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domingo, 15 de agosto de 2010

Takijiro Onishi, morreu a 16 de Agosto de 1945


Takijiro Onishi (2 de Junho, 1891–16 de Agosto, 1945) foi um almirante japonês conhecido como o pai da ideologia kamikaze. No início da Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial, ele foi o chefe da Divisão de Desenvolvimento de Aviação Naval do Ministério das Munições do Japão e responsável por alguns detalhes técnicos do ataque a Pearl Harbor em 1941, sob o comando geral do Almirante Isoroku Yamamoto. Onishi, entretanto, era contra o ataque, pois acreditava que causaria uma guerra em longa escala com um inimigo que tinha os recursos para obrigar o Japão a uma rendição incondicional.Após Outubro de 1944, tornou-se no comandante da Primeira Frota Aeronaval no norte das Filipinas. Enquanto lhe é dado crédito por ser o aconselhador e propagador da utilização da tática de ataques aéreos suicidas (Kamikaze) contra os porta-aviões Aliados, de facto, o projecto pré-datava o seu ...
cargo e ele era originalmente contra esta idéia. Com a derrota japonesa na Batalha das Ilhas Marianas em 1944, porém, Onishi alterou a sua posição e ordenou os ataques.
Takijiro Onishi cometeu seppuku nos seus aposentos em Tóquio em 16 de Agosto de 1945, um dia após o anúncio da rendição incondicional do Japão. Conformemente, Onishi não utilizou um kaishakunin - assistente encarregado de decepar a cabeça do suicida logo após ele rasgar o estômago com um punhal - em seu ritual de suicídio, e morreu do ferimento 15 horas após o ato.
Em sua carta de despedida, pedia desculpas aos pilotos os quais ele tinha enviado para a morte, e incitava todos os jovens civis que tinham sobrevivido à guerra a trabalharem de modo a reconstruir o Japão e defender a paz entre as nações.
Aproximadamente quatro mil soldados japoneses, na maioria estudantes universitários, morreram como pilotos kamikaze.
Kamikaze, piloto suicida!
Eram pilotos da força aérea japonesa que, na Segunda Guerra Mundial, deliberadamente chocavam seus aviões, repletos de bombas, geralmente em navios da marinha americana.
Os kamikaze eram freqüentemente estudantes universitários,motivados pela obrigação e gratidão pela família e pelo país. Eles se preparavam, realizando cerimônias, escrevendo poemas de despedida e recebendo um “cinto de mil pontos” (tecido no qual mil mulheres costuravam um ponto, como símbolo de solidariedade e apoio aos pilotos).
Uma vez determinado o alvo, o horário da missão e seus últimos detalhes técnicos, os pilotos kamikazes passavam por um ritual de despedida, sendo tratados como jovens deuses e tendo seus desejos materiais satisfeitos. Chegada a hora, cumpriam-se os derradeiros lances, muitas vezes com uma taça de sake e um cigarro; colocavam o hachimaki (pedaço de tecido para amarrar envolta da cabeça), um tipo de lenço que lembrava a antiga tradição de combate dos samurais e, em alguns casos, embainhando a espada, buscava-se a concentração e o autodomínio que a missão exigia. E então, em aviões, carregados com cerca de 250 quilos de bombas, eles partiam para a morte.
O conceito do kamikaze foi do Vice-Almirante Takijiro Onishi. Sentindo que a força aérea japonesa não podia mais competir, Takijiro propôs transformar os aviões em mísseis humanos. Os pilotos precisavam de um pequeno treinamento, sobre decolagens, mas não sobre pousos, e um avião bombardeio difícil de ser derrubado. Eles foram chamados de kamikaze, que significa “vento divino” (em consideração aos tufões que salvaram o Japão em 1274 e 1281, por rechaçar a invasão da frota de Kublai Khan). Estima-se que no total, mais de dois mil pilotos tenham atirado seus aviões contra alvos americanos. 

O mais efetivo ataque dos kamikaze foi na batalha de Okinawa. Mais de 300 naves mergulharam, ao mesmo tempo, sobre a frota aliada. Com final da Guerra, os kamikaze haviam afundado ou danificado mais de 300 navios americanos, totalizando 15.000 mortes. Diversos milhares de aviões kamikaze foram preparados para a invasão da ilha central do Japão, que nunca aconteceu. Ironicamente, o kamikaze e sua filosofia de sacrifício fatal, a obstinação japonesa em relação à desonra da rendição, foram algumas das razões que levaram o presidente Truman a decidir pelo uso da bomba atômica. 
Na noite da rendição japonesa, Takijiro Onishi cometeu suicídio, deixando um bilhete se desculpando pela morte dos pilotos, pois seu sacrifício havia sido em vão.

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