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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Governo está a vender ao desbarato os activos do Estado"


"Governo está a vender ao desbarato os activos do Estado"


Diogo Leite de Campos reagiu em nome do PSD às privatizações hoje anunciadas do BPN, Galp e EDP.
Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, o vice-presidente social-democrata exigiu esclarecimentos do Governo sobre "as contas que ele deve [dar] aos portugueses sobre o [seu] dinheiro".
Quanto ao negócio do BPN, Diogo Leite de Campos levantou várias dúvidas: "Porquê 180 milhões de euros [valor mínimo estipulado pelo Governo para venda] e não 1.800 milhões de euros ou 18 milhões de euros?", perguntou, defendendo que "quando alguém está a gerir os dinheiros de outrem, e neste caso é o Governo que está a gerir os dinheiros dos portugueses, deve-lhes completa e total explicação, que não foi dada".
O vice-presidente do PSD afirmou que o Governo terá investido neste banco quatro mil milhões de euros -- apesar de "nunca ter explicado qual foi o investimento" -, o que configura "o maior investimento de sempre em Portugal, equivalente ao aeroporto de Lisboa, o que não é uma quantia que possa passar despercebida aos portugueses".
"Governo está a vender ao desbarato"
Por outro lado, os social-democratas consideram "desajustado misturar a privatização do BPN com a privatização das participações dos portugueses na Galp e na EDP, porque são necessariamente intuitos diferentes, maneiras de vender diferentes, aceitação dos mercados diferente".
Para Leite de Campos, "o Governo não tem plano estratégico, não sabe fazer as coisas e está a misturar tudo, da pior maneira para os portugueses".
"Se a participação numa sociedade estrangeira era estratégica [a da PT na Vivo], será que a participação dos portugueses na EDP, na Galp, não são mais estratégicas? Mais uma vez aqui, o governo revela o desnorte. Promete uma coisa, diz uma coisa, muda de ideias, faz outra", criticou.
Para o PSD, "este Governo está a vender ao desbarato os activos do Estado, por impulso do momento, com espírito liquidador de massa falida, sem saber porquê, nem como, sem plano estratégico, sem saber se esta é a boa altura, se não é".
O vice-presidente dos laranjas lembrou que o Estado "tem centenas de participações em diversas empresas", perguntando por que motivo o Governo não optou por "começar por essas, em vez de ter começado pela EDP e Galp".
Económico com Lusa  
05/08/10 18:10

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