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quarta-feira, 11 de março de 2015

Astor Pantaleón Piazzolla nasceu em Mar del Plata/Argentina a 11 de março de 1921



Astor Pantaleón Piazzolla nasceu em Mar del Plata/Argentina a 11 de março de 1921 e morreu em Buenos Aires a 5 de julho de 1992.
Astor Piazzolla era filho dos imigrantes italianos Vicente Piazzolla e Asunta Manetti, foi um acordeonista e compositor argentino.
Aos quatro anos foi com a sua família viver em Nova York em busca de melhores condições de vida.
Neste período nos EUA tornou-se fluente em espanhol, inglês, italiano e francês e iniciou o seu interesse pela música.
Em 1929, com 8 anos, o pai deu-lhe o seu primeiro acordeão e, em 1933, começou a receber aulas de piano com Bela Wilde, um pianista húngaro discípulo de Serguéi Rachmaninov.
Em Nova York conheceu o cantor argentino de tango Carlos Gardel, enquanto este estava na cidade para rodar o filme “El día que me quieras”, onde actuou como um garoto entregador de jornais.
Foi o compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX e estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger.
Na sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o acordeonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.
Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos.
Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do jazz na sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.
Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de facto tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires.
Para os seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da capital argentina.
Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gravado com Gary Burton, Tom Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.
Entre seus mais destacados parceiros na Argentina estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.
Algumas de suas composições mais famosas são Libertango e Adiós Nonino.
Libertango é uma das mais conhecidas, sendo que esta e constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.
Em 1973, teve algumas músicas usadas como banda sonora do filme “Toda a Nudez Será Castigada”, dirigido por Arnaldo Jabor e adaptado da peça homónima de Nélson Rodrigues.
A principal delas foi Fuga nº 9, do disco Música contemporanea de la Ciudad de Buenos Aires, Vol 1 (1971).
Por conta disso, Piazzolla ganhou uma Menção Especial do Júri, como melhor banda musical, no Festival de Gramado do mesmo ano.
A canção Adiós Nonino, outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem ao seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente “Nonino” Piazzolla em 1959.
Após vinte anos, Astor Piazzola diria “Talvez eu estivesse rodeado de anjos. Foi a mais bela melodia que escrevi e não sei se alguma vez farei melhor.”
Por muito tempo recusou escrever ou colocar uma letra na sua grande obra-prima, porém, aceitou a proposta da cantora argentina Eladia Blázquez, que lhe apresentou um poema que havia escrito sob a versão musical, e ele, comovido, concordou.
Resta referir que Eladia renunciou a quaisquer direitos de autor que podia reclamar, enaltecendo ainda mais esta grande obra do tango.
Nos seus últimos anos, Piazzolla preferiu apresentar-se em concertos como solista acompanhado por uma orquestra sinfônica com uma ou outra apresentação com seu quinteto.
Foi assim que percorreu o mundo e ampliou a magnitude de seu público em cada continente pelo bem e a glória da música de Buenos Aires.
Astor Piazzolla faleceu em Buenos Aires no dia 4 de julho de 1992, mas deixou como legado sua inestimável obra - que abrange uns cinquenta discos - e a enorme influência de seu estilo.
Na verdade, a produção cultural sobre Piazzolla parece não ter fim: se estende ao cinema e ao teatro, é constantemente reeditada pelas discográficas e ganha vida na Fundación Piazzolla, liderada por sua viúva, Laura Escalada.


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