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terça-feira, 31 de agosto de 2010

No dia 1 de Setembro de 1939, às primeiras horas da manhã, as tropas da Alemanha hitleriana passaram a fronteira da Polónia

No dia 1 de Setembro de 1939, às primeiras horas da manhã, as tropas da Alemanha hitleriana passaram a fronteira da Polónia, despoletando assim a II Guerra Mundial.

Os acontecimentos desse dia, vieram na sequência de um ano até ali cheio de movimentações e tomadas de posição que pareciam aproximar a Europa da guerra. Em 1938 a Inglaterra e a França, tentaram apaziguar Hitler, dando-lhe parte da Checoslováquia. Em Março de 1939, Hitler conclui o negócio ao ocupar a Morávia e a Boémia (actual República Checa).
A seguir à tomada desta parte da Europa, Hitler volta-se para a Polónia exigindo a devolução do chamado corredor de Danzig, que ligava a Polónia ao mar do norte, mas o objectivo de Hitler é claro: Varrer a Polónia do mapa.

A Inglaterra, entende então que não vale a pena continuar a apaziguar Hitler e que será necessário fazer-lhe frente. Avisa a Alemanha de que se entrar na Polónia isso implicará a guerra com a Inglaterra.

Hitler vacila. A Alemanha não está preparada para a guerra em 1939. A sua marinha não teria capacidade para fazer frente à Royal Navy e poderia repetir-se o problema da primeira guerra, com uma Alemanha isolada.

Em 21 de Agosto, numa reunião com os seus mais próximos colaboradores no entanto, fica demonstrado que os alemães estão convencidos de que a Inglaterra não entrará em guerra por causa da Polónia. Entre aqueles que afirmam isso, está o chefe da Luftwaffe, Hermann Goering.

Para explicar porque a Inglaterra e a França vão ficar quietas, afirma que os seus exércitos estão desactualizados e que as suas forças estão dispostas de forma defensiva. As forças aéreas não têm condições de defrontar a Luftwaffe.
Os líderes da Alemanha nazista, passam por cima do facto de a Grã Bretanha ter dados garantias explícitas à Polónia.

Nesse mesmo dia (15 de Agosto) são emitidas as ordens para a invasão da Polónia. O código é «Casa Branca I.Y –D = 26.8 –H = 4,30».
Mas nessa mesma noite, é emitida uma contra-ordem, suspendendo novamente a invasão, embora o movimento de tropas tenha começado. Quando a 31 de Agosto é recebida novamente a ordem de ataque, os generais aguardam até ao último momento que a ordem de atacar a Polónia seja cancelada.

Essa ordem, não chegará.

Em Berlim, às 09:00 da manhã do dia 1 de Setembro (um Domingo) o Rolls Royce do embaixador britânico para à frente da Wilhelmstrasse, a chancelaria do Reich. Do veículo sai o embaixador britânico para se encontrar com o ministro dos negócios estrangeiros Von Ribbentrop.

Von Ribbentrop informa Hitler da visita do embaixador britânico. Hitler fica lívido, e Goering estupefacto, afirma na altura: «… Se perdermos esta guerra, que Deus tenha piedade de nós!»
Contra todas as expectativas, as democracias ocidentais decidiram agir. A Grã Bretanha entregou à Alemanha um ultimatum, informando que ou as forças alemãs que entraram na Polónia voltam para trás, ou a Grã Bretanha declarará guerra à Alemanha.
O embaixador da França, entregou um ultimatum idêntico.

Muitos dirigentes alemães estão em pânico. 80% do exército está envolvido na invasão da Polónia. Se a ocidente a França atacar. Não há nada para impedir os franceses de tomarem toda a região a ocidente do rio Reno em poucos dias.

Mas a inacção da França e da Inglaterra vão jogar a favor da Alemanha. A declaração de guerra seguirá o seu caminho, mas os aliados ocidentais não se movem, e selam desta forma o destino da Polónia e o destino da Europa durante os seis anos seguintes.

