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sábado, 28 de março de 2015

Máximo Gorki, pseudónimo de Aleksei Maksimovich Peshkov nasceu em Nijni Nóvgorod/Rússia a 28 de março de 1868



Máximo Gorki, pseudónimo de Aleksei Maksimovich Peshkov nasceu em Nijni Nóvgorod/Rússia a 28 de março de 1868 e morreu em Moscovo a 18 de junho de 1936, foi um escritor, romancista, dramaturgo, contista e ativista político russo.
Gorki foi escritor de escola naturalista que formou uma espécie de ponte entre as gerações de Tchekhov e Tolstoi, e a nova geração de escritores soviéticos.
Gorki nasceu em um meio social pobre, em Nizhny Novgorod, cidade que em 1932 passou a se chamar Gorki. O nome da cidade foi revertido para o nome original em 1991 em regime capitalista.
Órfão de pai, Gorki foi criado pelo avô materno que era tintureiro.
Em 1878, quando sua mãe faleceu teve que deixar a casa do avô para ir trabalhar.
Foi sapateiro, desenhador e lavador de pratos num navio que percorria o Volga, onde teve contato com alguns livros emprestados pelo cozinheiro, o que acabou por despertar a sua consciência política.
Em 1883, com apenas 15 anos, publica dois romances, Romá Gordieiev e Os Três.
Aos 16 anos, muda-se para Kazan, onde tenta cursar gratuitamente a universidade, porém, não consegue e, frustrado, vai trabalhar como vigia num teatro para sobreviver.
Mais tarde torna-se pescador no mar Cáspio e vendedor de frutas em Astrakan.
Como a situação não melhorava, decide ir em busca de melhores oportunidades, e viaja para Odessa com um grupo de nómadas que iam de cidade em cidade à procura de emprego.
Assim, ele exerceu várias profissões, sofre com a miséria, a fome e o frio.
Aos 19 anos volta a morar em Kazan, inicia a sua actividade na vida política, lê Marx e segue os passos de Lenin.
Em 1890 é preso em Nijni-Nóvgorod, acusado de exercer atividades subversivas, pouco tempo depois, foi posto em liberdade e volta a viajar, sem destino.
Publica o seu primeiro conto em 1892, intitulado Makar Tchudra, e, para desviar a atenção das autoridades, que o vigiavam, adopta o pseudónimo Máximo Gorki, o que lhe facilitou um emprego no jornal de Samara, o Saramarskaia Gazieta.
Assim, consegue grande alcance, tanto como jornalista quanto como escritor.
Logo a seguir, Gorki aderiu novamente ao marxismo e militou em inúmeros grupos revolucionários, o que lhe resultou em mais uma temporada na prisão.
Após sair da prisão em 1901, começa a escrever para teatro, escreve Pequenos Burgueses, peça teatral, a qual, segundo críticos atuais, se Gorki escrevesse hoje, não mudaria uma única palavra.
O texto foi concebido em 1900, quando ainda se encontrava preso e Gorki trabalhou algum tempo na peça, até que ela atingisse uma forma satisfatória.
No início tinha o título de: Cenas em Casa dos Bessemov, Esboço Dramático em Quatro Atos.
Na verdade, a peça não segue uma linha de ação única, mas é antes um mosaico de situações e personagens representativas da vida russa da época.
As personagens de Pequenos Burgueses vivem num meio mesquinho, revelando-se quase sempre impotentes para vencer as barreiras desse meio. A impotência, em vários níveis, é o único elemento comum a todas elas. Cada um por seus motivos não consegue romper o asfixiante círculo familiar. A peça mostra o conflito entre os membros de uma família de comerciantes, dominada pela figura do pai autoritário que reprime os impulsos do filho intelectual e da filha deprimida. O único insurgente é o filho adotivo, o ferroviário Nill, que Gorki elege como uma espécie de operário do ano, isto é, um herói que vai conduzir a Rússia à revolução.
Ainda em 1901, em julho, escreve Ralé, peça em que a fala é menos pronunciável e os gestos reconstituídos que o intangível fluxo de almas humanas no interminável e escorregadio contato de uma com as outras. A peça reúne suas cambiantes sobre um foco definido e sua conclusão tem uma firmeza clássica.
Em 1902 acontece a estréia de Pequenos Burgueses no Teatro de Arte de Moscovo, e a peça obtém um grande sucesso, mesmo com os cortes impostos pela censura.
Toma parte, em 1905, na primeira revolução que pretendia derrubar o Czar Nicolau II da Rússia, e após o fracasso da intentona, acabou preso por subversão na cadeia de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo.
No ano seguinte, porém, com a ajuda de outros intelectuais e sob fortíssima pressão da comunidade internacional, as autoridades russas foram obrigadas a libertá-lo.
Organiza, a seguir, o jornal Nóvaia Jizni (Vida Nova), mas é obrigado a abandonar a Rússia.
Vai para os Estados Unidos, mas sua permanência é dificultada pelo embaixador russo, e, é vigiado pelo dono de um jornal de grande alcance, que o acusa de imoralidade pública já que ele se casara pela terceira vez.
Juntamente com sua mulher Maria Budberg, refugia-se em Staten Island, viaja então para a Itália e, em 1906 fixa sua residência em Capri, onde cria uma escola para imigrantes revolucionários que vai até 1914.
Lá, escreve em 1906, Os Bárbaros, a peça de teatro, Os Inimigos, e o romance Mãe em 1907.
Durante esse tempo de tranqüilidade em Capri escreve, Os Últimos em 1908, Gente Esquisita em 1910, Vassa Alheleznova em 1911, Os Kykov em 1912, e a trilogia autobiográfica: Infância', Ganhando meu pão e Minhas Universidades em 1912-13.
Mas a sua obra-prima seria mesmo A Confissão, escrita em 1908.
Com o início da Grande Guerra em 1914, Gorki regressa à Rússia, dirige um jornal mensal Liétopis (crónica). Acompanha a revolução e torna-se grande amigo de Lenin.
Em 1921 adoece gravemente dos pulmões e volta para a Itália, em busca de um clima melhor, permanecendo em Sorrento durante vários anos.
Ali escreve Recordações sobre Lênin em 1924, Os Artamonov em 1925 e A vida de Klim Samgin em 1927-36.
Apesar de sua amizade com Lenin, o escritor só retornou definitivamente à Rússia em 1928, quando então, Gorki decide estabelecer-se definitivamente na União Soviética, apesar de sua saúde precária, transformando-se de imediato na maior figura literária do socialismo.
Escreve então Yegor Bolychov, retratando o fim da classe média por meio da história de um comerciante.
Em 1933, funda, com o apoio de Stálin, o Instituto de Literatura Máximo Gorki, uma incrível iniciativa de um célebre escritor, que não chegara a terminar o ensino secundário e sempre sonhara em tirar um curso superior.
Ainda estava escrevendo A vida de Klim Samgin, quando morreu de pneumonia, em 18 de junho de 1936.
Foi sepultado com todas as honras oficiais e seu féretro acompanhado por Stálin e Molotov.

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