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sexta-feira, 13 de março de 2015

Ilídio Esteves nasceu no concelho de Estarreja, a 3 de junho de 1924 e morreu em Oeiras a 13 de março de 2013



Ilídio Esteves nasceu no concelho de Estarreja, a 3 de junho de 1924 e morreu em Oeiras a 13 de março de 2013, foi em destacado membro do PCP, que dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português.
Ilídio Esteves foi membro do MUD Juvenil desde a sua fundação, entrando para o Partido em 1953, ano em que sofre a sua primeira prisão. Em 1954 entra para o quadro de funcionários do PCP.
«Um destacado membro do PCP, que dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português. Uma vida dedicada à luta contra o fascismo, pela liberdade, pela democracia, o socialismo e o comunismo.»
É desta forma que o Secretariado do Comité Central do PCP lembrou Ilídio Dias Esteves, quando do seu falecimento.
A 6 de Fevereiro de 1961 foi novamente preso, alcançando a liberdade a 4 de Dezembro desse mesmo ano, sendo um dos participantes da célebre fuga de Caxias, que envolveu outros destacados militantes comunistas.
A 6 de Outubro de 1965 voltou a ser preso, tendo sido libertado a 13 de Outubro de 1972.
Eleito membro suplente do Comité Central em 1965, passa a membro efectivo no VIII Congresso do PCP, realizado em 1976. Após o 25 de Abril foi membro da DORL e da DORAL do PCP, tendo nos últimos 25 anos desempenhado tarefas em organismos junto do Comité Central.
O Secretariado do CC também lembrou sua modéstia e discrição, salientando igualmente as «recordações de uma vida de dedicação e de exemplo de resistência ao fascismo, de luta pela liberdade e a democracia, um exemplo de coragem e firmeza na luta ao serviço da classe operária, dos trabalhadores, do povo e dos interesses nacionais».
Ilídio Esteves, foi um militante histórico do PCP, foi protagonista da fuga da prisão de Caxias em 1961 no carro blindado de Salazar.
Como militante e dirigente na clandestinidade, Ilídio Esteves foi responsável pela instalação de várias casas clandestinas, com a sua mulher, Albertina Esteves.
Ilídio Esteves também integrou a Direcção da Organização Regional de Lisboa e a Direcção da Organização Regional do Algarve.
Na fuga de 4 de Dezembro de 1961 fugiram do reduto norte do forte-prisão de Caxias, no carro blindado que tinha sido utilizado ao serviço de Salazar os militantes e dirigentes comunistas José Magro, Francisco Miguel, Domingos Abrantes, António Gervásio, Guilherme de Carvalho, Ilídio Esteves, Rolando Verdial e António Tereso (que conduziu o carro).
No funeral de Ilídio Esteves, o PCP esteve representado pelo secretário-geral, Jerónimo de Sousa, Francisco Lopes e por militantes destacados como Jaime Serra .
Referindo o artigo “Abrir uma fenda na muralha” a propósito da fuga de Caxias, refiro:
“Para Ilídio Esteves, há que destacar o papel de António Tereso, que «revelou um talento especial: fingir sentimentos que não tinha e ocultar sentimentos que tinha». Mas, destacou, a própria «descoberta do camarada Tereso e a sua aparente conversão em “rachado” nasce da discussão tida na direcção da organização prisional». E a ideia de o colocar na sala dos trabalhos nasce de um funcionário clandestino, o José Magro, acentuou”
“E esta organização, realçou, funcionava apesar dos carcereiros tudo fazerem para impedir e dificultar a organização do Partido no interior. Frequentemente, alteravam a composição das salas, lembra-se Ilídio Esteves. Mas nem isso impediu a fuga, pois as comunicações entre os comunistas na prisão eram frequentes e eficazes”
“Entre as preocupações dos comunistas quando eram presos, Ilídio Esteves realça uma, pouco referida: «aproveitar o tempo valorizando-nos». Assim, contou, «muitos camaradas camponeses e analfabetos saíam da prisão sabendo ler e muitos deles com condições para tirar a instrução primária». Um camponês do Couço, que conheceu, aprendeu a ler na prisão e chegou mesmo a tirar um curso superior”

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