O ataque à Polónia

O ataque à Polónia, efectuado pelas forças alemãs, leva o III Reich a movimentar 1.500.000 soldados. Às 04:45 começará a invasão.

A invasão começa com a criação de um falso incidente em que participam tropas das SS disfarçadas de militares polacos que rebentam a sua própria estação de rádio para criar um incidente e abrindo caminho à justificação da invasão.

A invasão decorre em três frentes. A sul em direcção a Cracóvia está o general List com o X e VIII exércitos, equipados com carros blindados. No centro-norte, o general Von Reichenau comanda um considerável numero de carros blindados. A norte, da Prússia e da Pomerânia, descem os exércitos de Von Bock e Von Kuchler.


O exército polaco, não está à altura da organização alemã. Como o exército francês, ainda se baseia nos cavalos como principal meio de locomoção. Toda a sua artilharia tem que ser rebocada por cavalos e a sua cavalaria ainda efectua cargas com sabres.
Chega a ocorrer uma carga de cavalos sobre os blindados alemães.

No entanto, não é correcto pensar que o exército polaco é todo ele equipado com armamento antigo. Os polacos dispõem de alguns blindados de fabrico próprio e artilharia relativamente moderna. O problema principal, é a absoluta incompatibilidade das suas tácticas com as tácticas alemãs que evitam entrar em confronto directo.

Quando a infantaria polaca ou os seus poucos tanques atacam de frente, os alemães fogem à luta, inflectem à direita ou à esquerda e prosseguem o avanço. Mais à frente encontrarão forças alemãs provenientes de outro sector e juntos cortarão os abastecimentos aos polacos que ficam assim cercados.

Grandes unidades polacas ficam assim cercadas nos primeiros dias e a 9 de Setembro já os alemães se encontram nas proximidades de Varsóvia. Uma bolsa de forças polacas tenta libertar-se mas não consegue. Antes que se completem 15 dias de guerra, a Polónia perdeu já 60.000 militares, e 130 canhões. Sete divisões polacas são aprisionadas.

O passeio alemão apenas para à entrada de Varsóvia. A 10 de Setembro os alemães já tentam entrar na cidade,que se encontra cercada e isolada dos principais corpos de exército polacos. Os alemães deparam-se com uma resistência meticulosa e organizada, mas como a resistência de Varsóvia depende do apoio que possa receber de outros sectores e o exército polaco está fraccionado, isolado e em muitos casos cercado, não consegue guarnecer as posições para a defesa da cidade.


A 17 de Setembro, cumprindo a clausula do pacto Germano-Soviético, a União Soviética ataca a Polónia, cuja fronteira tinha sido completamente abandonada pelas forças polacas que se dirigiram para ocidente para combater os alemães.

A 20 de Setembro, as tentativas polacas de aliviar a posição de Varsóvia fracassam. A sul, o X exército alemão faz mais 80.000 prisioneiros e captura 320 canhões e 130 aviões polacos, enquanto que o VIII exército captura mais 90.000 prisioneiros. Em apenas 20 dias a Polónia perdeu 250.000 homens e uma enorme quantidade de material.

Com estas vitórias, o destino de Varsóvia está selado. O governo abandona a cidade e estabelece-se a sul, junto à fronteira com a Roménia.

Hitler ordena que Varsóvia seja tomada, antes que os russos avancem demasiado para ocidente. A 25 de Setembro Varsóvia é atacada por ar, num dos primeiros grandes ataques aéreos da II Guerra Mundial. No dia 27 às 12:00 a cidade devastada, decide render-se. Mais 120.000 soldados polacos rendem-se aos alemães.



A resistência polaca ainda continuará por alguns dias na área que separa alemães de russos, mas toda a resistência será fútil. Sem qualquer apoio e sem meios para resistir o exército polaco é derrotado e os soldados rendem-se em todas as frentes.

Hitler declara: A Polónia deixou de existir.

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