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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Liev Nikolaievitch Tolstoi, nasceu a 28 de Agosto de 1828


Liev Nikolaievitch Tolstoi, genial escritor russo, nasceu em 1828 em Iasnaia Poliana. Filho de uma importante família ligada aos Czares, ficou órfão ainda criança. Freqüentou a Universidade de Kazan, onde estudou línguas orientais e direito. Em 1847, por herança, tornou-se senhor de vastas terras em Iasnaia-Poliana, daí porquê seja também conhecido por "Conde de Tolstoi". Depois de ter servido no exército, em 1856, viajou pela Europa visitando vários países, regressando então à sua terra natal para administrar suas terras e dedicar-se à literatura. Em 1861, voltou novamente a França para visitar seu irmão que se estava doente, aproveitando para se encontrar com Proudhon. Com uma vida pessoal cheia de conflitos e uma personalidade dividida, Tolstoi aproximou-se, gradualmente, de uma posição pacifista e anarquista, recusando toda forma de governo e poder. Na sua terra natal criou uma escola marcadamente libertária, próxima das experiências de Ferrer e da Escola Moderna, tendo pessoalmente escrito os livros usados nas salas de aula. Seus textos autobiográficos "A Minha Confissão" e "Qual é Minha Fé" foram apreendidos mas, mesmo assim, tiveram ampla difusão clandestina. Perseguido e excomungado pela Igreja, seus últimos anos são de engajamento social. Os escritos filosóficos influenciaram o aparecimento de comunidades e de uma corrente de anarquismo cristão, sobretudo em França, Holanda e EUA. Exerceu também, juntamente com Kropotkin e Thoreau, forte influência sobre um dos mais importantes pacifistas modernos: Gandhi, com quem chegou a manter correspondência. Faleceu em 1910.
Tolstoi, profundo pensador social e moral e um dois mais eminentes autores da narrativa realista de todos os tempos, depois das suas primeiras obras — entre outras, as autobiográficas "Infância" (1852) e "Contos de Sebastopol" (1855-1856), baseada em suas experiências na guerra da Criméia —, escreveu "Guerra e paz" (1865-1869) e "Anna Karenina" (1875-1877). Considerado um dos romances mais importantes da história da literatura universal e uma das obras-primas do realismo, "Guerra e paz" é uma visão épica da sociedade russa entre 1805 e 1815. Dela emana uma filosofia extremamente otimista, que atravessa os horrores da guerra e a consciência dos erros da humanidade.

Entre os romances breves de 
Tolstoi, o mais importante é "Anna Karenina", um dos melhores romances psicológicos da literatura moderna.

Em "Uma confissão" (1882), descreve sua crescente confusão espiritual e, após o eloqüente ensaio "Amo e criado" (1894), escreveu "Que é a arte?" (1898), no qual condena quase todas as formas de arte, incluindo as próprias obras. Defendeu uma arte inspirada na moral, na qual o artista comunicaria os sentimentos e a consciência religiosa do povo. A partir de então, escreveu numerosos contos breves, sendo o mais conhecido "A morte de Ivan Ilitch" (1886). Outras obras de destaque são: "A sonata de Kreutzer" (1889) e seu último romance, "Ressurreição" (1899).

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