - da fase de maior popularidade da carreira, AlegriaCoração brasileiroDo jeito que a gente gosta e Fogo na mistura (lançados entre 1982 e 1985), que estavam fora de catálogo há muito tempo, voltaram às lojas, com capas, contracapas e encartes originais completos - na reedição anterior ele havia sido suprimido ou reduzido -, letras de todas as músicas, nova remasterização e texto interno com a história do álbum no encarte, redigido pelo jornalista e crítico musical Rodrigo Faour, que também idealizou a coleção. O mesmo aconteceu em 2010 com o álbumElba (1981), na série Caçadores de música da Sony Music, o único que ainda permanecia inédito no formato digital.









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