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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Paul Ludwig Hans Anton von Beneckendorff und von Hindenburg, mais conhecido como Paul von Hindenburg, nasceu a 2 de Outubro de 1847



Paul Ludwig Hans Anton von Beneckendorff und von Hindenburg, mais conhecido como Paul von Hindenburg, (Posen, 2 de outubro de 1847 — Neudeck, 2 de agosto de 1934) foi um marechal alemão, importante figura durante a Primeira Guerra Mundial. Foi também presidente da Alemanha de 12 de maio de 1925 a 2 de agosto de 1934. Em fins de 1932 foi convencido por Franz von Papen a chamar Adolf Hitler à chancelaria. O dirigível Hindenburg teve este nome em sua homenagem.Sendo educado na escola de cadetes de Berlim; entrou no exército prussiano em 1866, onde esteve cerca de 40 anos, servindo na Guerra das Sete Semanas e na Guerra Franco-Prussiana.No início da Primeira Guerra Mundial, em Agosto de 1914, já retirado da vida militar, aceitou comandar o 8º Exército Alemão na fronteira russa. Ele e o general Erich Ludendorff conseguiram uma estrondosa vitória sobre os russos na batalha de Tannenberg; nomeado marechal de campo em 1916, torna-se, com Ludendorff, responsável pela direcção de todas as forças alemãs. Em Março de 1917, Hindenburg estabeleceu um sistema de trincheiras através do Norte de ...
França, conhecido pelo nome de "Linha de Hindenburg", só ultrapassado pelos Aliados em Outubro de 1918.
Depois da guerra, retirou-se do exército pela segunda vez. Em 1920, nas suas memórias (Mein Leben, "Minha vida") explica que a derrota alemã na guerra teve origem numa revolução interna que pôs fim ao império alemão e estabeleceu a república em 1919.
Em 1925 foi eleito presidente da República e, apesar de pretender a unidade da Alemanha, promoveu os interesses dos junkers prussianos, isto é, a aristocracia terratenente. Em 1932 voltou a concorrer às eleições presidenciais como o único candidato capaz de derrotar o partido nazi de Adolf Hitler, o que veio a acontecer; contudo, em 30 de Janeiro de 1933, Hindenburg viria a nomear Hitler chanceler, a quem o Reichstag (Parlamento) viria a dar poderes ditatoriais; a partir de então, Hindenburg era uma simples figura decorativa no Governo germânico.
1919: Lenda da punhalada fomenta nazismo
A CPI ocupava-se com a questão da culpa pela Primeira Guerra, encerrada um ano antes, e o presidente da Alemanha, marechal-de-campo Paul von Hindenburg, defendia a teoria de que movimentos revolucionários na Alemanha teriam "apunhalado" o Exército pelas costas – um absurdo largamente aceito pela direita na época.
"Um general inglês disse, com justiça, que o Exército alemão foi apunhalado pelas costas." Esta foi uma das frases usadas por Von Hindenburg ao tentar se eximir, diante do Parlamento, de qualquer culpa pela derrota da Alemanha na Primeira Guerra. Nasceu ali a chamada "lenda da punhalada" que, 15 anos mais tarde, ajudaria os nazistas a tomar o poder.
O estopim do primeiro conflito mundial havia sido o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, por um nacionalista sérvio, a 28 de junho de 1914. Um mês depois, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Logo a Alemanha, a Rússia e a Inglaterra entraram no conflito. A invasão da Bélgica pelos alemães, que não tinham outra forma de atingir a França, foi pretexto para a entrada dos ingleses na guerra, que envolveu ainda muitos outros países.
O plano alemão de cercar rapidamente o Exército francês fracassou. Já em outubro de 1914, a guerra na Europa Ocidental passou a ser tática, com pesadas perdas para todos e praticamente sem alteração nas frentes de batalha até 1918.
O abastecimento piorou a tal ponto na Alemanha que 260 mil civis morreram de fome em 1917. O anúncio alemão de contrabloqueio por submarinos provocou a entrada dos Estados Unidos no conflito.
Em março de 1918, a Alemanha ainda forçou a Rússia a assinar um acordo de paz no Leste Europeu; em agosto, praticamente capitulou diante dos aliados na frente ocidental. Segundo anotações de um comandante da região de Flandres, milhares de soldados alemães e divisões inteiras de tanques estavam virando cinza.
Fome tirou entusiasmo pela guerra
Para antecipar-se a uma vitória das tropas aliadas no ocidente, o comandante geral Erich Ludendorff pediu um cessar-fogo imediato. Na Alemanha, a morte de civis famintos no inverno de 1917 quebrara o entusiasmo inicial pela guerra. Naquele ano, operários da indústria de armamentos entraram em greve em protesto contra a fome.
 Em julho, os partidos democráticos formaram uma comissão interpartidária e exigiram do governo imperial – sem sucesso – uma "paz de entendimento, sem anexação forçada de territórios".
No início de novembro de 1918, em meio às negociações do cessar-fogo, marinheiros em Kiel impediram a partida da frota da Marinha para um combate e, com essa insubmissão, desencadearam uma reação em cadeia na Alemanha.
Na disputa pelo poder, as forças democráticas, comunistas e nacionalistas derrubaram a monarquia. Os democratas saíram vitoriosos e foram legitimados, mais tarde, pela Assembléia Nacional Constituinte. O antigo regime entregou à comissão interpartidária o governo e o pesado fardo de aceitar um acordo de paz prejudicial, do ponto de vista da Alemanha.
Todos esses acontecimentos internos, que causaram a derrocada do antigo regime e o nascimento da democracia, serviram ao Comando Superior das Forças Armadas para desviar a atenção da própria culpa pela guerra.
O argumento de Von Hindenburg de que as forças revolucionárias teriam desmoralizado e apunhalado o Exército pelas costas, foi propagado por militares e políticos monarquistas, através de jornais conservadores e de extrema direita, e ganhou um teor explosivo subestimado pelos democratas.
A população, inicialmente castigada pelas reparações de guerra pagas pela Alemanha, sofreu as conseqüências do desemprego e da inflação, sem ter um esclarecimento amplo dos verdadeiros motivos da guerra. Os nazistas aproveitaram essas circunstâncias para difamar a democracia e chegar ao poder com promessas de salvação.
Uma curiosidade é que ele era descendente direto de Martinho Lutero.

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