Outubro de 2104. Três semanas depois de ter garantido, no Parlamento, que nenhum professor iria ser «prejudicado» pelos erros do Ministério da Educação, decorrentes do catastrófico processo de colocação de docentes contratados, o ministro da Educação regressa à Casa da Democracia para explicar que nunca afirmara o que todos os deputados, jornalistas e professores tinham entendido na altura. Para tal, Nuno Crato socorre-se de uma acrobacia semântica pueril, assente numa patética e chico-esperta nuance verbal: «Eu disse os professores mantêm-se. Não disse manter-se-ão». Não se trata apenas - e não seria pouco para que se demitisse - de um profundo desrespeito para com a vida dos docentes e suas famílias, que se converteram assim em vítimas da incompetência do ministro e das trapalhadas da sua equipa. Trata-se também da confirmação de um padrão no que concerne ao significado do conceito de «compromisso» para Nuno Crato, ministro de um governo que - verdade seja dita - tem demonstrando de forma profusa um entendimento irrevogavelmente peculiar do «valor da palavra».
Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
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quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Nuno Crato (acaba como começou e pelo meio, só merda sobre merda)
Outubro de 2104. Três semanas depois de ter garantido, no Parlamento, que nenhum professor iria ser «prejudicado» pelos erros do Ministério da Educação, decorrentes do catastrófico processo de colocação de docentes contratados, o ministro da Educação regressa à Casa da Democracia para explicar que nunca afirmara o que todos os deputados, jornalistas e professores tinham entendido na altura. Para tal, Nuno Crato socorre-se de uma acrobacia semântica pueril, assente numa patética e chico-esperta nuance verbal: «Eu disse os professores mantêm-se. Não disse manter-se-ão». Não se trata apenas - e não seria pouco para que se demitisse - de um profundo desrespeito para com a vida dos docentes e suas famílias, que se converteram assim em vítimas da incompetência do ministro e das trapalhadas da sua equipa. Trata-se também da confirmação de um padrão no que concerne ao significado do conceito de «compromisso» para Nuno Crato, ministro de um governo que - verdade seja dita - tem demonstrando de forma profusa um entendimento irrevogavelmente peculiar do «valor da palavra».
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