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segunda-feira, 16 de março de 2015

Augusto António do Carmo Cabrita nasceu no Barreiro a 16 de Março de 1923



Augusto António do Carmo Cabrita nasceu no Barreiro a 16 de Março de 1923 e “a sua grandeza como homem e artista fundem-se, nesta terra, com a familiaridade das palavras e dos gestos quotidianamente trocados, expressão de uma ternura e atenção constantes”.
Adoeceu gravemente em 1985, com uma infecção bacteriana anaeróbia.
Recomeçou a trabalhar em 1988, e veio a falecer em Lisboa (Hospital da CUF) a 01 de Fevereiro de 1993. Foi no Barreiro que fez os seus estudos primários e secundários, e aí se iniciou em desportos como o remo e a natação (Clube Naval).
Aos 13 anos começou o seu interesse pela fotografia. Teve o seu primeiro emprego no escritório da Grande Garagem do Sul, pertencente à família.
Autodidacta em fotografia, começou também a tocar de ouvido, piano e um pouco mais tarde acordeão e celesta. A música, tal como a fotografia, era uma das suas grandes paixões. A frequência dos estúdios e salas da Valentim de Carvalho em Lisboa permitiu-lhe praticar intensamente piano, e estabelecer fortes relações de amizade com os directores da empresa.
No final dos anos 40 marcou presença em exposições e concursos nacionais e internacionais de fotografia, onde ganhou várias altas distinções como o Prémio Rizzoli (fotografia publicitária), Itália.
Em 1956 inaugurou na Rua Dr. Eusébio Leão (Barreiro) um estúdio de fotografia. Nesse mesmo ano casou com D. Maria Manuela Peixinho de quem teve três filhos (Maria Manuela, Augusto António e Luisa Maria).
Acompanhou ao piano as cançonetistas Lina Maria e a sua conterrânea Maria de Lurdes Resende.
Fez capas para discos de Amália Rodrigues, Carlos Paredes, Luís de Gois, Maria Barroso (poemas), Simone de Oliveira, etc.
Fotógrafo e cineasta, foi delegado da Associação Internacional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos, membro de júris nacionais e internacionais, fotojornalista do jornal O Século e das revistas Eva, Flama, Século Ilustrado e em revistas da especialidade um pouco por todo o mundo.
No campo editorial lançou vários títulos sobre escultura, pintura, fotografia e teatro.
Foram, porém, os trabalhos para a TV e para o Cinema que deram firme personalidade à sua carreira, “à máquina fotográfica, que sempre o acompanhava onde quer que estivesse, juntou-se pois a câmara”.
A sua lista de curtas metragens e de reportagens para a RTP ultrapassa as 650.
Foi operador, director de fotografia, realizador e até produtor, porém sem jamais abdicar do que mais gostava de ser - um repórter, um olheiro dos acontecimentos, um historiador da actualidade.
A sua estreia no cinema foi como diretor de fotografia do filme Belarmino, que retrata um jogador de boxe português, Balarmino Fragoso.
Tem o seu nome numa escola secundária e no auditório municipal do Barreiro, cidade onde ainda se encontra o seu estúdio, ainda operado pelo seu filho, Augusto Cabrita Junior.

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