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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Teresa de Leão, morreu a 11 de Novembro de 1130

Teresa de Leão

Teresa de Leão 
 nasceu em 1080 filha de uma relação entre Afonso VI, Rei de Leão e Castela, e Ximena Moniz, uma nobre castelhana que frequentava a corte e os aposentos do monarca.
Criada pela sua mãe e pelo seu avô, Teresa, filha bastarda do rei, acabaria por ser entregue em casamento pelo seu pai a Henrique de Borgonha, um nobre francês que por diversas vezes auxiliou Afonso VI na guerra da reconquista contra os mouros.
Como dote de casamento o rei oferece ao jovem casal (Teresa tinha 13 anos e Henrique 24) o Condado de Portucale, território compreendido entre os rios Minho e Vouga, que mais tarde, em 1096, seria ampliado até ao Tejo.
Da relação entre Teresa e Henrique nasceram vários filhos, mas o único varão sobrevivente foi Afonso Henrique, aquele que viria a ser o primeiro Rei de Portugal.
Em 1112, depois da morte do seu marido, Henrique de Borgonha, D. Teresa chama a si o governo do condado sob a forma de regência em nome do seu filho, apegando-se demasiado ao poder e chegando mesmo a auto-proclamar-se rainha.
Por essa altura D. Teresa vê-se na contingência de se defender dos ataques da sua meia-irmã D. Urraca, Rainha de Castela e Leão, que pretendia reclamar para si o Condado de Portucale.
As forças de Castela e Leão derrotaram facilmente o exército de D. Teresa que acabaria cercada no Castelo de Lanhoso. Pese embora a sua posição de inferioridade, e num golpe de génio, a regente conseguiu ainda negociar aquele que ficaria para a história como o Tratado de Lanhoso e através do qual garantiu a sua continuidade à frente do Condado de Portucale.
Passada esta crise D. Teresa volta a sua atenção para uma aliança com Fernão Peres, conde de Trava, um galego que também olhava para o condado com ambição expansionista.
Esta relação fez com que os nobres portugueses e o seu próprio filho, Afonso Henriques, se revoltassem contra D. Teresa, situação que se agravou quando esta se recusou a entregar o governo ao infante que atingira a maioridade.
Pouco tardaria então a guerra aberta entre Afonso Henriques e a sua mãe, D. Teresa, uma disputa que terminaria em 1128, com a batalha de São Mamede. Nessa refrega as forças de D. Henrique derrotam estrondosamente os homens de D. Teresa, obrigando-a a entregar definitivamente o governo ao filho.
A partir deste momento existem duas correntes de opinião em relação ao destino que teve D. Teresa.
Para alguns teria sido enclausurada pelo filho D. Afonso Henriques no Castelo de Lanhoso, onde viria a falecer em 1130.
No entanto, há quem defenda que após a derrota de São Mamede, D. Teresa, acompanhada pelo conde galego Fernão Peres, terá fugido para a Galiza, onde se exilou e onde acabaria por falecer em 1130.
Actualmente os restos de D. Teresa estão na Sé de Braga, onde descansam junto aos do seu marido Henrique de Borgonha.

É indiscutível a importância que esta mulher teve para a fundação de Portugal. Foi graças às suas acções que o pequeno Condado de Portucale resistiu durante anos ao assédio castelhano, criando e mantendo uma identidade que viria a resultar na independência e na criação de um novo país.

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