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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Walter George Durst, morreu a 24 de Agosto de 1997




WALTER GEORGE DURST

Walter George Durst nasceu em 15 de junho de 1922 em São Paulo, figura bonita, claro, de estatura mediana, sempre de óculos estava na Rádio TUPI, Emissora associada, quando da chegada da Televisão TUPI. Estudioso de cinema, idealizador do tipo de teleteatro que a emissora implantou e que ali reinou por muitos anos.
Associou-se ao Cassiano Gabus Mendes, que era o diretor artístico da televisão pioneira, e mais a Dionísio Azevedo, a Silas Roberg, a Álvaro de Moya, a Lima Duarte e aquele grupo é que se tornou responsável pela teledramaturgia da TV TUPI. Walter George Durst, sempre educado e de fala mansa, ao lado de Dionísio principalmente, fazia as adaptações dos grandes textos universais. E assim que lançavam ao ar as grande peças. Eram espetáculos de duas três horas de duração que iam ao ar à noite, dos domingos alternados. Foram montados textos clássicos, entre os quais textos de Skakespeare, Dostoiewsky, Ilsen, Pirandello, e até os brasileiros João Guimarães Rosa.
Uma ousadia atrás da outra, dada a exigüidade de tempo de ensaio e exigüidade de espaço nos estúdios. Mas o publico entendeu a proposta e respondia com audiência total. O "TV de Vanguarda" era programa obrigatório do público no domingo a noite. E ficou no ar por 16 anos consecutivos. Mas Walter George Duart, o intelectual, foi contratado pela Colgate-Palmolive e sob orientação de Glória Magadan adaptou dramalhões estrangeiros, o que resultou em muitas críticas contra ele. Walter George Durst, à época, já era casado com a atrix Bárbara Fázio e o casal teve dois filhos: Ella e Walter . Depois da TV TUPI, Durst esteve na TV Bandeirantes, onde dirigiu "Cacilda Becker". Foi para a TV Cultura, onde se destacou na criação do "Teatro 2" e do núcleo de teledramaturgia. Ligou-se também à cinema, que era sua paixão e escreveu e dirigiu alternadamente: "Toda a Vida em quinze minutos"; "A Carrocinha"; "O Sobrado"; "Paixão de Gancho".
Na televisão TUPI, à época escreveu: "O Pequeno Mundo de Dom Camilo"; "Cleópatra"; "O Sorriso de Helena"; "Gutiervitos, o Drama dos Humildes"; "Teresa"; "O Cara Suja"; "Olhos que Amei"; "A Outra"; "A Cor da sua Pele"; "Um Rosto Perdido"; "Meu Filho, Minha Vida". Por fim, foi para a TV Globo, já em meados de 1975. Estourou, ao assinar as novelas: "Gabriela" e "Mina", que lhe valeram dois prêmios APCA, seguidos, como o Melhor Autor de Novelas. Escreveu em seguida: "O Homem que veio do Céu"; "Carga Pesada"; "Obrigado Doutor"; "Terras do Sem -Fim"; "Anarquistas".
Foi depois para a TV Manchete e escreveu: "Tocaia Grande". E para o SBT, com: "Os Ossos do Barão". Foi quando foi abatido por um câncer e faleceu em 24 de agosto de 1997. Escreveu e trabalhou até o último dia de sua vida. Walter George Durst teve duas imensas paixões na vida: a teledramaturgia e a esposa Bárbara, que a seu lado esteve até os instantes finais. Morria ali um dos mais importantes da televisão brasileira. 

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