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sábado, 11 de dezembro de 2010

Antonio Carlos Zaratini, o Carlos Zara, morreu a 11 de Dezembro de 2002




Antonio Carlos Zaratini, o Carlos Zara, nasceu em Campinas, estado de São Paulo, em 14 de Fevereiro de 1930. Filho de Ricardo e Anita, tem um irmão, Ricardo. A infância dos meninos em Campinas foi maravilhosa: futebol, brincadeiras de rua, coisa muito saudável. Só aos dezoito anos Carlos veio para a capital paulista. É que queria fazer engenharia na capital, o que realmente fez. Estudou na Escola Politécnica e ali se formou.. Desde criança, porém, acompanhava o pai ao Teatro Municipal de Campinas. Era opereta, música de todo tipo. E isso era muito bom. Para se formar e melhorar sua receita, que era pouco o que o pai lhe mandava, Carlos Zara começou a dar aulas de matemática em vários colégios e cursos de madureza. Acompanhou, porém, o amigo André Pescarini, que estava trabalhando em teatro, e começou a fazer amizades. Conheceu Eni Autran, irmã de Paulo Autran. Logo ganhou um papel na peça “Fora da Barra”, em que fazia um padre. Conheceu a seguir Sergio Cardoso, Paulo Autran, Cacilda Becker, que eram as estrelas da época e com eles fez amizade. E, para grande felicidade, participou como engenheiro, da construção do Teatro Sergio Cardoso. Dividia-se então Carlos Zara em ser ator e ser engenheiro. Foi a época do grande Teatro Brasileiro de Comédia, o T.B.C. Ali trabalhavam Adolfo Celi, Ziembinsky, Bollini, e todos os principais nomes do cenário teatral. Zara estava entre eles. Entre as peças montadas na época salientam-se: “Panorama visto da ponte”, “Chá e simpatia”, “O comício, “Em moeda corrente do país”, e inúmeras outras. O jovem Zara, alto, loiro e bonito estava sempre no meio de tudo. E assim chegou a televisão. Inicialmente à Televisão Tupi, onde os grupos de teatro revesavam-se para a apresentação do “Grande Teatro Tupi”, que ia ao ar às segundas feiras, às 21 horas, sempre com um grande elenco. Dali Zara foi para a TV Record e lá implantou o “Tele-Teatro Record”, que fazia frente ao Grande Teatro Tupi. Seguindo ainda as pegadas do programa “Alô Doçura”, que fazia sucesso na televisão, Zara fez: “Papai, mamãe e eu”. Nessa emissora foram feitas coisas muito boas, como: “O idiota”, “O pagador de promessas”, “Chapéu cheio de chuva”, etc... Um pouco depois Zara foi para a TV Excelsior, sempre como ator e diretor. Foi uma época muito importante, pois houve a modernização da televisão. Ali fez “Duas vidas”, em que vivia o papel de Tiradentes, mas o que mais marcou foi: “Um certo Capitão Rodrigo”, adaptação do romance de Érico Veríssimo, e que foi um sucesso absoluto de público e de crítica. Zara ainda marcou por seu trabalho realizado no Sindicato dos Radialistas, onde foi um presidente muito firme e combativo. Um de seus principais trabalhos foi quando foi ator e diretor da primeira versão de “Mulheres de areia”. Nessa ocasião apaixonou-se pela grande atriz Eva Wilma, com quem casou-se e permanece casado até hoje. Depois Carlos Zara foi para a TV Globo. Ali fez: “Pai Herói”, e inúmeras outras novelas. Trabalhou também em cinema, onde fez vários filmes, entre os quais: “Prá frente Brasil”, de Roberto Farias. E também fez teatro, sempre com muito sucesso. Atualmente tem um papel fixo no seriado “Mulheres”, que é considerado um programa dos mais importantes da televisão brasileira. O que marca Carlos Zara, porém, para quem com ele convive, é sua alegria, sua gratidão por tudo que tem, por tudo que fez e faz. Durante todo o seu depoimento, a palavra que ele mais usou foi “maravilhoso”, ou “maravilhosa”, para se referir aos seus colegas, aos seus amigos, a sua família, a sua mulher, às fases de sua vida. Carlos Zara, porém, é que é uma pessoa “maravilhosa”, admirado por todos aqueles que o conhecem. 

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