A 23 de Março de 1962 – Luto académico nas Universidades de Lisboa e Coimbra, que se prolongará até Maio, em protesto pela proibição do Dia do Estudante.

Luta dos Estudantes em Lisboa e Coimbra em 1962

Há 53 anos, os estudantes das Universidades de Lisboa e Coimbra decretaram o Luto Académico, que se prolongará até Maio, em protesto pela proibição da comemoração do Dia do Estudante.
Às reivindicações dos estudantes de Lisboa, Porto e Coimbra por melhores condições nas universidades, o regime respondia com processos disciplinares e os jovens retaliaram com greve às aulas e escolhendo o 24 de Março de 1962 para assinalar o Dia Nacional do Estudante. Porém o governo proibiu a comemoração e os estudantes decretaram no dia 23 de Março o Luto Académico.
No dia 24 de Março os estudantes desafiaram a proibição e saíram à rua. A insolência valeu-lhes a a repressão policial, sendo alguns alunos espancados e detidos. Marcelo Caetano, então reitor da Universidade de Lisboa, acalma os ânimos marcando nova data para o Dia do Estudante, que volta a ser proibida pelo Governo.
Face à proibição governamental regressa o luto académico e as ondas de choque chegam a Coimbra. Jorge Sampaio, que era o secretário-geral da Reunião Inter-Associações foi preso e passou três dias em Caxias.