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terça-feira, 1 de março de 2011

Professores vão encher o Campo Pequeno (12 de Março)




Professores vão encher o Campo Pequeno

As organizações que integram a Plataforma de Sindicatos de Professores reuniram e concluíram que, nunca como hoje, foram tantas e tão fortes as razões para os professores se unirem, mobilizarem e, em 12 de Março, uma vez mais, manifestarem a sua indignação e exigência.

Sem política definida que não seja a que lhes é imposta pelo Ministério das Finanças, os responsáveis do ME limitam-se a anunciar medidas umas atrás das outras, cada qual mais gravosa do que a anterior, procurando atingir os seus objectivos economicistas à custa do emprego, dos salários e da estabilidade dos docentes; à custa da organização e do funcionamento das escolas; à custa da qualidade do ensino!

É neste contexto que professores e educadores vão encher o Campo Pequeno, em 12 de Março, deixando claro que estão CONTRA…

…a vaga de desemprego anunciada para Setembro;

…o roubo nos salários;

…a crescente precariedade e instabilidade;

…o congelamento das carreiras;

…a não realização de concurso em 2011;

…a não suspensão do actual regime de avaliação;

…as quotas na avaliação – a consideração da avaliação nos concursos;

…o fim das reduções de componente lectiva para o desempenho de cargos;

…a eliminação das horas de componente de trabalho individual;

…a contínua degradação dos horários de trabalho;

…a eliminação e/ou profunda redução das horas para o desempenho de cargos de coordenação;

…a fortíssima redução de assessorias e adjuntos na gestão das escolas;

…a redução ainda maior dos orçamentos das escolas;

…a imposição de absurdos mega-agrupamentos e suas consequências;

…o regime de educação especial que afasta apoios a milhares de alunos com necessidades educativas especiais;

…as ilegalidades (despedimentos, alteração de horário e redução salarial) impostas pelos patrões do ensino privado;

…a eliminação do par pedagógico na educação visual e tecnológica;

…o fim, na prática, do desporto escolar;

…o fim, na prática, do estudo acompanhado;

…o fim da área projecto;

…a extinção prevista para Setembro, de todos os projectos desenvolvidos pelas escolas de promoção do sucesso e combate ao abandono escolar;

…a degradação das condições de exercício de cargos nas escolas;

…a transferência da contratação nos “TEIP” do orçamento de estado para fundos comunitários, bem como do ensino profissional nas escolas públicas;

…a alteração das condições de exercício da função de professor bibliotecário;

…a imposição de um calendário de exames que inviabiliza o gozo pleno de férias a milhares de docentes;

…as brutais reduções salariais impostas aos docentes ensino português no estrangeiro;

…a alteração do horário nocturno das escolas;

…a alteração do conceito e do cálculo do valor da hora lectiva extraordinária;

…os recibos verdes ilegais impostos aos docentes das “AEC”;

…as ilegalidades impostas na carreira: “ultrapassagens”, “paralisação” por ausência de legislação, entre outras;

…a falta de formação contínua gratuita;

…a progressiva fragilização dos apoios sociais aos estudantes e às suas famílias;

…a falta de trabalhadores não docentes nas escolas;

…a ausência de medidas que reforcem a autoridade do professor na escola;

…a falta de medidas preventivas à proliferação da indisciplina na escola;

…a ausência de negociação efectiva;

…a falta de política educativa!
Em suma, em 12 de Março, os professores e educadores estarão em luta na defesa da Qualidade na Educação e no Ensino, das condições de trabalho nas escolas, do emprego, dos salários, dos direitos e, de uma forma geral, da Escola Pública.

Nunca, como hoje, foram tantas e tão graves as medidas impostas às escolas e aos professores. Nunca, como hoje, a Escola Pública foi tão posta em causa. Nunca, como hoje, a Educação de qualidade correu tantos riscos. Nunca, como hoje, os professores e educadores foram tão atacados nos seus direitos, na sua carreira, nos seus salários, na sua profissionalidade. Por estas razões, a contestação sente-se cada vez mais forte nas escolas, sendo certo que, em 12 de Março, se traduzirá num primeiro momento de regresso à rua de milhares de docentes que, após o plenário no Campo Pequeno, se dirigirão para o Ministério da Educação, manifestando-se aí contra estas medidas, estas políticas e os políticas que as decidem e aplicam!

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