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terça-feira, 5 de outubro de 2010

6 de Outubro de 2008, o dia mais negro da crise económica

A crise nos mercados financeiros iniciada nos Estados Unidos alastra por todo o mundo, levando instituições bancárias à falência. Em Portugal, enquanto o Ministro das Finanças garante a segurança das poupanças depositadas nos bancos, a Bolsa de Lisboa regista a maior queda de sempre, num dia de pânico generalizado. Falta de coordenação à escala europeia coloca o maior desafio de sempre ao euro. A injecção de dinheiros públicos nos bancos mais depauperados multiplica-se por toda a Europa mas as Bolsas já não acreditam no poder dessas intervenções financeiras. O valor das empresas cotadas em bolsa é cada vez menor: 10 mil milhões de euros evaporam-se hoje na Bolsa de Lisboa. Só Amorim e Belmiro – dois dos homens mais ricos de Portugal - viram o seu capital accionista desvalorizado em 500 milhões. A crise financeira leva algumas empresas a não terem capacidade económica para pagarem a totalidade do ordenado aos seus trabalhadores. O aumento do custo de vida – a que não é alheio o preço elevado que atingiu o barril do petróleo e as altas taxas de juro dos empréstimos de dinheiro - leva as famílias a verem o seu orçamento cada vez mais reduzido. Muitas delas já não conseguem pagar o empréstimo à habitação, arriscando-se a ficar sem casa. A falta generalizada de dinheiro para adquirir produtos não essenciais, leva algumas empresas a suspender temporariamente a sua actividade produtiva. A Autoeuropa, por exemplo, anuncia que vai parar na próxima semana a produção de alguns modelos de viaturas por os mesmos não terem escoamento nos mercados internacionais. 
Fonte 1: Público (Edição de Lisboa) n.º 6764, de 07-10-2008, pp. 1-5

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