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quinta-feira, 19 de março de 2015

Manuel Ribeiro de Pavia nasceu em Pavia/Mora a 19 de Março de 1907



Manuel Ribeiro de Pavia nasceu em Pavia/Mora a 19 de Março de 1907 e morreu em Lisboa, 19 de Março de 1957 foi um pintor e ilustrador português, neo-realista.
É especialmente conhecido como ilustrador, domínio onde exerceu influência determinante nas modernas artes gráficas portuguesas, quer através de capas, quer de ilustrações que realizou para obras de escritores seus contemporâneos.
Participou nas Exposições Gerais de Artes Plásticas, entre 1946 e 1953 (1946-1956), na Exposição dos Modernos Gravadores Portugueses (Galeria de Artes e Letras 1955) e na Exposição de Gravura Portuguesa (Pórtico, 1956).
Em 1950 publicou um conjunto de quinze desenhos denominado Líricas, acompanhados de um texto escrito por José Gomes Ferreira.
Em 1952, deu uma entrevista ao jornal Ler.
Ilustrou a novela "Senhor e Servo" de Leão Tolstoi, trad. José Marinho, Ed. Inquérito, Lisboa 1958.
Intervenção azulejar no "Bloco do Sol", no Lobito, projecto do arquitecto Francisco Castro Rodrigues.
Morreu em 19 de Março de 1957 - precisamente no dia em completava 50 anos - no seu quarto-atelier, numa pensão na Rua Bernardim Ribeiro em Lisboa.
Eugénio de Andrade, que o conhecia bem, em Os Afluentes do Silêncio, falou dele:
"Esta morte, assim sem mais nem menos, que um amigo me comunica, entala-se-me na garganta. «Morreu o Manuel Ribeiro de Pavia. Levou-o uma pneumonia que o foi encontrar depauperado por uma vida quase de miséria. Passava fome! Tinha uma única camisa! Não pagava o quarto há imenso tempo! E nós a falarmos-lhe de poesia...»
Assim é: passava realmente fome. Todos nós o sabíamos. E ele a falar-nos de pintura, de poesia, da dignificação da vida. É justamente nisto que residia a sua grandeza. Não falava da sua fome - de que, feitas bem as contas, veio a morrer. A fome não consta de nenhum epitáfio. ..."
Em Maio de 1957, a revista Vértice publicou um número especial com depoimentos de intelectuais que é um vivo testemunho da sua actividade na vida artística portuguesa.
Em 1958, um grupo de amigos do artista realizou, na Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA), em Lisboa, a única retrospectiva da sua obra.
Em Abril de 1976, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), foi apresentada, no Mercado Popular do Livro e do Disco, uma exposição documental sobre a sua obra, que posteriormente foi exibida em várias cidades do país.
Na localidade onde nasceu (Pavia), foi criada a Casa Museu Manuel Ribeiro de Pavia.
Em 16 de Agosto de 2007, o jornal Avante, órgão central do PCP, divulgou “O pintor que projectou o Alentejo para as artes”, Divulgar a obra de Manuel Ribeiro de Pavia, onde refere:
“Manuel Ribeiro de Pavia, pintor neo-realista nascido em Pavia, é alvo, este ano (2007), das comemorações do centenário do seu nascimento, com um vasto programa de iniciativas da responsabilidade da Câmara de Mora e da Junta de Freguesia de Pavia.
“A Comissão de Honra das comemorações do centenário do nascimento do pintor Manuel Ribeiro de Pavia integra os pintores Querubim Lapa, João Abel Manta, Rogério Ribeiro e Júlio Resende, o designer Jorge Silva, os autores do livro alusivo José Luís Porfírio e João Paulo Cotrim e o professor António Borges Coelho, além de entidades como a AMDE – Municípios de Évora e Casa do Alentejo, em Lisboa.
“O vasto programa que assinala, este ano, o nascimento do pintor alentejano, responsável por alguns ícones como as ceifeiras, iniciou-se no dia 19 de Março, na Casa-Museu do pintor, em Pavia, com a apresentação do programa oficial, inauguração de um painel de azulejos sobre uma das suas obras e o início da colocação de telas (2x3 metros) com ilustrações e pinturas representativas nos municípios do Alentejo e instituições aderentes. Em Junho foi ainda apresentado um site dedicado ao pintor.
“Para o mês que vêm está previsto a inclusão do centenário do nascimento do autor no programa pedagógico da escola EB 2,3 de Mora. O programa inclui ainda, para Outubro, uma exposição itinerante em Mora, para a divulgação da obra de Manuel Ribeiro de Pavia junto de escolas e outros espaços públicos. Seguir-se-á a criação de um prémio de pintura «Pintar Pavia», a ter lugar de dois em dois anos e a realização de uma conferência sobre a vida e obra do autor”

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