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sábado, 8 de janeiro de 2011

William Carr Beresford, morreu a 8 de Janeiro de 1854


William Carr Beresford,
marquês de Campo Maior, nasceu na Irlanda em 1768, tendo servido como militar na Nova Escócia e participado em várias campanhas em França, especialmente no célebre cerco da cidade de Toulon, em 1793, que o então jovem capitão Napoleão conseguiu romper com audácia e tiros de canhão.


Mais tarde Beresford esteve também no Egipto e na Índia, tendo comandado as tropas que conquistaram a cidade de Buenos Aires mas perdeu de seguida e foi feito prisioneiro.
Em 1807, era já governador da Madeira, no âmbito da cooperação anglo-portuguesa, para impedir que os franceses se instalassem naquele arquipélago. Em Agosto do ano seguinte vem para Lisboa sendo nomeado comandante da Capital após a batalha do Vimeiro.


No ano seguinte é lhe encomendada a difícil missão de defender a rectaguarda contra as tropas de Soult, que já tinham chegado ao Porto, depois de passarem por Chaves, Montalegre, Póvoa de Lanhoso e Braga.


A forma eficiente como desempenhou essa missão, em estreita colaboração com as tropas portuguesas, como braço direito de Arthur Wellesley. Além de afastar as tropas francesas, mesmo com encarniçadas batalhas — como aconteceu em Amarante — e golpes de genialidade, como a travessia do rio Douro, Beresford é hoje unanimemente considerado o verdadeiro reorganizador do exército português, dando-lhe a eficiência notável que se evidenciou sobretudo na batalha do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810.


No âmbito da campanha de expulsou das tropas francesas da Península Ibé-rica, encetada por Wellesley, o marechal Beresford é ferido na batalha de Salamanca e vê-se obrigado a regressar a Inglaterra, diluindo-se a sua importância no seio do exército português onde a sua promoção a Marechal-General tinha causado algumas invejas e atritos com oficiais mais antigos.


Beresford — ao contrário do inacessível Wellesley — desempenhou nas frentes de batalha um importantíssimo papel militar dado o acompanhamento próximo das forças portuguesas, nas suas relações com as inglesas.


O dramatismo da fuga de Soult por terras do Minho, sobretudo na ponte de Misarela, em direcção à Galiza, não foi ainda maior devido a uma pequena indecisão de Beresford em Rui-vães.


Esta indecisão acabou por dar um dia de vantagem às tropas francesas em fuga que foi vital para a salvação de milhares de soldados, apesar de terem perdido centenas de cavalos e pe-ças de artilharia, deixando para trás os despojos do saque feito em terras minhotas. O nome de Beresford fica também ligado à reconquista de Campo Maior, durante a terceira invasão, embora a mais célebre das suas vitórias tinha acontecido em Albuera.


Após a guerra Peninsular, Beresford assumiu as funções de generalíssimo do exército português mas a morte — por assassínio — do general português Gomes Freire de Andrade — marca a sua carreira. Ainda hoje se percebe mal qual foi a participação neste processo em que se viu envolvido.


Para o futuro ficava um conjunto de princípios que marcam a reorganização do exército português.


Ele foi o pioneiro de um conjunto de procedimentos que contribuíram para fazer das tropas portuguesas um dos corpos militares mais apreciados no mundo, à semelhança da eficácia britânica.

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