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sábado, 2 de agosto de 2014

O que eles disseram sobre a crise do BES!

Carlos Bosta o dono do dinheiro

«Em qualquer caso, é desejável que um accionista ou dois accionistas importantes mostrem interesse pelo banco, entrem no banco e reforcem o seu capital, mesmo que as contingências de risco se limitem ao mínimo. (...) O BES possui uma almofada de capital suficiente para acomodar possíveis impactos negativos, resultantes da exposição ao braço não financeiro do GES, sem comprometer o cumprimento dos racios mínimos de capital. Importa salientar que o Banco de Portugal não antecipa um impacto relativo relevante, na posição de capital do BES, resultante da situação da filial do BES Angola. (...) Foi identificada no final de Novembro de 2013 uma situação patrimonial grave, nas contas individuais da Espírito Santo International, a ESI, causada por um inusitado acréscimo de materialidade muito significativa do respectivo passivo financeiro. (...) Não conheço nenhuma instituição de supervisão europeia que tenha levado o nível de supervisão intrusiva ao ponto de ir inspeccionar as contas de clientes dos bancos.»

Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal (18 Julho 2014)

Passos Coelho e a seriedade do 1º ministro

«Não há nenhuma razão que aponte para que haja uma necessidade de intervenção do Estado num banco que tem capitais próprios sólidos, que apresenta uma margem confortável para fazer face a todas as contingências, mesmo que elas se revelem absolutamente adversas, o que não acontecerá com certeza. (...) A exposição que o banco tem ao Grupo Espírito Santo é hoje conhecida com detalhe, mas não implica a perda dos direitos que existem do banco sobre o grupo. (...) Os contribuintes portugueses não serão chamados a suportar perdas privadas, (...) [são os privados que] têm de suportar as consequências dos maus negócios que fazem. (...) [Os investidores] sabem que o Estado não intervém para, por exemplo, minimizar as perdas que possam estar associadas a maus investimentos, a más decisões, a maus projetos, a intenções que se revelam enviesadas face àquilo que são as regras de mercado.»

Pedro Passos Coelho, Primeiro-ministro de Portugal (11 Julho 2014)

Cavaco Silva e a chapelado do costume

«O Banco de Portugal tem sido peremptório e categórico a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo dado que as folgas de capital são mais que suficientes para cumprir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa. E eu, de acordo com a própria informação que tenho, do Banco de Portugal, considero que a actuação do banco e do governador, tem sido muito correcta. (...) Haverá sempre alguns efeitos, mas que eu penso não vêm do lado do banco, vêm da área não financeira. Se alguns cidadãos e investidores vierem a suportar perdas significativas podem adiar decisões de investimento ou mesmo alguns deles podem vir a encontrar-se em dificuldades muito fortes. Por isso, não podemos ignorar que algum efeito pode vir para a economia real, por exemplo em relação àqueles que fizeram aplicações em partes internacionais do grupo, que estão separadas do próprio banco em Portugal.»

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa (21 Julho 2014)

O que se preparam fazer!

«O Estado vai entrar no capital do BES, avançaram esta sexta-feira à noite a SIC e a TVI. A estação de Queluz diz que fontes oficiais do Governo confirmam que o modelo encontrado para resolver rapidamente o problema do BES passa pela entrada de dinheiro público no banco. A estação de Carnaxide acrescenta ainda que a decisão vai ser comunicada já no próximo domingo à noite. (...) A entrada do Estado no capital do BES "deverá ser feita por duas vias: uma entrada directa através da subscrição de acções pelo Estado português e um empréstimo em regime de capital contingente. Este regime consiste em obrigações que serão convertíveis em acções se não forem pagas no final do prazo previsto", destaca a SIC.» (Jornal de Negócios, SIC e TVI: Estado vai entrar no capital do Banco Espírito Santo).

É esta a gente que nos governa! Que mais nos espera? 

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