Flávio Orestes (em latim Flavius Orestes) foi um general que dominou de facto o Império Romano do Ocidente de 475 a 476 e morreu em 28 de agosto de 476. Era de origem bárbara, nascido na Panónia.
Depois que a panónia foi cedida a Átila, Orestes juntou-se à corte de Ravena, alcançando alta posição como secretário (notarius) em 449 e 452. Em 449, Orestes foi duas vezes enviado a Constantinopla como enviado ao imperador Valentiniano III.
Em 475, Orestes foi nomeado magister militum e patrício pelo imperador Júlio Nepos e designado comandante do exército romano na Gália, talvez para distanciá-lo da Itália.
Em 28 de agosto de 475, Orestes, à frente dos foederati, conseguiu tomar o controle do governo em Ravena, que havia sido capital do Império Romano do Ocidente desde 402. Júlio Nepos fugiu sem lutar para a Dalmácia, onde continuou a reinar até ao seu assassinato em 480. Com o imperador longe, Orestes elevou seu filho Rómulo a imperador (Augusto), de maneira que o último imperador é conhecido como Rómulo Augusto.
A nova administração não foi reconhecida pelo Imperador Romano do Oriente Zenão I, que ainda considerava Júlio Nepos como seu legítimo parceiro na administração do Império. Mas como eles estavam engajados numa guerra civil um contra o outro, nenhum se opôs a Orestes em batalha.
Orestes ficou livre para emitir novos impostos nas oficinas de Arles, Milão, Ravenna e Roma, habilitando-o a pagar aos mercenários bárbaros que constituíam grande parte do exército romano.
Porém Orestes negou as demandas de mercenários hérulos, sírios e rúgios que queriam terras na Itália. Estes mercenários revoltaram-se sob as ordens de Odoacro, declarado seu rei em 23 de agosto de 476. Odoacro então liderou-os contra seu ex-empregador. Atacaram e saquearam Ticinum (atual Pávia), capturaram Orestes próximo a Piacenza em 28 de agosto e assassinaram-o. Em poucas semanas, Ravenna foi capturada e Rómulo Augusto deposto, no evento que tradicionalmente é considerado a queda do Império Romano.
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